XXIII. Sra. Luthor

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A Luz forte do quarto refletiu sobre as imensas paredes brancas fazendo com que meus olhos doessem, o quarto era grande e bem organizado, ao tentar me mover senti uma grande dor no corpo mas com um pouco de esforço consegui me sentar. 

Uma mulher que deveria ter uns 40 anos entrou e me olhou com os olhos arregalados, como se tivesse acabado de ver um fantasma.

— Desculpe... – falei sentido minha voz falhar – poderia me dizer onde eu estou?

— Senhorita não se mova! – falou rapidamente e veio na minha direção apertando um botão próximo a cama – estou chamando o doutor e logo ele chegará.

Então, eu estou em um hospital...

Aos poucos o quarto ficou lotado de pessoas vestidas em branco, com expressões de surpresa e choque estampando seus rostos.

O tal doutor não disse nada quando entrou, fez diversos testes e pediu diversos exames até finalmente se comunicar com a enfermeira que chegou primeiro.

— Isto é um milagre, devemos contatar a família imediatamente. – falou o home de cabelos grisalhos sorrindo como se tivesse vencido as olimpíadas.

— Desculpe... Eu ainda estou meio desnorteada, poderiam me explicar porque estou no hospital – perguntei e o homem finalmente me olhou.

— Você está na UTI do Hospital memorial Francisca Nunes de National City – falou o homem – Você deu entrada há 5 meses em estado grave após um acidente de carro, a senhorita não se lembra?

— Não... Não me lembro, eu perdi um trabalho importante na escola, Lexie deve ter zerado! Era pra eu ir na casa dela pra fazermos o trabalho – falei pensativa.

— Trabalho da escola? – perguntou a enfermeira.

— Sim, os professores estão pegando pesado, deve ser porque é o último ano. – falei rindo.

— Senhorita Danvers, poderia me falar quantos anos acha que tem? – falou o doutor para mim.

— 18... O que quer dizer com quantos anos eu acho que tenho? Quero dizer, eu estou no último ano da escola – falei olhando para os dois.

— Senhorita Danvers, você tem 22 anos pelo que sua família contou, você é diretora de uma filial da empresa da família – o doutor fez uma pausa e logo Alex entrou as pressas no quarto.

Ela me tocou, apertou minhas mãos e começou a chorar enquanto agradecendo um ser superior, nunca vi minha irmã acreditar na existência de um ser onipotente.

— Kara, você está bem? Eu liguei para Lena e ela já está vindo – falou Alex me olhando com os olhos vermelhos.

— Eu estou bem mas... Quem é Lena? – perguntei vendo Alex fazer uma feição estranha.

— Lena Lutbor – falou ela – você deve estar meio perdida por ter acordado agora...

— Alex – a chamei e ela parou de falar – por quê a mãe da Lexie estaria vindo pra cá?

— Mãe da Lexie? Você não a chama assim desde que... – Alex ficou quieta após uma mulher entrar com tudo bo quarto.

Alex foi rapidamente para o lado dela, a segurando pelo braço, ela tinha cabelos pretos e olhos verdes, eu me lembrava de ver seu rosto em várias capas de revistas. A mãe da Lexie, Sra. Luthor.

— Eu temo que a Senhorita Danvers, esteja com perda de memória, ela não lembra de nada dos últimos 4 anos – assim o doutor terminou de falar a Sra. Luthor caiu de joelhos no chão enquanto Alex a apoiava.

Fui me mover para a ajudá-la mas a enfermeira me segurou na cama.

— A senhora está bem? – perguntei e ela me olhou com os olhos vermelhos, pude ver uma lágrima escorrendo por seu rosto e por algum motivo aquilo doeu em mim.

— Você não se lembra de mim? – ela perguntou.

— A senhora é a mãe da Lexie, mas nunca nós conhecemos pessoalmente – falei olhando para ela e vi tristeza ems seus olhos.

A Sra. Luthor se levantou chorando e saiu do quarto com Alex em seu encalço, eu queria ir atrás e descobrir o motivo por trás daquela mágoa para que talvez pudesse ajudar. O doutor pediu mais exames e algumas pessoas vieram me ver durante o resto da semana, pessoas que me conheciam e eu não lembrava.

Com o passar dos dias, descobri coisas que fiz nos últimos 4 anos mas nunca me falavam sobre a Sra. Luthor, nem mesmo Lexie quis me contar, ela disse que não era apropriado ela falar sobre.

Mesmo com as diversas visitas durante o dia, eu por algum motivo, me incomodava com a falta da visita da Sra. Luthor, mesmo que o meu eu de agora não soubesse... O meu eu antigo que vivia apagado no meu subconsciente queria vê-la, toda vez que havia uma visita, eu torcia que fosse ela mas não era.



CONTINUA...

Após várias mensagens em meu inbox e nenhum pix.
Nenhum pix.
Eu estar de volta.
Sinceramente, voltei por culpa de uma aposta de justa causa com a @Huffever
E como eu pretendo ganhar, eu voltei. O orgulho as vezes é um karma e o karma é uma vadia.

You Make Me Feel So High | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora