Capítulo 5

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Os dias passavam lentamente, tudo parecia uma rotina para Catarine. Mas hoje não era um dia comum, quinze de outubro, essa era a data que a assombrava todas as noites antes de ir dormir desde seus doze anos.

A morena encarou seu reflexo no espelho e forçou um sorriso, já era hábito colocar a máscara de durona todos os dias e sair levando o caos para todos na escola, ao menos assim as pessoas a respeitavam.

— Bom dia, classe — disse o professor Snape, entrando na sala de aula. — Sem gracinhas na minha aula, guardem as varinhas e fechem a boca. Abram o livro na página 294.

— Lobisomens?

— Sim, a licantropia é uma das maldições mais antigas que temos conhecimento. Alguém sabe me dizer de onde surge um lobisomem? — Encarou os alunos que ficaram em silêncio — Certo, senhorita Peterson? — Ane levantou os olhos do livro enquanto todos a encaravam curiosos.

— O gene lobisomem pode ser hereditário, ou seja, passa de pai para filho. Mas quando um lobisomem te morde, você também pode se transformar.

— Exatamente. — Virou-se de costas e escreveu algumas coisas na lousa — Me entreguem um pergaminho sobre essa condição até o final do dia de amanhã. Esses serão os tópicos que devem ser abordados.

A aula continuou no mesmo ritmo, antes que percebessem, o relógio tocava anunciando o intervalo. Catarine caminhou em silêncio para o jardim, qualquer um conseguia ver que ela não estava bem.

A garota estava distraída encarando o lago negro, mas logo foi tirada de seus pensamentos pelo sonserino que sentou ao seu lado sem ao menos ser convidado.

— Como você está?

— Bem.

— Tem certeza? Eu sei como hoje te afeta.

— Se importa mesmo Henry? Ou sou apenas mais uma para você? — O moreno suspirou e encarou o lago.

— Eu sei que vacilei, mas me importo com você Catarine. Sabe tudo o que passamos.

— Não quero saber do seu teatro, Avery.

— Isso não importa, hoje eu vou te fazer companhia. Amanhã você pode me odiar, mas hoje não.

— Idiota.

— Isso é um sorriso?

— Não.

— Ah por favor, vem aqui. — Puxou a morena para seus braços.

Mesmo detestando as mentiras do sonserino, Catarine precisava de colo mais do que nunca. Odiava admitir que ele a ajudou quando precisei.

— Como estão as coisas?

— Você sabe, elas nunca melhoram.

— Meu convite ainda está de pé.

— Eu não vou fugir com você, Henry. Ainda mais quando me troca pela primeira garota que sorri para você.

— Sabe que não faço por mal, elas pulam em cima de mim.

— Pobre Henry — riu fraco. — Pelo menos você serve para me fazer rir.

— Prometi ficar com você. — Beijou sua testa.

Enquanto os alunos conversavam sentados embaixo da árvore, alguns olhares observavam a cena de longe.

— Cedrico? Está me ouvindo?

— Ah? Sim, Justino.

— O que está olhando?

— Eles voltaram? — Acenou com a cabeça em direção ao lago.

— Eles tinham terminado?

— Sim.

Duas metades: Cedrico Diggory - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora