Capítulo 73

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Beomgyu passou pelo portal com um imenso sorriso e depois seus olhos curiosos investigaram todo o local, enquanto murmurava para si mesmo coisas como: "Que legal!", "Irado!" e "Cool!". Taehyung manteve os olhos nele durante todo o momento, cuidado do Jeon e não percebeu o olhar triste de Jimin, que ainda se culpava por tudo aquilo estar acontecendo, mas, Seokjin notou. Porém, antes de tudo, foram conversar com os anfitriões da casa.

— Woozi, Hoshi — Seokjin falou, lembrando-se de como se cumprimentava na língua dos sinais e logo fazendo isso. — Obrigado por nos receber.

— Oh! Ele é deficiente auditivo?! — o Jeon disparou, apontado para Soonyoung, que pareceu confuso por um instante.

— Menino, não aponta! — Taehyung falou, dando uma batida na mão do garoto. — Que falta de educação!

Beomgyu arregalou os olhos e logo negou rapidamente.

— Não quis dizer dessa maneira! Eu tenho um amigo surdo — afirmou o rapaz, logo virando para Soonyoung. — Olá!

Jimin percebeu o mais novo conversando na língua dos sinais com Soonyoung e sorriu, mas logo se apoiou em uma das paredes para respirar fundo. Ele não estava se sentindo bem, tinha se controlado por conta de toda a situação, mas sentia um outro ataque de pânico de formando aos poucos.

— Taehyung, você pode explicar tudo o que aconteceu? — pediu Seokjin, apertando de leve o ombro do amigo. — E por que precisamos de Hoshi?

O de cabelo azul concordou e olhou na direção de Jimin, mas Seokjin negou com a cabeça, em uma conversa muda de que resolveria tudo. O caçador concordou e se virou para o casal dono da casa enquanto o professor ia até Park e com cuidado o levava para o quintal de trás, onde sabia que tinha um banco e uma brisa refrescante que sempre ajudava quando sua mente pregava peças.

Hyung...

— Está tudo bem — garantiu o mais velho, sentando o loiro com cuidado no banco enquanto fazia o mesmo ao seu lado. — Você está seguro e logo, logo encontraremos Kookie, Minnie. Ele está bem.

O loiro sentiu as lágrimas vindo aos olhos e não segurou, somente deixando que essas escorressem sem controle, então abraçou o amigo, deixando que os dedos do professor lhe acalmassem aos poucos com afagos nas costas e no couro cabeludo.

— Sabe, eu o sinto — afirmou Seokjin. — E o anjo também. Não conseguimos conversar ou encontrá-lo, mas Jungkook está bem.

Park concordou com a cabeça e logo voltou a apoiar o rosto na curvatura do pescoço do professor. Estava com medo de alto bem ruim ter acontecido ao namorado, mas as palavras de Seokjin, de certa forma, acalmaram-no.

— Posso confessar algo? — Seokjin perguntou baixinho, ainda deixando que seus dedos afagassem o Park. — É sobre o anjo e eu.

Hum-hum...

Jimin sentia que se falasse uma frase completa o choro não pararia, então preferiu respirar fundo e tentar se concentrar nas palavras que Seokjin dizia para assim se acalmar ainda mais.

— Nós estamos brigados — afirmou Seokjin, suspirando pesado. — Byul mal fala comigo, só me deu asas porque era para proteger vocês. Se não fosse por isso, eu não teria resposta.

— C-como a-assim? — Jimin respirou, tentando parar de chorar. — O q-que aconteceu?

— Moonbyul não gostou da conversa que eu tive com o psicólogo, que eu disse tudo o que penso e quero fazer.

Park franziu a testa e se afastou do mais velho, fitando-o.

— Não... e-entendo — afirmou o mais novo, passando a mão com força no rosto para retirar as lágrimas. — O que você disse de errado?

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