Capítulo 88

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Hoseok estava com o grimório aberto e tentava ler as palavras nele escritas, mas era bastante complicado quando estavam sendo atacados de todos os lados. Contudo, não iria desistir, a vida de todos dependiam daquilo, principalmente a de Yoongi que para ser sincero era o motivo de estar em uma zona que praticamente gritava "Morte!". Céus, tinha que amar muito alguém para realmente fazer algo sabendo que a qualquer momento poderia morrer.

Porém, todas as esperanças de realmente conseguir fazer algo foi por água abaixo quando Chanmi gritou e assim que Hoseok a olhou, percebeu que a moça tinha parado do outro lado da sala, desmaiada. Antes dela a Imperatriz tinha sofrido com a mesma coisa, então agora Jung estava sozinho, sem nenhuma proteção e nada de ritual de sangue feito. As coisas não estavam fáceis naquele dia.

— Ora, ora, ora... Se não é o meu melhor amigo.

Jung ouviu a voz de Jooheon e logo se pôs de pé, puxando o punhal de uma vez. Ali estava o líder daquela revolta e todos pararam para as ordens dele. Pelo menos isso, pensou Hoseok, respirando fundo.

— Saia daqui! Saia dessa mansão! — gritou Hoseok, levantando o punhal da melhor maneira que conseguiu. — Nos deixe em paz!

Jooheon riu, remexendo no cabelo e revirando os olhos em seguida. Hoseok então pensou em como o odiava, mesmo sendo uma palavra bem forte; aquele homem tinha machucado Yoongi e Seokjin gravemente e pelo puro prazer de assim fazer, então justificava tais pensamentos como necessários para sobreviver.

— Mas... assim você me magoa? — Jooheon projetou o lábio inferior para frente, estalando a língua enquanto levantava e abaixava os ombros. — Pensei que éramos amigos!

O ruivo franziu a testa, mas não abaixou a arma. O homem estava tentando o desestabilizar, era óbvio! Mas não conseguiria.

— Eu nunca seria amigo de um verme quanto a você.

— O-oh! — Lee levou a mão na altura do peito e sacudiu a cabeça vagarosamente, fitando o chão.

— Uau... você partiu o meu coração em mil pedacinhos.

Jooheon dramatizou fingindo estar recebendo uma punhalada no coração, já com as primeiras lágrimas nos olhos.

— Para com isso! Não somos amigos!

Oh, my God! — Jooheon proferiu, esfregando o rosto com força. — Para de chutar cachorro morto, por favor!

Hoseok sabia que o outro estava brincando com ele, que estava tentando o confundir, o problema era que estava sozinho, que não tinha mais o que fazer contra aquele homem, a não ser enrolá-lo até que seja chegasse, se ela chegasse.

— Eu não entendo — disse o ruivo, mudando o peso do corpo para o outro pé. — Como poderemos ser amigos?

Jooheon engoliu a seco e puxou o ar com profundidade, fazendo outra vez uma expressão de pura dor e sofrimento.

— Eu sei que você tem um melhor amigo, eu sei disso, mas agora... dispensar a minha amizade?

Uau, Hoseok. Você é igual a todos os outros.

Era um jogo, agora tinha ficado óbvio e teria que apostar na roleta da vida para que o outro desistisse de seus planos. Será que teria que enganar o homem ainda mais com essa preocupação?

Não tinha certeza mais de nada.

— Então, se somos amigos, por que você não para de ferir os meus amigos?

— Mas eu não feri nenhum dos seus amigos!

— Você machucou Yoongi!

Céus, Hoseok se sentia infantil naquele momento, mas aquele homem estava lhe tirando toda a paciência. Por que as coisas não poderiam dar certo uma vez naquele dia? Somente precisava de ajuda, do clã ali para ajudar a resolver tudo. Seu marido e amigos dependiam disso.

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