[Concluído]
Ser a irmã mais nova de Harry Potter não deve ser nem um pouco fácil, ainda mais quando o Bruxo das Trevas mais temido do século está atrás do mesmo, e o único objetivo da pequena, passa a ser protege-lo com sua vida, como uma irmã mais...
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Quando Lilium, Harry, Rony, Gina e Lockhart surgiram à porta, cobertos de sujeira e limo, houve um silêncio momentâneo. Em seguida ouviu-se um grito.
— Gina!
Era a Sra. Weasley, que estivera sentada chorando, diante da lareira. Ela se levantou num salto, seguida de perto pelo Sr. Weasley, e os dois se atiraram à filha.
Lilium, fixou o olhar naquela cena, e ela se pegou pensando: se seus pais estivessem vivos, será que a abraçariam assim? Com todo esse amor e carinho? Como se cada fibra dos seus corpos exigissem esse contato? A apertando cada vez mais, como se a força já impregada não fosse o suficiente para suprir todas as suas necessidades de sentir a solidez do corpo de Lilium? Como seria a sensação de sentir cada um desses sentimentos sendo transmitidos por um gesto tão simples como um abraço?
Quase que instantaneamente, as palavras de Riddle voltaram a rodear sua mente, Mas lá no fundo, você sabe que perdeu toda a chance de ter uma família, por culpa dele... Não. Ela não podia culpar seu irmão, era injusto, Harry era apenas um bebê, ele não escolheu fazer parte de uma maldita profecia. O universo simplesmente escolheu aquela família para destruir, e tanto Harry quanto Lilium eram obrigados a viver com as consequências disso.
Então, tentando dissipar seus pensamentos, ela olhou mais além. O Prof. Dumbledore estava parado junto ao console da lareira, sorrindo, ao lado da Profa McGonagall, que inspirou várias vezes, as mãos no peito. Fawkes passou voando pela orelha de Lilium e pousou no ombro de Dumbledore, na mesma hora em que Harry, Rony e Lilium se viram envolvidos pelo abraço apertado da Sra. Weasley.
— Você salvou minha filha! Você a salvou! Como foi que você fez isso? — Claro, Harry Potter é o salvador de todos. Pensou Lilium, mas logo apagou isso da mente.
— Acho que todos nós gostaríamos de saber — disse a Profa. McGonagall com a voz fraca.
Lilium ficou calada, olhando para Harry, que hesitou um instante, caminhou até a escrivaninha e depositou em cima dela o Chapéu Seletor, a espada cravejada de rubis e Lilium se aproximou somente para deixar ali o que sobrara do diário de Riddle.
Então Harry começou a contar tudo. Durante uns quinze minutos ele falou cercado de atenção e silêncio: contou sobre a voz invisível que ele e a irmã ouviram, como Hermione finalmente percebera que eles estavam ouvindo um basilisco na tubulação; como ele e Rony tinham seguido as aranhas até a floresta, que Aragogue revelara onde a última vítima do basilisco morrera; como tinham adivinhado que Murta Que Geme fora essa vítima e que a entrada para a Câmara Secreta poderia estar no banheiro...
Até aquela altura da história, Remus já havia chegado por meio de pó de flú, e envolvia a afilhada em um abraço apertado por trás, ouvindo a história atentamente.
