Capítulo 8

1.2K 171 25
                                    


Capítulo Oito

Eu sobrevoei o deserto novamente. Meu corpo totalmente ligado, o pau duro, coisa que nunca havia acontecido antes. Era muito desconfortável. Uma necessidade que eu não entendia possuía meu corpo. A sensação do pênis duro contra o tecido da roupa era desconfortável, tudo era desconfortável. Eu fechei meus olhos tentando me controlar, mas tudo que eu conseguia pensar era no corpo de Aisha. A imagem estava gravada em meu cérebro.

Eu grunhi de frustração. Tudo estava indo malditamente bem até eu vir para essa missão. Por que eu não declinei quando tive a chance?

Porra.

Arregalei meus olhos. Uma palavrão. Eu pensei um palavrão. O que essa mulher está fazendo comigo? O pânico começou a percorrer meu corpo, eu iria cair. Será que eu estava fadado a cair? Não podia ser, eu batalhei muito para chegar onde cheguei. Eu não podia cair. Desde que fui criado eu lutei para ser um Arcanjo, era o meu sonho. E eu consegui. Eu não poderia perder tudo agora.

— Me solte, por favor, eu arrumarei o dinheiro – eu ouvi um grito agudo masculino ecoando pelo silencio do deserto. Eu olhei em volta procurando a origem do som e ao longe eu pude ver um carro parado e alguns homens ali batendo em um outro. Observei os movimentos mais atentamente e fui me aproximando. Quando eu estava perto o suficiente percebi que os homens ali eram vampiros. Um rosnado escapou por meus lábios. Acho que eu finalmente teria algo para me distrair da minha ereção.

Pousei rapidamente e os vampiros olharam para mim, quando desfiz da ilusão. Eu sorri. E eles olharam para mim, antes de acertarem o humano com força o suficiente para deixá-lo desacordado, mas ainda vivo. Eram 4 deles, um vampiro negro e careca, o típico segurança, um era um pouco mais magro de cabelo loiro curto, os outros dois eram negros de cabelo preto curto.

— O que um ser celestial faz aqui?

— E isso é dá sua conta, por quê?

— A cidade do pecado é jurisdição de Lúcifer – eles falaram.

— Nada nessa terra é jurisdição de Lúcifer.

— Saia daqui Arcanjo. – falou o vampiro loiro.

— Você ousa mandar em um Arcanjo, vampiro? – perguntei — você é muito insolente. A sorte sua é que eu procurava justamente por algo assim.

E sem aviso prévio me lancei contra o ele. Meus punhos batendo no estomago e rosto consecutivamente. O vampiro voou para trás com a força do meu golpe, e logo os outros três vieram para cima de mim. Eu me desviei rapidamente de seus golpes. Por mais que vampiros fossem rápidos, eles eram apenas demônios. Não eram pareôs para a força angelical.

Eu permiti que eles acertassem um golpe, para ver se ele me colocava algum senso na minha cabeça. E aos poucos enquanto lutava entre eles e os fazia cair de um a um, meu corpo foi encontrando o equilíbrio que eu precisava.

Logo após todos estarem mortos, eu fui até o humano. Eu olhei para ele e vi que ele estava vivo. Eu peguei seu corpo e voei com ele até próximo a cidade de Las Vegas, o deixei lá para que quando acordasse encontrasse seu caminho de volta. E então voltei para o acampamento, sentindo minhas forças renovadas.

---x---x---

Eu estava sentado de costas para a barraca esperando o nascer do sol quando ouvi o barulho da barraca. Eu fiquei tenso, esperando. Eu tinha recolhido minhas asas, uma forma de segurança para que Aisha não a usasse contra mim novamente.

Eu ouvi seus passos se aproximando e logo senti seu corpo caindo contra o meu, enquanto ela se sentava em meu colo usando somente um tecido de uma camisa que ela havia comprado para mim. Ela sorriu sedutora para mim.

Signs Of The TimesOnde histórias criam vida. Descubra agora