Capítulo. 6🌹

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Marcas do passado

Elisângela Narrando


      Faz 20 minutos que chegamos ao hospital e minha mãe está lá dentro em uma sala que eu nem sei onde é. Fico sentada no única banco que tem no corredor e me encolho por conta do frio. O ar condicionado está ligado e eu não estou a usar um casaco ou uma roupa mais pesada. Por acordar um pouco mais cedo que o habitual me sinto tentada a baixar o rosto e cochilar, na hora que ia fazer isso sinto passos próximo a mim e levanto ficando frente a frente com um doutor.

__Bom dia, você deve ser a filha da sr. Que está lá dentro?-Sinto ele me analisar, demoro breves segundos pra o responder.

__Sim sou. Ela está bem?-O olho sem demonstrar tanta emoção.

__Sou o Igor, auxiliar do Josias,médico cirurgião que vai tratar do caso da sua mãe.-Ele estende a mão em cumprimento e eu correspondo ao jesto.

__Ela vai ser operada?-Pergunto no mesmo instante que solto sua mão.

__É necessário, nós recebemos o histórico da sua mãe e não é a primeira vez que frequenta este hospital.-Assinto.... O problema dela saiu do controlo porque segundo os documentos sua operação seria a mais ou menos três semanas e até agora nada feito. Como não dá pra adiar o exato é fazé-lo hoje.

__Mas não dá pra esperar?

__Não, o doutor Josias é um bom cirurgião e pode ter a certeza que ele fará os possíveis para que a cirurgia seja um sucesso. Ele já tratou de casos mais delicados e o resultado foi muito bom, exceto aqueles casos mesmo que só Deus.-Ele para de falar eu fico me perguntando por que ele está a dizer todas essas coisas sobre o doutor e ali o falatório continua.

__Em 20 minutos começaremos a cirurgia e o doutor pediu para vir  avisar a pessoa que está como acompanhante da paciente.-Ele dá uma pausa como se estivesse a pensar em algo e diz: não tem outra saída e acho que a senhorita está sabendo, ele queria poder dar um jeito de adiar pra amanhã pra preparar a família, mas, o caso é um pouco urgente, só por isso é que ele quer que a operação seja mesmo hoje pra não ter problemas no futuro.

__Entendi. Obrigada.

__Quer ligar a alguém da família?-Iria dizer não, mas como estou sem telefone e sem um dinheiro decido aceitar. Primeiro ligo para o meu pai e ele não atende, depois ligo para a Ashia que atende mas desliga sem antes dizer que estava na sala de aula. Devolvo o telefone e o doutor se retirou.

". "

     Ele disse que o doutor Josias é expert na área e já lá se passaram tanto tempo e estou sem notícias. Minha bunda dói de tanto sentar, começo a dar voltas pelo pequeno corredor em passos lentos pra ver se a demora fosse pouca. Me sinto frustrada e vou até fora do hospital , pois ouvir o barulho daquelas máquinas em funcionamento me incomoda, exausta volto pra dentro do hospital.

     O caminho de volta é feito a passos lentos, minhas mãos dentro da calça leggue e meu rosto olhando o chão branco do hospital, ao chegar na curva que me levaria ao corredor ergo minha cabeça e olho para o lado dando de cara com um doutor que vem do lado oposto apressado e lembro de já o ter visto, seu olhar se encontra com o meu, viro para o encarar e ele fez o mesmo, volto pra real e ando rápido e me sento no banco que tem no corredor. Aquele doutor é o mesmo moço que estava no Lar, então ele esteve lá por ser médico. Não tem como esquecer de sua beleza. Acordo dos pensamentos sentido duas presenças bem a minha frente levanto em um salto encarando o moço do lar e o outro que falou comigo algumas horas.

__É a única acompanhante da paciente?-O moço do lar diz.

__Sim.

__A paciente está bem e encontra-se ainda sob o feito da anestesia, ela está a descansar e pelos nossos cálculos acordará amanhã.

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