Capítulo 17

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Capítulo Dezessete

E entrei na casa junto a Aisha. Os bebês dormiam, sem nenhuma preocupação no mundo. Aisha colocou as meninas em meu colo antes de pegar os meninos com uma habilidade que ainda me deixava impressionado.

Saímos de casa segurando os bebês e todos olharam para eles assustados, menos Anael que se aproximou lentamente. Ela foi primeiro até Ash e sorriu. Sua mão voltou a brilhar e ela estendeu a mão para tocar Kayd, mas Aisha se afastou.

— Não se preocupe Aisha, não vou machucar, é uma benção de Deus.

Aisha olhou para mim e eu assenti. E ela permitiu que Anael tocasse a cabecinha de Kayd.

— Pestilence – ela sussurrou. E então tocou a cabeça de Heallen – Guerra.

Então ela olhou para mim e se aproximou e tocou a cabeça de Adskaya.

— Fome – e por último ela tocou a cabeça de Valkyria — Morte.

E então Anael tencionou e afastou a mão da cabecinha de Valkyria. E começou a falar, sua voz ficando cada vez mais rouca a cada frase que dizia que fez com que meu sangue gelasse.

— Esta então é a hora do fim

E nada pode ser feito para que possa ser evitado

O curso natural se inicia

É o momento de tomar os seus lugares

Enquanto o mundo caminha para seu destino

Da nova vida

Vem o caos ou a salvação

Quatro ciclos

iniciadas da mais improvável ligação

Quatro cavaleiros

Marchando sobre o mar da existência

Tecendo o fio das decisões

Concluindo o manto da guerra

Quando finalmente o lado divino ou demoníaco

Quando a balança do destino encontrará o equilíbrio.

Quando Anael parou de falar seu rosto relaxou. Todos olhávamos para ela e ela suspirou.

— Agora tudo está claro. – ela suspirou aliviada — o primeiro ano dos cavaleiros começou. Agora é uma contagem regressiva para o fim da guerra.

— Como assim, Anael? — Miguel perguntou, e logo os irmãos de Aisha se aproximaram também.

— Eles são a mistura perfeita do divino e do demoníaco. O que está acontecendo agora são um teste para a humanidade. Um dos muitos do qual irão passar até chegar o momento de eles decidirem. A humanidade vai decidir quem vencerá a guerra. Eles tem muito o que aprender, se para eles bondade, a empatia, o amor ao próximo vai prevalecer ao egoísmo, as mentiras e a ganância. Para ver em qual lado a balança vai pender, para o bem ou para o mal.

— Ou seja, se quando chegar o momento a maioria dos humanos continuarem com seus pensamentos egoístas, não se importando uns com os outros e consequentemente matando os mais pobres, o inferno vence a guerra? – Laiskus perguntou.

— Exatamente, então o inferno subirá para terra sob comando dos cavaleiros e irão transformar a terra em algo pior que o próprio inferno, mas se a bondade e a empatia vencer, eles irão dizimar os ruins e criaremos um novo ciclo para essa terra de renovação. E todos irão para o céu.

Eu e Aisha nos entreolhamos. Era muita coisa para nossos pequenos bebês fazerem. Olhei para Valkyria que bocejou, sua mãozinha de bebê se levantando e descendo, enquanto ela continuava a dormir, sem nenhuma preocupação em sua cabeça de bebê.

— Eles não podem ser mortos inclusive enquanto não cumprirem o seu objetivo – ela olhou para todos — então não há nada que vocês possam fazer aqui. Aisha e Azrael estão livre de suas atenções.

Anael olhou para os irmãos de Ash.

— Consegui me comunicar com Lilith e avisei o que estava acontecendo, e ela não está nem um pouco feliz de ter seus filhos tentando matar uma de suas filhas. Avise Lúcifer que Deus manda seus cumprimentos a ele.

Os irmão das Ash fizeram uma careta e olharam rapidamente para Ash antes de irem embora. Anael olhou para nós.

— Fiquem bem vocês seis, vocês estão livres para ir a qualquer canto agora, a notícia está se espalhando enquanto falamos, e ninguém ousará atacar vocês — e então voltou para os Arcanjos — para casa.

E da mesma forma que ela surgiu, ela sumiu.

Os 7 arcanjos olharam para nós brevemente antes de alçar voo.

Eu respirei aliviado e olhei para Ash.

— Definitivamente acabou a vida tediosa para nós – Aisha comentou.

Eu olhei para ela e comecei a rir diante de seu comentário nesse momento inoportuno depois de tudo que aconteceu. Logo ela estava rindo comigo, o que acabou por acordar os bebês, que começaram a chorar. O que fez com que nós dois gemêssemos em uníssono.

— A culpa é sua que me fez rir – eu comentei enquanto voltávamos para dentro de casa. Eu ouvi um bufo divertido de Aisha. E sorri.

Algumas horas depois quando as crianças estavam novamente dormindo, eu e Ash estávamos deitados na cama olhando os berços.

— Coitados dos meus filhos, mal nasceram e já carregam o peso do mundo nas costas – falei enquanto acariciava os cabelos de Aisha.

— Eles se saíram bem, são nossos filhos afinal. Agora temos 100 anos para ensiná-los a serem fodões.

— 100 anos? – eu perguntei surpreso.

— Eu esqueço que vocês anjos são criados e não nascidos. Azrael, não somos humanos, e somos muito poderosos. A gravidez é rápida e é a única coisa que é rápida, eles só vão atingir a maturidade a partir dos 100 anos.

— A terra ainda tem um bom tempo então?

— Sim, mas pelo que Anael falou o que está acontecendo agora é só o começo. Vamos ver o que o futuro vai nos trazer.

Eu suspirei a abraçando.

Sim, definitivamente os próximos anos serão cheios de surpresas. Mas agora só iriamos aproveitar nossa grande família. E deixar que os humanos decidissem seu futuro. 

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Proximo capitulo já é o Epilogo. :( 

Espero que tenham gostado da estória, não esqueçam de comentar, compartilhar e votar na historia. 

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