Capítulo 77

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Aviso de gatilho: Machismo


Jungkook não sabia mais quantos dias estava preso naquela casa e isso era apavorante. Sentia falta de todos, mas ainda mais da parte dele que sempre era bloqueada após dez minutos de conversa.

Queria Yugyeom de volta, queria seus namorados e amigos de volta, queria a sua vida de volta.

Mas, no momento, tinha que descer para comer o café da manhã com aquele homem que dizia ser seu pai, pois senão, mais tarde naquele dia não poderia conversar com Yugyeom.

Então, após mudar de roupa, ele seguiu para o andar de baixo, suspirando pesado antes de entrar na sala de jantar; tinha que parecer alegre com tudo, fingir que estava muito feliz em ter sido sequestrado pelo "pai". Sim, entre aspas, pois para o rapaz aquele homem nunca seria o seu pai de verdade, o único homem que era o seu pai, chamava-se Jeon Jungsu.

O rapaz então de um sorriso, sentando-se na mesa e observando o café-da-manhã. Havia vários pratos franceses, contudo, acabou ficando com pão. A verdade, é que sentia falta da comida coreana.

— Bom dia, filho.

Jeon deu um sorriso fraco e mordeu o pão somente para não precisar falar nada.

— Vejo que você gosta de pão — comentou Junhee, vendo o rapaz concordar com a cabeça para em seguida colocar mais da massa na boca. — Enfim, agora que você já sabe como agir por aqui e não tentar gracinhas, as coisas mudarão por aqui.

Jungkook não estava gostando daquela conversa, mas somente balançou a cabeça positivamente.

— Você começará a me ajudar nos feitiços.

O moreno mais novo franziu a testa e após tomar um gole de suco, resolveu finalmente falar alguma coisa.

— Você não é um semideus? Por que precisa de mim?

— Porque sim.

O rapaz sabia que tinha algo estranho, que Junhee o queria para mais do que ser somente um "filho", contudo ainda não tinha como saber para o que, afinal antes o homem queria Seokjin envolvido, mas agora nem falava dele, como se tivesse desistido. Seria isso? Encontrara outra maneira de fazer o que queria? Talvez fosse uma boa coisa, certo? Jeon duvidava, de verdade, mas tentaria ter esperanças.

— Okay — disse o rapaz, sacudindo os ombros. — Eu ajudo.

— Bom garoto.

Junhee deu um sorriso e Jungkook repetiu o gesto mesmo querendo encher aquele homem de porrada.

Por fim, Jungkook somente se concentrou em terminar o seu café, já desanimado com o que aconteceria em seguida. Não conseguia pensar em nada bom que Junhee iria querer dele, então já esperaria o pior.

Quando o café terminou, eles seguiram até um cômodo que antes Jungkook não podia entrar; antes acreditava que era um escritório e agora podia ver que era uma sala bem parecida com a que Namjoon tinha na casa, somente mais sombria e gelada.

— Eu preciso do seu poder para fazer um feitiço, coisa simples.

Jungkook não confiava, mas concordou com a cabeça.

— Antes eu faria com o poder do anjo e do demônio, mas como você e seus amigos fizeram questão de atrapalhar, terá que ser de outra forma.

O mais novo concordou outra vez com a cabeça.

— Esse agora não é cem porcento garantido como o outro, mas acredito que sirva.

— Esse feitiço serve para que?

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