Capítulo 6

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As aulas de reforço de Catarine demoravam cada dia mais, mas mesmo que o rapaz fosse um ótimo professor, ele também sabia que ela não fazia questão alguma de estudar para as aulas.

— Entendeu?

— O que? Não.

— Você precisa prestar atenção se quer aprender sobre as maldições.

— Mas eu não quero — sorriu cínica, observando as pessoas ao seu redor. — Sabe que horas são? Estou com fome.

— Por que faz isso? Eu sei que você é inteligente, não precisa sequer se esforçar para aprender feitiços.

— Às vezes você é um porre.

— O que você tem? — Fechou o livro derrotado por não conseguir fazer o que haviam lhe pedido.

— Fome e estou entediada.

— Quer pegar algo na cozinha?

— Está quase na hora do jantar, os elfos não vão me deixar passar pela porta

— Na comunal dos monitores chefes sempre tem alguns bolinhos, pode ser?

— Pode.

— Vem comigo.

Os lufanos pegaram seus materiais e deixaram a biblioteca mais uma vez naquela semana. Após alguns minutos andando, Cedrico parou em frente à uma pintura e murmurou uma senha. Assim que entraram, Ane analisou todo o ambiente, que era decorado pelas cores da lufa-lufa e corvinal.

— É esse o quarto secreto que todos dizem?

— Não é tão secreto assim — riu fraco, pegando alguns bolinhos que estavam sob uma bandeja e lhe entregando. — Esse é de chocolate com morango e esse é de nozes.

— Hum... Obrigado. — A garota não fez cerimônia alguma para saborear os bolinhos — Mas tem dormitorios mesmo?

— Sim, quer conhecer?

— Claro.

— Vamos então.

— Espera — disse Catarine, pegando mais dois bolinhos e descendo algumas escadas com o rapaz. — Esse quarto é só seu?

— Sim, o outro quarto fica lá em cima — respondeu Cedrico, enquanto abria a porta. — Pode entrar.

— Você dorme aqui?

— Às vezes sim, mas gosto de ficar na comunal com os rapazes.

— Podemos trocar se quiser, eu moro aqui esse ano e você fica na comunal.

— Nem pensar! — riu fraco. — Eu gosto de estudar aqui, a ventilação é ótima e tem uma bela vista.

— Achei que fosse por conta dessa cama, injusto vocês poderem ter toda essa mordomia. — Sentou na cama — É macia.

— A cama também é incrível — sorriu a analisando. — Quer água?

— Sim, uma massagem também, por favor. — Deitou-se na cama.

— Olha a folga! — Entregou-lhe uma garrafa.

— Somos amigos, não? Eu tenho os meus privilégios.

— Se você diz — riu fraco, tirando sua capa e a deixou pendurada.

— Não somos? — Levantou-se deixando a água sob a escrivaninha.

— Somos sim, Ane. — A garota o encarou confusa, mas ignorou a situação — Ainda está com fome?

— Um pouco — respondeu, enquanto prendia seu cabelo em frente ao espelho. — Acha que esse penteado combina comigo?

Duas metades: Cedrico Diggory - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora