Capítulo 27

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Any

Eu estava conversando com a Sina por telefone.

Depois de alguns longos minutos eu desligo o celular e vou para o andar de baixo.

-Como foi a festa amores? - Perguntou a Olívia.

- Foi legal! - Falei forçado.

- Que bom. E como vocês...

-Isso não importa! - Interrompi o meu pai.

Josh chega na cozinha, ele estava sem camiseta. Me sinto envergonhada. Não sei porque. Seu corpo era atraente. Mas eu me sinto estranha pensando nessas coisas. Então eu prefiro não pensar.

-Oi filho.

-Oi mãe. Oi David- Josh olha pra mim - Oi maninha.

-Uau, o que está acontecendo com vocês dois? - Perguntou Olívia.

-Nada mãe. - Respondo.

Vejo todos me olhando. O que eu acabei de falar?

-A-a O-Olívia... - Falo me sentindo com mais vergonha ainda. Me levanto da mesa e saiu de casa. Estou com a cabeça quente. Eu preciso esfriar um pouco.

Eu começo a andar com passos lentos, pensativa. Na verdade, eu estava pensando em tudo. Como a minha vida virou de cabeça pra baixo depois que a minha mãe morreu. Depois de eu mesma ter vindo morar ora Nova York.

Recebo uma ligação. Era o Alan.

- Aonde você está? - Perguntou ele.

-Estou dando voltas no quarteirão da minha rua.

-Quer vir ao shopping comigo? Ir ao cinema ver o novo filme de terror que vai sair? Eu pago tudo.

- Sério? Claro! Estou precisando me distrair um pouco.

-Okay. 19:30 eu passo aí pra te pegar.

Volto para a casa

Faço tudo que eu tinha que fazer. Me arrumo colocando uma saia e uma camiseta branca. Deixo os meus cabelos soltos e coloco uma sapatilha. Ajeito um colar que a minha mãe tinha me dado uma vez. Abro um leve sorriso e pego o meu celular.

-Aonde vai?

Eu olho para o lado e vejo Josh encostado na porta comendo um cereal. E ele ainda estava sem camiseta.

- Sair com um amigo, por quê?

- Esse amigo é o Alan? - Pergunta ele com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu acho que isso não é da sua conta, Josh.

Ele coloca o cereal em cima da mesinha que tinha em meu quarto e me prende contra a parede.

-Eu sei as intenções do seu amiguinho

- Ele não tem nenhuma intenção comigo. Eu sempre deixei claro que não passaríamos de "bons amigos".

-Quer saber. Estou afim de sair com vocês então.

- Está com ciúmes? - Pergunto abrindo um sorriso.

Ele começa a dar gargalhadas.

-Eu não tenho ciúmes da minha irmãzinha, apenas estou cuidando de você como os nossos pais querem.

- E cuidar de mim pra você significar trocar beijos? - Pergunto me aproximando dele. Ele fecha os olhos.

-Você não sabe o que eu faria com você se não estivesse tão linda nessa roupa.

Ouço uma buzina de carro no lado de fora.

-Tchau, irmão. - Josh puxa os meus braços.

- Eu vou junto. - Diz ele me empurrando pro quarto dele. Ele coloca uma roupa preta larga e um tênis, e puxa as minhas mãos até a porta da frente de casa.

-Olá Alanzinho! Eu vou com vocês! Seja lá pra aonde.

Vejo o rosto de Alan se fechar.

Chegando ao Shopping

-Vocês vão ver esse filme? - Perguntou Josh. - Ele é tão sem graça!

- Então não assiste meu amigo. - Diz Alan sério.

Eu e Alan entramos no cinema. Sinto as suas mãos na minha cintura.

Josh

Ver aquela cena patética dele colocando as mãos na cintura dela estava me deixando puto.

Eu compro uma pipoca, doces e refrigerante.

Pegando a poltrona vejo Alan querer se sentar ao lado de Any, mas eu me sento no meio deles. Agora estava perfeito.

- Que confortável! - Digo.

Vejo Alan bufar.

O filme começa.

Minutos depois

Any leva um grande susto com o filme derrubando a pipoca em mim.

-Any, porra!

Ela ri. Que risada mais gostosa.

A gente volta a assistir o filme. Eu olho para o lado e vejo as suas mãos ali. Eram tão pequenas.

Eu pego a suas mãos e aperto. Ela não olha pra mim, mas sinto a sua mão quente. Eu coloco dentro do meu bolso. Eu começo a fazer carinho. Que vontade intensa de beija-la.

Alan estava dormindo durante o filme. Any leva um forte susto, fazendo ela se encolher em mim. Eu a olho fixamente. Nossas narinas se tocam.

Eu faço carinho em sua bochecha.

- Não tenha medo.

Eu chego mais perto sentindo a sua respiração. No mesmo instante um barulho alto a assustou, fazendo ela se afastar.

O FILHO DA MINHA MADRASTA - BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora