O Pequeno Escravo •ABO• ➛ jjk + pjm

Capítulo 4

Boa leitura

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Jimin abriu os olhos lentamente, encontrando um ambiente mais claro do que o porão em que vivia. A luz entrava pelas janelas com cortinas brancas. Nos primeiros segundos daquela manhã, ele não se lembrava de nada do que tinha acontecido, mas, eventualmente, flashes da noite passada o fizeram recordar que tinha molhado o tapete. Jongkyu sempre ficava bravo com ele quando isso acontecia, e ele temia que o novo cuidador fosse ainda mais severo. Mal sabia ele que Jungkook havia passado a noite inteira verificando se o garotinho estava dormindo bem a cada minuto, preocupado.

Sentou-se na cama macia, varrendo cuidadosamente o restante do local com os olhos. Logo, ouviu o ranger da porta sendo aberta e um velhinho beta apareceu à sua frente.

- Bom dia, criança - disse o senhor idoso, sorrindo ao entrar no quarto. - O senhor Jeon está tomando o café da manhã. Não quer se juntar a ele? - O beta olhava para o ômega com uma expressão muito paternal, como se gostasse muito dele, mesmo sem conhecê-lo.

Fazia tempo que o ômega não se sentia tão confortável quanto agora.

- Se você quiser algo mais doce, estou preparando um bolo delicioso de chocolate - sussurrou, de forma brincalhona, como se contasse um segredo, e o pequeno esboçou um leve sorriso. - Aliás, precisa de algo, querido?

Jimin negou timidamente com a cabeça e se levantou devagar da cama, ouvindo sua barriga roncar com o cheiro agradável. Começou a arrumar a cama, mas recebeu uma repreensão do mais velho.

- Não se preocupe com isso, deixe que eu faço. Vá comer, hm? - falou carinhosamente, se aproximando para começar a limpar o cômodo.

Jimin andou sozinho até a cozinha, evitando os olhares dos poucos empregados, que pareciam confusos com a presença de uma criança na mansão.

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- Ele te deu um garoto? - perguntou Seokjin, quase derrubando o café. - O que vai fazer com um garoto de doze anos, Jungkook? - Seokjin estava atordoado ao receber a notícia de que o pai do seu melhor amigo havia lhe entregado uma criança.

- Eu não sei ainda, mas não pretendo tratá-lo como escravo, como meu pai fazia - respondeu Jungkook, já desgastado, enquanto passava geleia sobre o pão. - Em hipótese alguma eu posso mandá-lo a um orfanato; tenho certeza de que aquele velho irá atrás dele. Jungkook percebeu a obsessão do pai pela criança, algo que ficou nítido após o discurso doentio de ontem, mas preferia não se envolver nos assuntos do pai, desprezando tudo relacionado a ele. - Meu pai não se intromete nos meus negócios, então ele precisa continuar sendo "minha propriedade". Assim, aquele infame não pode tocá-lo.

Jungkook não entendia bem o que sentia, mas queria protegê-lo desde que o viu chorando desesperado em um de seus pesadelos.

- Por isso pedi ao meu mordomo para preparar algumas roupas e ajeitar um dos quartos de empregados para ele - continuou, olhando seriamente para o amigo, que estava com um semblante irritado. - Quando crescer, ele vai trabalhar para pagar a dívida comigo. É a única solução.

- Jungkook! - gritou Seokjin, repreendendo-o. - Você não tem coração?

Jungkook sempre fora um pouco cabeça-dura, mas nunca o viu fazer tamanha maldade.

- De um jeito ou de outro, você vai escravizá-lo. O menino ficará aqui a vida toda para lhe pagar! Além disso, ele precisará de professores, pediatras e de tudo o que uma criança precisa para crescer saudável - Jeon revirou os olhos. - E quando eu digo "saudável", quero dizer tanto física quanto emocionalmente. Então, trate de devolver a humanidade daquele menino, Jeon! - cruzou os braços.