•Capítulo 2•

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Luise Martins 🌻
Terça-feira
15:00 PM

— Ele foi preso há uma semana, o nome dele é Nathan Venâncios, tem 25 anos, sem passagem pela polícia, tudo indica que ele é braço direito do Xavier, mas não tem prova se realmente ele é braço direito, segundo os policias eles encontraram uma quantia de maconha com ele, mas ele tá afirmando que não tinha quantia nenhuma, que foi armação. — Maxsuell fala sobre o meu cliente.

— E quem é esse Xavier? — Pergunto para Maxsuell.

— Pedro Ferreira, vulgo Xavier, tem 33 anos, é um dos líderes do PCC. Por anos sua imagem não foi revelada, mas semana passada por um deslize dele acabou sendo revelada. Ele nunca foi preso, sempre fez suas coisas por baixo dos panos. — Me explicou.

— Interessante... Enfim estou indo. Qualquer coisa me liga. — Estou indo na delegacia em que o Nathan está detido.

(...)

— Eu sou a advogada dele e tenho o direito de falar com o meu cliente a sós. Eu tenho o direito de ir lá e falar com ele. Afinal é a lei. — O delegado estava me impedindo de ir até ele e não queria que a gente ficasse a sós. E adivenhem quem era o delegado?

Se pensaram no Ricardo estão certo.

— Ok. Mas uma coisa é certa, daqui ele só sai pra prisão, meu amor. — Ricardo fala.

— Isso é o que veremos, Ricardo. — Falei e fui para sala onde estava o Nathan, fui sendo acompanhada por um policial. Chegando lá logo vi o NV cantarolando.
Assim que ele me viu, deu um sorriso largo.

— Sabia que ia ser uma advogada gatona, meu instinto bandido não me engana. — Falou e eu ri me sentado à sua frente, e botando a minha bolsa e alguns documentos encima da mesa.

— Bom dia pra você também.-Falei rindo. — E obrigada pelo elogio. Eu sou a Luise Martins, sou a sua advogada. Mas vamos ao que interessa Nathan, quero que você me conte como veio parar aqui. — Falei.

— Ih doutora, esses cu azul que tão me mantendo preso aqui, tão falando que me encontraram com droga, sendo que foi eles que jogaram lá. Não fiz nada de errado, olha pra minha cara e vê se tenho cara de que faço algo errado? — Falou todo sério e eu arquiei uma sobrancelha.

— Quero que você fale a verdade, somente a verdade, quero que você me conte tudo, o que você me falar não sairá daqui, afinal eu estou aqui pra te ajudar. — Falei e ele concordou.

— Tá bom então, é assim doutora, desde menor eu tô nessa vida, é um bagulho complicado demais, mas assim, não vou negar que não faço as coisas, se até hoje ninguém tem provas sobre mim pra mim prender, e não é hoje que vão, só quero sair daqui.

— Nada que você falou irá sair desta sala, hoje será sua audiência de custódia, e você irá sair. — Falei e dei um meio sorriso.

(...)

— As acusações lançadas contra o Sr. Nathan Venâncios, não condiz com a realidade, às provas produzidas nos autos não tem o conteúdo para condenar o Sr. Nathan Venâncios que está sendo involuntariamente acusado de um crime que não cometeu, sem que haja qualquer verossimilhança nesta acusação. — Disse por fim, já estávamos na audiência de custódia.

— Sendo assim declaro o Sr. Nathan Venâncios inocente. — O juiz declara por fim.

(...)

— Caraí, sou muito grato doutora, valeu mesmo. Mas assim, você pode me levar até no pé de Heliopolis? E posso te chamar de Luise? — Falou.

— Posso sim, pode me chamar de Luise mesmo. — Falei.

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