Capítulo 3

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Após uma breve caminhada, os lufanos entraram no castelo e dispersaram-se entre os corredores do castelo. Cedrico continuou seu caminho enquanto Catarine o seguia.

— Vai querer ficar com o pombo?

— Não mesmo, é nojento. — Diggory riu fraco.

— É sério isso?

— O que?

— A destemida Catarine Peterson tem medo de pássaros.

— Eu não tenho medo.

— Certo, então acaricia ele. — Levantou a gaiola.

— Ta. — Catarine aproximou sua mão da gaiola e respirou fundo — Ah, não dá!

— Eu disse — o lufano gargalhou, entrando na comunal da lufa-lufa.

— Isso não tem graça alguma, sabia?

— Para você! — sorriu, colocando a ave em cima de uma mesa e escrevendo seu nome na gaiola.

— Podemos treinar a transfiguração amanhã?

— Ah, claro... depois do café?

— Sim. — Ane fitou o rapaz por um breve momento, adorava como ele sempre parecia estar de bom humor.

— O que está olhando?

— Nada. — Encarou o pergaminho que estava na gaiola.

— Você mente muito mal, senhorita Peterson.

— Como é?

— Se quer admirar minha beleza eu posso te dar uma foto, o que me diz? — Sorriu sarcástico a encarando.

— Você está muito convencido, Diggory. Acha mesmo que perco meu tempo te olhando?

— É o que está fazendo, não?

— Argh! O tio Amos te deixou muito mimado, sabia?

— Mimado? — riu fraco. — Papai só gosta de se exibir, sabe disso.

— Papai? — Ane riu — Não posso te levar a sério.

— Ao menos não tenho medo de pássaros. — Sentou-se no sofá.

— E do que você tem medo? — A garota jogou-se ao seu lado.

— Hum... altura.

— O que? Você jogava quadribol até o ano passado.

— Isso não significa que eu não tenha medo.

— Então por que participou mesmo assim?

— Meu pai sempre quis que eu participasse do time.

— Você deveria começar a tomar as suas próprias decisões, Diggory.

— Tipo?

— Não sei, o que você tem vontade de fazer?

— Não sei agora que me perguntou. — Encarou o teto pensativo — Subir no telhado do castelo.

— Algo que não te mate. — O rapaz riu fraco.

— É apenas uma vontade, não significa que eu vá fazer.

— Mas por que o telhado?

— A visão deve ser linda, Peterson. Imagina só o pôr do sol lá de cima.

— Tem razão.

Os lufanos ficaram em silêncio apenas encarando as chamas da lareira em sua frente, o inverno estava chegando, o vento frio fazia as árvores balançarem incansavelmente.

Duas metades: Cedrico Diggory - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora