Capítulo 19

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Any

Abro os olhos lentamente, eu estava com muita dor de cabeça, Olívia não estava mais ali. Vejo a bagunça que estava o meu quarto. Pego um comprimido que estava na minha cômoda, provável que foi Olívia.

Tomo um gole de água e respiro fundo, tento controlar as minhas lágrimas que estão quase por vir novamente.

Meu cabelo estava bagunçado. Vou até a janela do quarto e fico encarando lá fora, a vista da piscina e o vento batendo em meu rosto. Sinto alguém entrando no quarto lentamente, mas eu ignoro.

Sinto uma mão macia passar na pele dos meus braços. Eu não vou olhar para trás

O toque começa a partir das mãos e para em meus ombros... Sinto ele puxando o meu cabelo de leve, para o outro lado do ombro... Fazendo o meu pescoço ficar nu.

Eu sinto uma intensa atividade vulcânica dentro de mim, misturando com a tristeza que eu estava sentindo. Eu me viro pra trás e abraço o Josh.

Começo a chorar em soluços.

Além de estar sentindo a dor física de um longo choro, eu estava sentindo a dor por dentro. A dor de perder alguém que você mais ama no mundo.

Ele me aperta forte contra o seu peito enquanto faz carinho em meus cabelos, aquilo estava tão confortável eu não sentia mais tanta vontade de sair do seu abraço colhedor.

Sinto a sua mão puxar o meu queixo em direção a ele.

-Os seus olhos estão inchados- Diz ele colocando um cabelo meu atrás da orelha.

-Eu estou encharcando a sua camiseta. - Digo.

-Relaxa, eu tenho várias. (n/a burguês safado)

Choro muito ao ponto de querer colocar tudo pra fora.

Corro em direção ao banheiro e começo a vomitar. Eu tranco a porta e tiro a minha roupa, e tomo um banho longo. Deixo a água fria cair em minhas costas. Depois de um longo banho... Vejo o Josh na porta.

-Eu estava te esperando.

Fiz uma expressão séria, mas o ignoro e vou até o meu quarto, fechando a porta na cara dele.

-Any...

-Eu ainda não me esqueci do que você fez! - Digo.

Fico encostada na porta. Ouço um barulho, acho que ele estava sentado e encostado na porta também.

-Quando eu era mais novo, meu pai me deixou também Any... Eu fiquei tão mal com tudo. Por saber que a pessoa que era o meu pai não me quis. Mas mesmo assim eu continuei em frente. Eu sei que você está frágil... E eu vou respeitar o seu espaço, mas não se isole das pessoas que querem te ajudar. Se precisar vou estar aqui pirralha.

E então ouço ele se levantando da porta e descendo as escadas. Não vou conseguir ser a mesma Any. Nunca mais.

O FILHO DA MINHA MADRASTA - BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora