Lilium Potter, sentia-se em um misto de animação e tristeza com tudo que estava acontecendo, em menos de duas horas descobrira que a família que ela tanto sonhara que fosse lhe buscar um dia, na verdade estava morta, que tinha um irmão, que tinha um padrinho, que era uma bruxa, e agora, que sua família já falecida tinha uma enorme e belíssima Mansão.
Depois de chegarem n'A Mansão Potter, Dumbledore anunciou sua partida, dizendo que tinha coisas importantes para resolver em Hogwarts. Hagrid aproveitou para pedir que o Professor lhe levasse com ele, não antes, é claro, de tirar um bolo meio amassado do bolso de trás, que ele mesmo tinha feito e entregar para Lilium, como um presente de aniversário. A garota quis ser educada e dizer que não poderia aceitar, mas como a boa chocólatra que era, não poderia recusar algo que parecia tão delicioso e que alguém havia lhe dado de tanto bom grado. Afinal, não poderia fazer essa desfeita.
Depois de pequenas despedidas, Dumbledore e Hagrid foram embora, simplesmente sumiram, diante dos olhos esmeralda da Potter, deixando Lilium e Remus sozinhos, em um silêncio um tanto insurdecedor.
Os dois, ainda sem dizer nada, entraram na enorme mansão. Já lá dentro, Lilium observava tudo, atenta e curiosa, até que ouviu um gritindo esganiçada, agudo e animado, quando olhou para baixo, viu uma criatura de orelhas grandes e olhos esbugalhados meio acinzentados.
— Finalmente! — Exclamou com uma vozinha fina. — Finalmente a minha senhora chegou!
Lilium olhou para Remus, com uma expressão indagadora.
— Ah sim, Lilium, essa é a Willa, a Elfa doméstica da família Potter.
A pequena criatura, fez uma reverência bastante exagerada, e seu nariz comprido quase tocou o chão. Ela vestia um pano que apesar de parecer velho, era branco e limpo, com fendas para enfiar as pernas e os braços.
— Elfa? — Perguntou Lilium, confusa e fascinada.
— Um Elfo doméstico serve a bruxos e bruxas minha senhora. — Disse Willa. — Nós fazemos o que nossos mestres mandam, e somos muitíssimos fiéis a eles.
— Mas... Isso não é... Tipo... Escravidão? — A Potter falou, meio receosa.
— Para alguns sim senhora, mas para outros, como eu, que gostam de servir aos seus mestres, adoramos o que fazemos. — Willa sorriu para a ruiva, deixando a garota mais segura. — Willa não saberia o que fazer se não tivesse um Potter a quem servir, estaria perdida!
— Willa, já serve os Potter a bastante tempo Lilium. — Disse Remus, sorrindo para a Elfa de forma carinhosa. — Ela também já serviu ao seu pai.
Lilium abriu um enorme sorriso e entrou em estado de êxtase.
Mais tarde, depois de comer com Remus e Willa, o bolo de aniversário que Hagrid fizera, a elfa doméstica mostrou o quarto de Lilium para ela. Diferente de seu antigo quarto, que era mais um pequeno armário de tão pequeno, aquele era enorme e espaçoso, com uma cômoda ao lado de uma cama grande e antiga de casal, um tapete branco muito fofo que ocupava o chão inteiro, tinha o próprio banheiro e um closet que era duas vezes maior que o quarto em que dormia.
A ruiva tomou um banho, colocou um pijama, e chamou Willa, que apareceu em um piscar de olhos, completamente animada. Lilium disse que estava sem sono, e queria conversar com alguém, as duas passaram o resto da noite conversando, Willa lhe contava como era a época em que servia à James Potter e seus avós, e falava sobre tudo que o pai de Lilium aprontava quando era pequeno. A pequena Potter não se lembrava de em algum dia de sua vida, ter rido tanto quanto riu naquela noite.
A madrugada chegara, e em sua companhia, o sono de Lilium incinuava-se pelo corpo da ruiva, arrastando-a para a sonolência. Percebendo isso, a Potter se despediu de Willa, dizendo que precisava dormir, e a pequena criatura, apenas murmurou um "Sim senhora", acenando com a cabeça, enquanto ajudava carinhosamente, Lilium, a se cobrir.
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A Potter Esquecida.
Fanfic[Concluído] Ser a irmã mais nova de Harry Potter não deve ser nem um pouco fácil, ainda mais quando o Bruxo das Trevas mais temido do século está atrás do mesmo, e o único objetivo da pequena, passa a ser protege-lo com sua vida, como uma irmã mais...