Capítulo 18 - Um pesadelo antes do jantar.

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 Meus olhos se abriram para uma luz branca e forte. Eu estava em um quarto desconhecido. Era o meu quarto, mas era como se não fosse. Como se esse quarto não me pertencessem. A parede atrás de mim, coberta de persianas verticais, estava ao contrário e no alto do teto as luzes brilhantes me cegavam. Mas derrepentes essas mesmas luzes se apagaram, agora estava tudo escuro, bom uma boa parte do quarto estava. Me levantei e fui em direção ao interruptor apertando para ligá-las. Eu apertei mais uma vez, mas as luzes não acenderam. Agora eu estava no breu, não via nada além da luz do poste que entrava como um fiapo iluminando uma pequena parte da janela. 

   Imaginei que a luz havia acabado. Vesti meu roupão e desci as escadas cautelosamente. Estava tudo em silêncio, a cada degrau que eu descia, sentia um arrepio percorrer toda a extensão do meu corpo dos pés à cabeça. Não que eu seja um garoto medroso, mas eu sentia uma fobia de lugares escuros. Tentei ligar o interruptor da sala, mas aconteceu o mesmo que o do quarto. Fiz a mesma coisa no da cozinha, e não havia dado em nada. 

─ Merda! 

─ Se eu fosse você, verificaria o padrão que está lá fora. 

─ Quem disse isso? ─ Meu coração começou a acelerar. 

─ Oh, e que tal vir até a sala. Não vai me encontrar na cozinha, docinho. 

─ Taehyung? ─ Andei em direção a sala. ─ Achei que tivesse dito que te queria longe de─

─ Eu não sou o Taehyung. Muito prazer eu me chamo Jimin. 

   Ele me prensou na parede. Eu arfei.

─ C-como você chegou aqui tão rápido? ─ Perguntei e ele riu. 

   O suposto Jimin era idêntico a Taehyung. O cabelo, o rosto, a voz... Tudo. 

─ Isso é segredo.

─ Para de graça Taehyung! ─ Empurrei ele. ─ Eu já te disse que te quero longe de mim.

─ Eu já disse que eu não sou esse Taehyung que você tanto diz. Mas para ser sincero, ele deve estar morto em algum lugar na floresta próxima daqui.

    Ele passou o dedo pelos lábios limpando algo vermelho, julguei por ser sangue. 

─ Ai meu Deus! Você matou ele? ─ Engoli um seco. 

─ Não era isso que você queria? Não queria ele longe de você? Então ─ Ele sorriu de lado ─ Eu fiz o que você pediu.

─ Sim, e-eu queria ele longe, mas não dessa forma! Você é louco. Estou confuso! Acabou de me dizer que não o conhece!

─ Eu sou louco por você. 

     Ele se aproximou novamente, tão rápido que eu nem vi como ele fez. Sabia que ele não havia andado nem corrido. Mais uma vez meu corpo se arrepiou. 

─ C-como você entrou aqui? ─ Sai de baixo dele. 

─ Ah, eu tenho os meus modos. Não se preocupe, Não arrombei nenhuma porta. Eu não preciso disso. 

   Ele pegou um dos vasos da mamãe e começou a olhar. Fui em direção a ele e retirei o vaso da sua mão, mamãe me mataria se um desses quebrasse. 

─ É falta de educação mexer nas coisas das pessoas sem permissão! ─ Ele me encarou sério. ─ M-minha mãe ama esses vasos... ─ Fiquei cabisbaixo. 

─ Você se sente desconfortável com a minha presença aqui? ─ Assenti ─ Oh, baby! Não se sinta assim, não irei fazer nada com você.

    Ele me puxou pela cintura.

Entre Vampiros e lobisomens - Taekook Onde histórias criam vida. Descubra agora