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15 - Guarda para mim?

                                                             - Mamã! - Sizhui entra no quarto, interrompendo o início de outro surto existencial de Wei.

- Não consegue dormir? - Wangji questiona o pequeno enquanto o pegava em seu colo.

Estava surpreso no quão carinhoso era o garoto, que não demorou a lhe abraçar, deitando a cabeça em seu peito, lutando contra o sono para manter os olhinhos abertos.

- Mamã... – Ainda não satisfeito, estende a mãozinha para Wei, que sentando ao lado de Wangji, a agarra pressionando os dedinhos gordinhos.

- A essa hora, ainda pensando em comer? – Wei olhava o pequeno com ternura.

- Não acho que seja isso. - Wangji observa o pequeno abraçar Wei.

- Dormir! – Sizhui se pronunciou guiando os dois mais velhos até o alcance dos travesseiros, esperando ambos se deitarem, um de cada lado, antes de os imitar com um sorriso infantil no rosto.

Agarrado nas mãos deles brincava um pouco mais com elas, sentindo os olhares encantados de Wei e Wangji o observando. Quando finalmente foi vencido pelo sono as deixou por fim entrelaçadas em cima de seu peito.

- Ele é tão fofo! - Wei usava seu nariz para fazer um carinho nos cabelos do pequeno, não querendo mover a mão que estava entrelaçada com a de Wangji nem por um centímetro. Deixou escapar uma reação assustada quando sentiu ele a mover, mas logo se acalmou ao ver que o outro só estava ajustando melhor a posição do entrelaço entre seus dedos, deixando um carinho na lateral eu sua mão.

- Ele é filho único do senhor Jin? – Perguntou enquanto ainda acariciava a mão de Wei.

- Sim, o único legítimo. – Responde sabendo que o outro havia ouvido a conversa mais cedo.

- Wei Ying, você sabe que não pode se apegar assim. - Wangji queria o poupar da dor da separação dali a dois dias, mas ele próprio já estava encantado pelo garotinho.

- Vamos apenas viver o momento Lan Zhan. Esses dias são uma oportunidade única, até me sinto como uma pessoa normal. - Sorriu, mas a alegria não chegava em seus olhos. É claro que também estava ciente da separação.

No dia seguinte, Wei acordou sentindo cosquinhas em seu rosto. Ao procurar pela fonte, viu que se tratava do cabelo do pequeno Sizhui. Naquele momento, sentiu um cheiro desconhecido e amadeirado. Inspirou fundo, se dando conta que o aroma detectado vinha do pequeno, que se agarrava a si.

- Ei pequeno! - Ele alisava os cabelos até os olhos inchados de tanto dormir se abrirem em apenas uma pequena fresta, já querendo voltar a dormir novamente. - Pode ir acordando mocinho, já basta comer tanto. Vai acabar se tornando um preguiçoso. Vamos, vamos.

Sorrindo largo enquanto observava a desorientação do pequenino, que com muita preguiça se sentava na cama com os pequenos olhos lutando para se manterem abertos, ainda demonstrando sonolência.

- Com licença... - Após algumas batidas na porta, Mian Mian se junta a apreciação. - Vim acorda-los para tomar café.

- Oh, ouviu A-Sizhui? Vamos comer?

Com a palavra no ar, os olhinhos piscaram rápido, e ele se jogou em Wei.

- Mamã! Wei Wei Mamã.

Chegando na cozinha, eles encontram Wangji com uma xícara de chá fumegante em sua frente.

- Já está tomando café da manhã Lan Zhan? - Wei se senta ao lado do outro, lembrando em seguida do contato íntimo do dia anterior e involuntariamente olhando para baixo se sentindo meio envergonhado, mesmo que não conseguisse reprimir um sorriso.