『27』O Ninho das Aranhas.

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      A sala comunal da Griffyndor andava sempre muito cheia ultimamente, porque a partir das seis horas os alunos da casa não podiam ir a lugar algum. E, também, tinham muito o que conversar, por isso a sala só se esvaziava depois da meia-noite.

Lilium passara o tempo desde o jantar lendo um dicionário em Latim, esperando a sala se esvaziar.

Fred, Jorge e Garrett desafiaram Harry e Rony para umas partidas de snap explosivo, e Gina se sentou bastante quieta ao lado da Potter para apreciar os garotos, na cadeira que Hermione geralmente usava.

Os dois amigos perdiam todas as partidas de propósito tentando terminar o jogo depressa, Lilium percebeu, mas mesmo assim, já era mais de meia-noite quando Fred, Jorge e Gina finalmente foram se deitar.

— Boa noite meninos. — Lilium, em sua melhor atuação de sono, se despediu dos garotos, dando um beijo na testa do irmão, e subiu as escadas.

Ela abriu a porta de seu quarto, entrou rapidamente apenas para guardar o dicionário, pegar o mapa do maroto e um casaco.

Ainda no quarto, ela abriu o mapa e se deparou com os nomes de Harry e Rony saindo da comunal. Suspirou e saiu do quarto, descendo as escadas em silêncio, entrou na comunal, e saiu pelo buraco do retrato logo em seguida.

Foi outra travessia difícil no castelo, evitando encontrar com os professores, e seguindo os dois pelo mapa no escuro. Finalmente chegou ao saguão de entrada, puxou o trinco das portas de carvalho, esgueirou-se entre as duas folhas tentando impedir que elas rangessem e saiu para os jardins banhados de luar.

Esperou até que os nomes do dois passassem pela casa de Hagrid e fossem parar na floresta para poder atravessar o gramado, dali em diante teria que segui-los às cegas, estava fora dos limites do mapa.

Ela correu para a orla da floresta e viu uma luz no meio da mata, era Harry, empunhando sua varinha com o feitiço Lumos, proporcionando luz o suficiente para deixá-los ver o caminho à procura das aranhas. Para sua sorte, estavam sem a capa.

Atrás de uma grande árvore, ela viu Harry bater no ombro de Rony, apontando para o capim. Duas aranhas solitárias corriam para longe da luz da varinha procurando a sombra das árvores.

— Muito bem — suspirou Rony resignado com o pior —, estou pronto. Vamos.

Então, com Canino correndo à volta, cheirando raízes e folhas de árvores e quase encontrando Lily várias vezes, eles se embrenharam na floresta. Orientados pela luz da varinha de Harry, seguiram o fluxo constante de aranhas que iam pelo caminho.

Estava ficando cada vez mais difícil de não ser encontrada, então ela teve que ficar um pouco mais distante deles. Ela os seguiu por uns vinte minutos, tomando o cuidado de decorar o caminho.

Então, quando o arvoredo se tornou mais denso que nunca, de modo que já não avistavam as estrelas no alto, e a varinha de Harry brilhava solitária num mar de trevas, ela os viu parar, mas não soube o motivo.

Tudo estava escuríssimo. Ela nunca se embrenhara tão fundo na floresta, de todas as vezes que estivera ali com Adhara, alimentando os testrálios.

Ela viu Harry se assustar e dar um pulo para trás, esmagando o pé de Rony. Mas aparentemente não havia sido nada demais.

— Que é que você acha? — perguntou Harry a Rony.

— Já chegamos até aqui — disse Rony.

— Tinha que se encher de coragem justamente agora, Wealey? — Lilium cochichou para si mesma, visivelmente mal-humorada.

Então os dois acompanharam as sombras velozes das aranhas entrando pelo meio das árvores, sendo seguidos pela garota. Não podiam mais andar muito depressa; havia raízes e tocos de árvores no caminho, pouco visíveis na escuridão quase total.

A Potter Esquecida.Onde histórias criam vida. Descubra agora