11.

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❄️

Kiba finalmente se encontrava no último dia de aula antes das férias começarem. Agradeceu muito por isso, afinal, não teria mais que ver seus colegas de sala de aula e muito menos, Dun.

Dun... ele acabou o ignorando completamente depois de ter o forçado pela segunda vez e isso fazia Kiba muito mal. Se sentia sujo. Qualquer coisa o assustava e evitava tudo o possível.

No último dia de aula. Alguém o chamou para conversar, uma garota doce e gentil de sua turma. Falara que gostava dele a um tempo, mas não sabia como dizer. Para Kiba, foi um choque, mas acabou sorrindo e agradecendo por aquilo, porém, alegou que pensaria. Não estava pronto para aceitar alguém assim.

Então, foi em direção para casa após conversar melhor com ela e descobrir que ela era mais legal do que aparentava.

Já estava com a chave na mão, após destrancar a porta, quando alguém o vira bruscamente e o empurra, o fazendo cair para dentro de casa.

Dun, estava acompanhado de seus amigos, seu semblante não era nada legal. Adentrou no apartamento de Kiba e o agarrou pela roupa, o levantando um pouco do chão, deixando seus rostos próximos.

— Então você fica vadiando assim com qualquer um? — Dun pergunta irritado segurando Kiba. Estava irritado, nunca havia se sentido assim, mas não era nada romântico, antes fosse. Estava mais para... possessividade.

— N-não eu — Kiba se encolheu conforme Dun o examinava com o olhar contendo muita fúria.

— Não? Quer dizer que não ficou com a Melia? — Dun pergunta sarcástico. Kiba sacudiu a cabeça em negação.
Dun então o soltou brusco e riu, passando suas mãos pelo cabelo. Pensando no que iria fazer. Não tinha nada com Kiba, mas nunca seria traído assim.

Deu sinal para seus amigos, dois seguraram Kiba de pé e outro preparou seu punho, direcionando o para Kiba. O socou muitas vezes no rosto e estômago, até Kiba cuspir sangue.

— Se você não tivesse dado atenção para ela, eu teria deixado você como o cachorrinho assustado que é, sozinho — Dun o segura pelo cabelo. Ia acertar um soco em Kiba para terminar aquilo, mas ouviu um grande rosnado vindo da divisa entre a sala e cozinha. Olhou para onde o som vinha e se assustou por alguns segundos ao ver Akamaru, que já se encontrava em tamanho muito grande, com seus pelos negros e olhos esmeraldas.

Deu um passo para trás e riu ao olhar para Kiba, que suspirava cansado.

— Quer dizer que agora tem um cachorro? — Dun fala estúpido, debochado olhando para Akamaru, esse que correu até seus amigos e proferiu mordidas fortes e doloridas em suas mãos e braços, os fazendo largar Kiba que caiu no chão e se arrastou até o sofá.

Akamaru se dirigiu até Dun, que ficou preocupado com sua agressividade com seus amigos. Se distanciou até sair do apartamento, enquanto Akamaru continuava dentro do apartamento, em frente da porta aberta.

Dun se deu por vencido por enquanto com seus amigos fugindo do cachorro solto no apartamento. Pelo menos conseguiu pegar Kiba após vê-lo conversar com uma garota da faculdade.

[...]

Kiba já havia tomado um banho quente e trocado de roupa. Estava em sua cama, passando pomada onde estavam novos hematomas roxos. Suspirou profundamente, até que sentiu um peso em sua coxa. Abriu os olhos e viu ali Akamaru o fitando pacientemente. Riu anasalado e deixou um carinho na cabeça do cachorro. Não se lembrava de que o filhote já havia crescido tanto naqueles meses em sua casa.

— Obrigado por ter ajudado — disse sorrindo, mas suas lágrimas não foram paradas assim que se sentiu culpado por muita coisa.

Após tudo aquilo, jantou junto de Akamaru e foram dormir. Naquela noite, estava especialmente brilhante no céu, com a luz da lua cheia iluminando a escuridão da noite. Akamaru sentiu se inquieto, sentiu que algo aconteceria.

Saiu do cama, onde Kiba dormia calmo e foi até a sala, onde sentiu seus olhos quebrarem lenta e torturantemente. Ao acordar minutos depois, anestesiado pela dor, levantou sua mão a altura de seus olhos. Havia voltado a forma humana. Foi até o calendário e conferiu sua suspeita, era enfim seu aniversário.

Sorriu e levou o olhar até a porta do quarto de Kiba. Pensou milhares de vezes em como explicar que ele era Akamaru e que não era um cachorro, e sim um lobisomem. Rolou os olhos em frustração. Kiba não acreditaria nele.

Buscou então por algumas roupas de Kiba e pegou as maiores que encontrou, pegou uma coberta do armário e se pôs a dormir no sofá da sala. Não sabia, mas Kiba sentira sua falta quando se remexeu na cama e não o sentiu do seu lado. Acabou chorando de novo, continuando perante toda a noite.

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E putz, Akamaru virou um homão da porra 😔✊

E putz, Akamaru virou um homão da porra 😔✊

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Animago [Finalizado]Onde histórias criam vida. Descubra agora