Capítulo 7

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Capítulo Sete

Eu olhei de novo para mulher ao meu lado, seus cabelos loiros preso em duas tranças laterais cheias, seu corpo moldado a perfeição para atrair e enlouquecer qualquer um coberto por um top e uma calça justa.

Seus lábios sensuais se moviam enquanto ela cantava a música que tocava na rádio, seus olhos dourados brilhavam mesmo a essa distância. Eu podia ver as minúsculas sardas salpicadas por seu nariz e bochecha, os cílios longos. As sobrancelhas arqueadas que lhe davam um eterno ar de arrogante e sedutor.

— Você está me olhando – ela falou sem tirar os olhos da estrada.

— Estou.

— Gosta do que vê?

— Você é realmente muito bonita – admiti.

— Obrigada – ela sorriu, claramente feliz pelo elogio — É porque você ainda não me viu gozando.

Eu respirei fundo e olhei para o céu novamente em busca de paciência enquanto Aisha ria claramente da careta que eu fiz.

— Eu adoro vocês, seres angelicais, vocês são muito fáceis de provocar. Você tinha que ter visto a sua cara. Bom, estamos chegando. Nada como uma boa caminhada ao pôr do sol.

Então Aisha parou o carro no meio do nada. E ligou os drones de luz. Saímos do carro e pegamos as duas mochilas enormes que ela havia arrumado e saímos andando. Os drones de luz que eram os faróis do carro nos seguindo iluminando o caminho. Eu não sabia o porquê, já que nossa visão era perfeita. Mas algo que percebi sobre Aisha, é que ela adorava tudo que era criado por humanos.

A caminhada foi longa, já era tarde da noite quando paramos na beira de um precipício com uma vista para o vale e o Grand Canyon. Era uma vista de tirar o folego realmente. Rapidamente montamos acampamento. Aisha muito mais rápida do que eu, considerando que eu não conhecia aquelas coisas, mas ela parecia que fazia isso sempre.

Logo tínhamos uma barraca enorme montada, com cama, uma mesa e algumas coisas que eu não sabia o para que serviam. Aisha estava agora sentada em uma cadeira olhando para a vista contemplativa. Eu estava sentado ao lado dela, com uma caneca de chá que ela havia feito.

— Sabe, eu adoro acampar, a natureza é realmente linda. Raramente eu tenho oportunidade quando venho para o mundo humano, vocês anjos não me deixam sozinha e nunca me deixam fazer o que eu quero. Na verdade, todo mundo nunca me deixa fazer o que quero, desde sempre. Sempre tem alguém me vigiando, sempre tem alguém tentando controlar para onde eu vou. Nunca posso ir sozinha para canto nenhum. É foda, porque por mais que eu seja quem sou, eu só queria explorar o mundo sozinha. Não ter ninguém me seguindo para onde quer que eu for. Essa foi uma das poucas vezes que consegui acampar. Geralmente os anjos topam me deixar acampar, eles não invadem totalmente o meu espaço, mas quando são demônios... – ela balançou a cabeça.

Eu fiquei ouvindo seu desabafo. E pelo que pude perceber, a história de que Ash tem um fator determinante na guerra entre os dois lados não é de agora já que até mesmo Lúcifer vigia a própria filha. Eu não sabia se dizia a ela o que sabia, mas era melhor não. Se fosse para ela saber, já teriam falado.

Suspirei, ela nunca pareceu mais... eu busquei a palavra, mas não encontrei. Olhei para ela, observando o quanto ela parecia se deleitar com a vista. E tive uma ideia, algo que eu poderia fazer por ela.

Me levantei e retirei a blusa. Ela olhou para mim surpresa, seus olhos focados no meu torço, mas ignorei sentindo minhas asas saindo de entre minhas omoplatas e se esticando em toda sua glória.

— Puta merda, Azrael – Aisha falou ficando de pé e se aproximando de mim, ela estendeu as mãos para minhas asas, mas não permiti que ela tocasse. Eram muito sensíveis.

— Quer dar uma volta? – eu perguntei, mantendo meu tom de voz neutro, mas fazendo uma oferta amigável.

