Depois do que aconteceu, eu não consegui ter reação alguma, apenas depois que Bang foi levado para a enfermaria depois de desmaiar. Chan às vezes exagera com os dramas, ainda fiquei surpreso e até fui visitar ele, Hyunjin acabou ficando preso com alguns ômegas que o pararam, ainda bem, eu não saberia o que fazer. E depois de tudo eu voltei para casa, mesma rotina e fui dormir.
Agora de frente para o espelho, olhei meu corpo no armário cheio de posters de bandas, principalmente One Direction e Arctic Monkeys que me lembravam da minha adolescência mais infantilizada que agora.
— Deslumbrante, quem é essa Branca de Neve que não chega aos meus pés? — Resmunguei passando um batom rosinha, arrumei meus fios loiros e peguei minha mochila.
Desci as escadas lentamente tentando não odiar a escola, ser positivo e aguentar as aulas chatas na manhã e à tarde no Grêmio com Bang reclamando, ele leva aquilo a sério demais.
— Bom dia, filho. — Sorri falso quando Yugyeom me deu um beijo na testa, juntos fomos para a mesa em que meu appa já estava.
— Dormiu bem, Han? Não deixou seu travesseiro molhado de baba, não é? — Ele falou aquilo comendo todo delicado, Jackson deu uma risada animado.
— Yugyeom. — Me virei para Yugyeom que apenas deu de ombros. — Dormi ótimo, só lembrando dos dramas do Chan. — Falei sem olhar ele, Yugyeom dizia que ômegas não devem olhar para os alfas superiores.
— Aquele alfa bonito que você deveria namorar? — Jackson falou aquilo tão calmo que eu não sabia ao menos como reagir.
— Chan não gosta de mim assim, omma. — Provoquei ele usando aquele honorífico que o irritava, ignorando de fato Yugyeom.
— Omma? Eu te pus no mundo, mas ainda sou um homem. — Agora foi minha vez de sorrir, comi tudo o que pude, e ainda me levantei levando dois bolinhos. — Jisung! Você pode passar mal comendo em pé, Yugyeom, diga algo, por favor. — Jackson falou submisso, mesmo que na verdade ele quisesse gritar.
Mesmo da sala, consegui escutar dei de ombros aliviado por nada ter acontecido, eu admirava meu appa ômega e desejava tudo de bom pelo o que ele já sofreu com ele, eu jamais esqueceria isso.
Quando fui para a escola sem vontade alguma, pensei em várias coisas e principalmente em discussões, em como me defenderia e não sei quando, mas pensei em Hyunjin e nos motivos que ele teria para se candidatar.
Melhor não pensar nisso.
Quando entrei, não tive tempo de fazer nada e muito menos pensar e aceitar que estava dentro da escola, Bang simplesmente me puxou para o meio das árvores que tinha ali, pensei que ele iria me jogar nela e me beijaria como naquele dia, mesmo que não se lembrasse de nada.
— Precisamos conversar. — Juntei minhas sobrancelhas sem entender aquilo, não me lembrava de nenhum assunto que teria com ele, exceto se Chan tivesse se lembrado daquilo.
— Chan, eu tentei, juro. — Me defendi antes que ele começasse a me acusar, eu realmente tentei ir contra, mas eu não consegui, eu queria.
— O que? Tentou o que? Estou falando do Hyunjin. — Arregalei os olhos suspirando sentindo várias coisas, mas a principal era de tristeza e vontade chorar por ele não se lembrar, mas talvez fosse bom.
— O que tem ele? — Falei aquilo antes que colocasse tudo em risco.
— Como assim? Aquele cara tá tentando entrar para o Grêmio, imagina como vai ficar as coisas? Ele só se importa com o pau dele e não tem responsabilidade. — Encostei no caule da árvore e suspirei, olhei para ele reparando em tudo, até nos fios escuros e olhar expressivo, mas acabei descendo para os braços cruzados cheios de veias.
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Bola pro mato - HYUNSUNG
FanfictionApós a vaga de presidente do Grêmio ser aberta, Hyunjin, o cara mais popular e quarterback se candidata, porém com a fama de galinha e irresponsável, Chan dá uma missão para Han Jisung, um ômega mimado e princesinha: vigiar tudo o que aquele alfa me...