Capítulo 11

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O ritual começou bem mais leve do que Seokjin imaginou na sua mente. Para ele teriam palavras gritadas e um grande círculo desenhado no chão, com símbolos que não sabia reconhecer por serem de uma antiga e extinta língua, contudo era somente Namjoon e ele, perto das árvores, na tranquilidade de uma manhã ensolarada.

— Eu vou passar esse óleo de lavanda em alguns pontos da sua pele, okay? É só uma forma e te relaxar e fazer a magia fluir com mais naturalidade. — Tudo bem... Posso passar em você também, se quiser... — Não preciso disso, já aprendi a focalizar o meu poder.

O moreno concordou.

— Oh, claro... Sou mesmo um idiota.

Namjoon nada falou, somente levou o dedo ao pescoço do mais velho, encostado por um instante na curvatura do professor e massageando o local, antes de seguir para um outro ponto específico.

Seokjin não ousou se mexer.

O mago então passou os dedos no pescoço, na testa, na ponte do nariz do mais velho e também nos pulsos do professor, que suspirou pesado com a boa sensação. Namjoon sorriu e levou a mão ao queixo do filósofo, levantando-o com cuidado enquanto massageava o local.

— Você não é idiota — garantiu o moreno. — Um pouco impulsivo, mas não é idiota.

— Obrigado... Eu acho.

O Kim mais novo sorriu e deixou um pouco de óleo nas palmas das suas mãos e esfregou com cuidado, descendo com os dedos pelos braços do mais velho, com uma feição concentrada.

— Eu posso te tocar mais intimamente?

— O-okay.

Seokjin ficou nervoso por um instante, afinal não sabia exatamente o que aquilo significava, mas o hálito quente de Namjoon contra a pele do seu pescoço estava o deixando de um maneira que não gostava, pois como o outro tinha apontado, ele era impulsivo e somente a divindade poderia o julgar por tudo o que já tinha feito — se é que a tal entidade existe.

Namjoon então puxou Seokjin ainda mais para perto, levando sua mão por debaixo da camisa do moreno, que engoliu a seco para não fazer nenhuma besteira. O loiro então contornou a cintura do mais velho, até deixar que os dedos massageavam a base da coluna do professor, que mordeu o lábio inferior para não deixar nenhum som escapar da sua boca.

— Não fique tenso.

O filósofo respirou fundo e nada falou. O universo estava contra ele ou era isso que parecia atualmente.

Por fim, alguns minutos depois, Namjoon se afastou do moreno e lhe deu um sorriso singelo antes de pegar o frasco no chão e fechá-lo com cuidado, mal reparando a forma como Seokjin puxava o ar com dificuldade.

— Eu acredito que dará certo — afirmou o mais alto. — Eu gosto de você, tanto que estou pesquisando igual um louco para descobrir uma forma de te dar sua vida pacata de volta e você... estava xingando uma autoridade somente por mim, então você também gosta de mim. — Talvez...

O loiro riu e Seokjin fez o mesmo, agora um pouco mais tranquilo.

— Como Espinosa fala, bons encontros potencializam os humanos, então é isso — explicou o mago. — Nossa magia será mais forte assim.

— Eu... tenho uma dúvida. — Seokjin viu o outro concordar com a cabeça, esperando a pergunta. — Se... duas pessoas se odeiam ou não se conhecem, não podem manipular a magia juntos? E... eu também li sobre sexo e magia? Então, se você tiver um caso de uma noite com alguém que possua magia, vocês ficam fortes ainda assim? Estou confuso.

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