— É sério? – ela perguntou.

Eu assenti lentamente enquanto seu rosto se iluminava de alegria. Ela assentiu ansiosa, e eu me aproximei dela.

— Envolva sua mão em torno do meu pescoço – eu falei, e ela rapidamente fez isso, e eu segurei sua cintura firme. — Envolva suas pernas em torno da minha cintura.

— Eu gostei disso – ela falou no meu ouvido e eu ignorei o arrepio que passou pelo meu corpo, e ela logo envolveu suas longas pernas em volta de mim.

Isso era algo que eu nunca havia feito antes, e essa proximidade com ela não era boa para mim, mas agora já era tarde. Eu mantive minha mão em sua cintura, mantendo-a no lugar. E andei até a beirada do precipício e pulei.

Aisha gritou enquanto caiamos, até que minhas asas pararam a queda e bateram com força contra o vento frio e seco do deserto, e eu começamos a subir, ao mesmo tempo que íamos para frente, sobrevoando o vale.

— Oh minha nossa – ela falou olhando para a vista — isso é incrível. Porra eu quero asas – ela disse.

Eu sorri, e sobrevoei por todo o vale, desci um pouco passando a alguns metros do chão. O deserto era impressionante a noite. Vimos a vida selvagem do local saindo para caçar. E em todo momento eu tentei ignorar o seu corpo moldado ao meu, seus seios macios pressionados contra meu torço. Seu cheiro delicioso que parecia se grudar em mim.

Eu precisava urgentemente me afastar dela, antes que pares de mim que não deveriam responder, respondessem a ela, e da forma como ela estava apertada contra mim, eu apostaria que ela sentiria.

Então dei meia volta e comecei a voltar para onde estava nosso acampamento. Eu tentei não ser tão rápido quanto a isso, para que ela não percebesse minha pressa, mas logo coloquei meus pés no chão na frente do nosso acampamento.

Ela sorrio para mim, seu rosto ficando de frente para o meu. Próximo demais. Só os milênios de treinamento me fizeram parecer calmo naquele momento. Ela se aproximou um pouco e beijou o canto da minha boca, seus lábios suaves contra minha pele. O prazer daquele simples toque percorreu meu corpo como uma corrente elétrica.

Eu tentei não mostrar isso a ela, enquanto ela descia suas pernas e eu pude soltar sua cintura, e então ela tirou os braços de meu pescoço.

— Obrigada pelo passeio bonitão.

— De nada – falei.

Ela deu a volta e foi até dentro da barraca e eu pude enfim suspirar aliviado por ter um pequeno alívio de sua presença, onde eu poderia recuperar meu controle.

Porém, eu não tive tempo de me controlar, pois ela voltou para fora usando somente uma calcinha minúscula rosa, da cor do seu cabelo. Meus olhos beberam de seu corpo famintos, e eu nem consegui me conter. Eu já havia visto mulheres nuas, homens nus. Nada teve o efeito que ela tem em mim.

Ela era perfeita, os seios cheios, os mamilos rosados, a pele branca banhada na luz da lua, com minha visão aguçada eu poderia ver as sardas em seu colo, peito e barriga. As pernas longas e torneadas que agora eu só conseguia lembrar que elas estavam em volta de mim a apenas momentos atrás.

Eu me virei, ficando de costas para ela, minha respiração firme. Eu precisava de controle. Mas logo o corpo dela se encostou no meu por trás. Suas mãos em meu peito nu acariciando, seus seios roçando contra minhas asas, eu podia senti-la.

Eu senti suas mãos deslizando pelo lado, passando por meu braço até chegar na minha asa. O primeiro toque dela na haste da minha asa, me fez gemer, e eu senti meu pênis endurecer. E toda a situação me deixou tão chocado que eu me afastei dela de uma vez. Ela olhou para mim, seus olhos cheio de luxuria, e eu quase, quase fui para frente, mas eu estava chocado demais. Sem saber o que fazer naquele momento. Eu abri minhas asas e fugi dali. Deixando a para trás. 

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