Capítulo 38

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Alerta de gatilho: Pensamentos autodepreciativos.


Seokjin fitava o celular nas suas mãos e pensava se deveria ou não finalmente desbloqueá-lo e talvez ver suas mensagens, mas por que faria isso, certo? Alguém queria falar com ele? Céus, tivera amigos antes ou era tudo uma ilusão? Sentia-se péssimo por não saber mais como sua mente funcionava, pois tudo parecia perigoso de alguma forma e assim acabava odiava todas as coisas a sua volta.

Ele largou o celular e acabou pegando-o outra vez somente para fitar o display. Era somente um aparelho, não iria o machucar, certo? Não iria, mas talvez a fotografia que tinha com Namjoon no seu wallpaper lhe doesse o coração.

O professor sentiu as lágrimas vindo aos seus olhos e largou o aparelho, pegando um outro travesseiro. Por que Namjoon fizera aquilo com ele? Havia literalmente confiando sua vida ao mago para depois ele fazer toda aquela crueldade. Céus, pensara que eram amigos.

O moreno pensava no que faria quando ouviu uma batida na porta, era leve e baixa e já reconhecia como sendo de Hoseok.

— Pode entrar.

Hoseok entrou equilibrando uma bandeja e Seokjin percebeu duas coisas: a primeira era que não tinha comido ainda nada naquele dia e a segunda foi que não tinha saído daquele quarto mesmo podendo fazer tal coisa — afinal lhe garantiam que não era um prisioneiro —, contudo tinha medo do que encontraria longe daquele cômodo; talvez Namjoon e não tinha certeza se estava pronto para tal coisa.

— Trouxe o café da manhã — avisou Hoseok, sorrindo docemente. — Não ficou tão gostoso igual os seus, mas espero que goste.

— Qualquer coisa serve. Onde estão os outros? — Seokjin notou a confusão no olhar de Hoseok e então suspirou antes de continuar. — Não sinto a presença mágica deles e elas estavam intensas há pouco tempo atrás.

Ahh. — Hoseok sorriu, deixando a bandeja no colo de Seokjin, que logo foi no sanduíche de ovo pra morder; agora que via a comida, tinha fome. — Como é isso de sentir a presença?

O mais velho sacudiu os ombros.

— É como um cheiro, só que dentro de mim? — Seokjin enrugou o nariz. — São cinco pontinhos no meu coração. Antes, eu não sabia como perceber, mas depois que aprende fica fácil sentir.

— Cinco pontinhos? Isso... é fofo?

Seokjin sorriu fracamente.

— Só de quem conhecemos é no coração. Outros é como se fossem toques pelo corpo, como um cutucão, sabe?

— Entendo — disse o ruivo, suspirando pesado e pela primeira vez vendo o aparelho celular do outro jogado de qualquer maneira no colchão. — E algum desses pontinhos é mais forte do que os outros?

Seokjin encarou o ruivo por poucos segundos e depois desviou a atenção um pouco envergonhado. Era ridículo aquela sensação. Ridículo ele ter saudades de Namjoon quando o mago o havia ferido tanto.

— Você não me disse onde eles foram — comentou Seokjin, querendo mudar de assunto de alguma maneira.

— Ah, não sei bem — confessou. — Mas, Taehyung estava estranho? E ele saiu, aí coisas começaram a voar em Jimin? Eu realmente não sei.

Hm... tem uma maldição em Jimin e Taehyung, eles não podem ficar longe um do outro se não morrem.

— Espera, Yoon me falou isso! Porra, eu achei que era mais light? As facas estavam literalmente voando em Minnie!

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