Capítulo 72

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Aviso de gatilho: Ataque de pânico.


Taehyung sentia o vento contra o seu rosto e sorria para a sensação boa que tinha no momento. Ele então olhou para o lado e capturou o sorriso de Jimin enquanto acompanhava a letra da música que estava tocando no rádio. Era bom vê-lo feliz. Era bom estar feliz.

— Eu nem acredito que vamos vê-lo outra vez — murmurou Taehyung quando a música mudou para uma que nenhum dos dois gostava muito. — Estou morrendo de saudades.

— Eu também — afirmou Jimin, dando um sorriso. — Só mensagens realmente não matam a saudade.

— Ainda acho que estranho ele nunca aceitar nossas ligações de Skype.

— Ele disse que se visse nosso rosto iria chorar. Aquele bobo. Eu o amo tanto, Tae!

— Mas ele vai chorar! Porque estamos indo de surpresa! — Taehyung riu. — Não acredito que Namjoon-hyung 'tá realmente comprando a casa para a gente. Como pudemos ter um amigo desses, Minnie? Nós tentamos o matar!

Park riu quase de nervoso.

— Eu sei... Ele... — Jimin suspirou pesado. — Nem tem como descrever, ele se tornou mesmo nossa família. Ótimo, agora quero chorar!

— Ei, nada disso! Faltam só vinte minutos até casa de Kookie e depois de duas horas de avião, isso é nada! Então, nada de chorar! Temos que economizar água para desidratarmos de vez com Kookie.

Os dois riram juntos. Iriam ver o namorado depois de vários dias separados e não poderiam estar mais felizes.

**

— Ele vai perguntar sobre essa faixa no seu braço — murmurou Jimin, virando o volante com cuidado para entrar na outra rua.

— E pelo motivo de você estar mancando.

— É... — Jimin suspirou pesado. — Devemos falar a verdade ou falarmos que foi um trabalho?

Taehyung fitou o namorado, levando a mão a perna do mais velho.

— Se você quiser contar, está tudo bem para mim.

O de cabelo azul conhecia muito bem Jimin para saber que Park não comentava sobre o que tinha acontecido por ainda não estar pronto, então se ele quisesse falar sobre tudo para Jungkook, estava tudo bem para ele.

Hm... veremos — Jimin disse, por fim.

O assunto então morreu e somente seguiram em silêncio durante todo o resto do caminho.

**

Eles chegaram na casa à tarde, quase noite. Tinha sido culpa do avião, que somente conseguiram uma viagem já na metade do dia, contudo estavam felizes pois iriam ver Jungkook, então todo o esforço seria compensado.

— Pega o terno que compramos — disse Jimin, fechado a porta do motorista. — Temos que ver se está tudo bem para sairmos ainda hoje à noite para o baile.

— Jin vem nos buscar para não precisarmos de novo do avião, né?

— Ei, você que quis usar o avião!

— Era para não cansar nossos amigos, eles estão trabalhando muito, mas já me arrependi. Portais são mil vezes melhores e menos burocráticos.

Jimin revirou os olhos, mas sorriu enquanto ajudava o namorado com o terno na parte de trás do carro antes de ambos seguirem até o portão da casa. Eles antes não puderam deixar de notar como o lugar era bonito, tanto o bairro, a rua e a residência em si — ainda que não pudessem ver muito por causa do muro —, trazia um ar de conforto mesmo não tendo entrado ainda; gostavam de tal coisa.

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