Marcas do passado
Elisângela Narrando
Não me lembro a que horas eu sentei pra escrever, dá pra ver pelo teto do quarto que já anoiteceu e olhando bem as horas no telefone já passa das 19h, minha mãe me chamou para comer e eu disse que iria e ainda assim não fui. Escrevi um texto muito longo e mesmo estando satisfeita com o que escrevi não o publiquei e eliminei, também eliminei o próprio blog não faz mais sentido ter um sendo que não quero partilhar mais meus sentimentos com outras pessoas.Acessei a minha conta do Facebook e deu-me também uma vontade de bloqueiá-la, não converso com tanta gente, e as mensagens que recebo algumas são da página e outras de homens escrevendo um monte de baboseira. Bloqueiei aquela conta e criei uma nova,onde adicionei a Paulina e a Ashia ,como não tenho fotos minhas na galeria meti a foto dos meus sobrinhos.
Minha barriga fez um barulho estranho, não era preciso ser um gênio pra saber que era porque estou com tanta fome. Deixei o computador de lado e pus-me a levantar,voltei a sentar automaticamente, minhas pernas estavam dormente entretanto, preciso repousar pra que ela se acostume com o peso do meu corpo. Voltei a levantar e fui a cozinha comer.
__Boa noite Elisa.-Meu pai passa por mim,enche uma caneca com água.
__Boa noite pai.-Deixa a canela em cima do balcão e vai embora. Termino de triturar os alimentos em silêncio ao terminar lavo o prato e o garfo devolvo no armário e vou sala.
Está a apresentar uma novela. Meu pai está a jantar à mesa, eu, minha mãe e a Ashia estamos no sofá , uma cena de beijo apresenta já sabendo o que aconteceria,me levanto e vou ao quintal, elevo meu olhar ao céu estrelado. Coloco minha mão direita na minha bochecha direita. "Ainda sinto o peso daquelas mãos sob a minha bochecha, parece até que a dor é mais..."
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Os dias têm sido bem entediantes e monótonos,ainda assim não me arrependo por ter recusado a oferta da Elisabeth, acontece que me sentia muito exposta e não é isso que eu quero.Às vezes sinto que estou a exagerar e quando tento me desafiar eu travo no meio do caminho. É só sair, conhecer novas pessoas, tentar conseguir um emprego, ou talvez dar continuidade ao estudo, simplesmente, não consigo. E, na verdade eu gosto de viver assim.
Finalmente o dia para ir ao hospital chegou. Temos que estar as 9h da manhã, acordei cedo e fui tomar banho. Vesti um moletom preto e uma camisa azul de tecido leve, esperei na sala pela minha mãe e quando saiu do quarto já preparada seguimos caminho até o hospital.
__Nem tive oportunidade de ti dizer.-Falo de repente e a minha mãe me olha...no outro dia foi a vizinha da casa que fica frente a frente com a nossa que nos deu boleia.
__Ontem me encontrei com ela e me perguntou se já estava bem,achei estranho ela saber,depois me explicou que nos levou.
__Uh.hum
__Vamos descer aqui gerente.-Minha mãe diz num tom de voz bem audível. O morista parou de conduzir e nós descemos.
__Aqui tinha que ter uma pedonal.-Falo ao endireitar a camisa.
__Esse país ainda precisa muito pra desenvolver.
Atravessamos a estrada e andamos mais uns kms até chegar no hospital,na recepção.
__Bom dia,temos uma consulta marcada para 9h com o doutor Josias.-Minha mãe diz a moça.
__Bom dia, o doutor está em reunião, esperem um pouco depois vos anuncio.
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Marcas Do Passado
RomanceJosias viu sua noiva morrer lentamente. Elisângela viu sua inocência sendo roubada. Duas vidas,uma noite, um passado que acarreta marcas no presente. Poderão as marcas do Passado ser mais forte que o amor que unirá esses jovens? Capa- Kleyse Peroll...