Os dias passavam lentamente, tudo parecia uma rotina para Catarine. Mas hoje não era um dia comum, quinze de outubro, essa era a data que a assombrava todas as noites antes de ir dormir desde seus doze anos.
A morena encarou seu reflexo no espelho e forçou um sorriso, já era hábito colocar a máscara de durona todos os dias e sair levando o caos para todos na escola, ao menos assim as pessoas a respeitavam.
— Bom dia, classe — disse o professor Snape, entrando na sala de aula. — Sem gracinhas na minha aula, guardem as varinhas e fechem a boca. Abram o livro na página 294.
— Lobisomens?
— Sim, a licantropia é uma das maldições mais antigas que temos conhecimento. Alguém sabe me dizer de onde surge um lobisomem? — Encarou os alunos que ficaram em silêncio — Certo, senhorita Peterson? — Ane levantou os olhos do livro enquanto todos a encaravam curiosos.
— O gene lobisomem pode ser hereditário, ou seja, passa de pai para filho. Mas quando um lobisomem te morde, você também pode se transformar.
— Exatamente. — Virou-se de costas e escreveu algumas coisas na lousa — Me entreguem um pergaminho sobre essa condição até o final do dia de amanhã. Esses serão os tópicos que devem ser abordados.
A aula continuou no mesmo ritmo, antes que percebessem, o relógio tocava anunciando o intervalo. Catarine caminhou em silêncio para o jardim, qualquer um conseguia ver que ela não estava bem.
A garota estava distraída encarando o lago negro, mas logo foi tirada de seus pensamentos pelo sonserino que sentou ao seu lado sem ao menos ser convidado.
— Como você está?
— Bem.
— Tem certeza? Eu sei como hoje te afeta.
— Se importa mesmo Henry? Ou sou apenas mais uma para você? — O moreno suspirou e encarou o lago.
— Eu sei que vacilei, mas me importo com você Catarine. Sabe tudo o que passamos.
— Não quero saber do seu teatro, Avery.
— Isso não importa, hoje eu vou te fazer companhia. Amanhã você pode me odiar, mas hoje não.
— Idiota.
— Isso é um sorriso?
— Não.
— Ah por favor, vem aqui. — Puxou a morena para seus braços.
Mesmo detestando as mentiras do sonserino, Catarine precisava de colo mais do que nunca. Odiava admitir que ele a ajudou quando precisei.
— Como estão as coisas?
— Você sabe, elas nunca melhoram.
— Meu convite ainda está de pé.
— Eu não vou fugir com você, Henry. Ainda mais quando me troca pela primeira garota que sorri para você.
— Sabe que não faço por mal, elas pulam em cima de mim.
— Pobre Henry — riu fraco. — Pelo menos você serve para me fazer rir.
— Prometi ficar com você. — Beijou sua testa.
Enquanto os alunos conversavam sentados embaixo da árvore, alguns olhares observavam a cena de longe.
— Cedrico? Está me ouvindo?
— Ah? Sim, Justino.
— O que está olhando?
— Eles voltaram? — Acenou com a cabeça em direção ao lago.
— Eles tinham terminado?
— Sim.
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Duas metades: Cedrico Diggory - Livro 2
FanfictionSegunda parte da saga "Resquícios de amor" "Cedrico estava ansioso para voltar à Hogwarts, havia recebido uma ótima notícia Durante o verão, ele seria o mais novo monitor chefe da lufa-lufa. Se sentia honrado por poder representar sua casa. O rapaz...