Signs Of The Times

Capítulo 14

Capítulo Catorze

Abri os olhos, meu corpo tremulo do orgasmo que eu havia tido. Olhei para Ash, que estava ao meu lado sorrindo e seus olhos brilhavam dourados e intensos. A alimentação por sonho havia funcionado, pelo visto.

— Isso foi muito intenso – eu falei olhando para ela.

— Foi sim, mas foi o suficiente para alimentar a mim e aos bebês.

Meus olhos se arregalaram e eu tenho certeza de que horror absoluto estava estampado na minha cara.

— Azrael, não surta. Eles são meus filhos, é obvio que eles se alimentam de energia sexual. Eles são parte demônio sexual. Eu não sou humana e meus peitos não dão leite – ela revirou os olhos — eles não farão nada sexual, é óbvio que não. Não seja absurdo. Eles só se alimentarão por conta própria a partir do momento que atingirem a maturidade. Por enquanto eu conduzo a energia a até eles, eles não sabem o que é, só que vem de mim e os alimenta e os deixam fortes, e sua energia angelical é pura o suficiente para que alimente seu lado angelical também. Eu posso senti-los daqui, dormindo e totalmente alimentados. Em breve já irei poder levantar e ir até eles.

Depois de sua explicação eu me acalmei, apesar de ainda ser algo que eu não estava confortável, mas não sei como não pensei que seria dessa forma, considerando quem ela era.

Olhei para seu sorriso cansado e feliz e percebi que tinha que lhe contar agora sobre os bebês.

— Ash – a chamei e ela olhou para mim — eu preciso te falar uma coisa.

— Sim?

— Nossos filhos... – ela não me deixou terminar e já se levantou de uma vez assustada.

— Tem algo de errado com eles e não percebi? É isso? Eu sou uma péssima mãe e não vi nada. O que foi?

— Não, calma. Por favor se acalme – eu pedi, segurando seu braço delicadamente e puxando-a de volta para a cama, era muito cedo para que ela se levantasse, mesmo sendo quem é, um parto ainda era um parto.

— Enquanto eu dava banho neles, eu achei em todos eles uma marca de nascença.

— Uma marca de nascença? – ela perguntou confusa.

— Sim, uma marca em forma de cavalo. São quatro bebês, Ash, com uma marca de nascença em forma de cavalo.

Ash me olhou confusa.

— Os quatro cavaleiros do Apocalipse, Ash. A profecia. Tudo faz sentido.

— Não – ela falou. Seus olhos se arregalando quando sua mente finalmente registrou o que eu disse. — Não pode ser. Você tem certeza?

— É o que faz sentido, mas não, eu não tenho certeza. São quatro crianças, as quatro com marcas de nascença de cavalo. Uma profecia diz que você seria a chave para o fim da guerra. Faz sentido.

— Eu não posso acreditar — Ash falou chocada e então começou a rir — meus filhos são fodas. Vão destruir o mundo.

E era em momentos assim em que ficava mais claro o lado demoníaco de Ash. Ela não via as coisas como eu, ela só pensava na gloria e destruição. Era uma interessante, de certa forma eu gostava disso nela, já que equilibrava meu lado muito preocupado. Mas as vezes era frustrante, como agora.

— Deixe isso de lado por agora, Ash. Não temos certeza, descanse um pouco e eu cuidarei dos bebês. E quando você acordar os trarei para você.

— Melhor companheiro – Ash falou me abraçando, se aconchegando contra meu peito enquanto fechava os olhos.