Signs Of The Times

Capítulo 3

Capítulo Três

Um gemido soou em minha cabeça assim que eu entrei no clube de strip dance com ela. Ash olhou para minha cara ansiosamente, acho que ela esperava que eu demonstrasse o meu desconforto, mas não treinei tanto por tantos milênios para ao mero sinal de mulheres seminuas dançando sensualmente fosse me tirar alguma reação.

Eu entrei no local, a seguindo até uma mesa bem em frente ao palco, onde já havia mulheres só de tapa sexo dançando sensualmente no pole dance. Uma batida que deveria ser sensual tocava e Ash já dançava ao som da música. Ela deu um gritinho para a mulher e puxou de seus seios algumas notas e jogou em cima dela.

— Isso que eu chamo de diversão – ela disse rindo. Ela olhou para mim e sorriu sensualmente, antes de começar a dançar junto da dançarina. Ela dançava ainda melhor que as dançarinas ali. Não consegui me impedir de olhar seus movimentos sensuais.

Eu sempre consegui me manter além das tentações. Como arcanjo eu sempre fui treinado a conseguir desligar minhas emoções, muitos anjos caíram devido as tentações. Principalmente pelas mãos dos filhos e filhas de Lúcifer.

Os 7 filhos e 7 pecados. Eles eram a personificação perfeita do pecado e aqueles que ficavam muito perto deles eram tentados a cair, a maioria dos anjos não consegue. Os Arcanjos são mais fortes, essa é uma das regras para se tornar um arcanjo, conseguir resistir ao poder dos filhos de Lúcifer.

Eu havia conhecido 5 deles, e ficado perto o suficiente para que eles pudessem me influenciar, mas seus poderes não eram pálios a mim. Eu resisti facilmente.

Eu conheci Gràdh, a Gula. Conheci Ares, a Ira, e sim, ele brincou de Deus a muito tempo atrás, inclusive junto com sua irmã Sekmet, a Avareza. Então veio Inggit, a Inveja. E Laiskus, a Preguiça.

Todos eles me tentaram a seus pecados. Todos eles quiseram me ver cair. E não conseguiram. Mas aqui estava Aisha, ou como era chamada antigamente Şehvet, me fazendo observar e prestar atenção em coisas que eu nunca havia notado antes.

Foi nesse momento que eu percebi que ficar perto de Aisha seria muito perigoso. Ela poderia me custar tudo. E mesmo sabendo disso não consegui desviar meus olhos dela, que se mexia ao som da música. Logo eu a vi beijando a dançarina. E eu pude observar enquanto ela se alimentava dela. Era quase imperceptível, assim como a alimentação de todos os seus irmãos, mas eu era um arcanjo, eu poderia ver a essência de vida da mulher sendo sugada por ela, saindo em ondas. Naquele momento o corpo de Aisha parecia brilhar sob a luz.

Quando ela se afastou sorrindo, o brilho fraco da alimentação saindo dela, ela parecia deslumbrante. E o pensamento disso me deixou confuso com o que acontecia, desviei então o olhar dela. Mas infelizmente para onde eu olhava tinha mulheres seminuas dançando. Eu fiquei observando, e nada do que elas faziam me fez ter a mesma curiosidade que o corpo de Aisha criou em mim.

Eu continuei observando distraído, e tentando não prestar atenção em Aisha, quando der repente seu corpo quente bateu em mim, enquanto ela se jogava em meu colo. O susto quase me fez derrubá-la no chão, mas consegui segurá-la antes. Ela riu, passando seus braços em volta de meu pescoço e olhou para mim, seus olhos negros brilhando de malicia.

— Eai Azrael, gostou de alguma coisa? Eu aposto que essas meninas poderiam fazê-lo incendiar – ela piscou e deu uma risadinha — Ah é, esqueci que vocês são celibatários, que pena – ela falou fazendo biquinho e então aproximou seu rosto até que sua boca estava encostada em meu ouvido — eu aposto que eu poderia fazê-lo mudar de ideia – então mordiscou meu lóbulo. Eu me arrepiei, uma reação incomum de meu corpo, e torci a sobrancelha enquanto Aisha caia na gargalhada ao perceber que meu corpo respondeu a ela.

Eu a levantei e a coloquei sentada ao meu lado, longe do meu colo. E ela me permitiu afastá-la. Mas ela tinha um sorriso malicioso no rosto e um olhar de quem achou algo divertido. Naquele momento eu acreditei que Aisha tentaria fazer esse tempo juntos um inferno. Eu precisava resistir a ela, a todo custo, pois naquele olhar eu poderia ver que ela estava tentada a me fazer cair.

Eu não iria permitir que ela fizesse isso. Eu resistiria como resisti a seu irmãos. Eu não falharia nessa missão.