PRÓLOGO

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Era mais um dia normal de trabalho na NASA ( Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço). Os funcionários andavam pelos corredores realizando suas funções diárias e buscando descobrir coisas novas. Trabalhar naquele lugar poderia realmente ser a realização de um sonho, mas os próximos acontecimentos poderia tornar tudo um grande pesadelo.

Luzes vermelhas começaram a aparecer por toda a base como sinal de alerta, computadores transmitiam o aviso "Perigo, Usuário não autorizado". Pessoas corriam para a sala de reunião buscando entender o que estava acontecendo.

- O que é isso? Por que soaram esse bendito alarme? - Sr.Robson, chefe daquela base, gritava pelos corredores indo ao encontro dos demais.

- Tem... Uma coisa... Que o senhor precisa ver Sr.Robson - Seu assistente tentava acompanha-lo - E não é nada bom, nada bom mesmo.

Os dois entraram na sala na qual o resto da equipe se encontrava, todos transmitiam pavor em seus rostos, como se uma alma penosa tivesse sugado toda a felicidade e a esperança de seus corpos. 

- Vamos! Alguém me fale o que está acontecendo aqui! - Robson dizia enquanto olhava para todos os lados procurando alguém em especifico - James! Onde está o James?

- Estou aqui Senhor - Um jovem cientista de um metro e sessenta, com óculos fundos de garrafa e cabelos pretos se levantou e foi ao encontro do chefe.

- Pois então? Poderia me explicar o que está acontecendo?

- São eles... Os... alienígenas... Finalmente fizeram contato - James o olhou nos olhos e completou - Mandaram uma mensagem em algum tipo de código estranho.

Silêncio. Todos se agitaram em suas cadeiras enquanto esperavam ordens.

- Isso... Isso é impossível! Como podem ter certeza que não se trata de uma invasão no sistema? Um hacker que seja! Ja aconteceu antes não foi? – O diretor tentava transmitir confiança, imaginando que tudo aquilo não passava de uma bobagem.

- Não no sistema geral, ele é completamente impossível de ser invadido por uma mente humana – James arrumou o óculos que escorregava em seu nariz e caminhou tímido até o chefe – Não há duvidas Senhor, são eles. Vou transmitir no telão a mensagem.

Na grande tela da sala surgiu figuras que seguiam uma reta. Parecia ser um código antigo egípcio formada por desenhos, porém com mistura de números romanos entre as figuras, e se você observasse com mais atenção, alguns traços de caligrafia grega também estava na imagem. Tudo misturado a um traço desconhecido, que causava calafrios aos que estavam presentes no local.

‐ Estão esperando o que? Quero que encaminhem essa imagem para todas as bases, sem excessões, e para nossos melhores pesquisadores e quero isso para ontem! Escutaram? Ao trabalho!

A semana que se passou não foi nada facil, não avançavam na descodificação da mensagem, nem os melhores dos melhores conseguiam entender o que a mensagem dizia. Sr. Robson andava mais estressado do que nunca, se fosse um desenho animado, seria capaz de ver a fumaça saindo de sua cabeça. Oito dias depois, quando todos já estavam sem esperanças, o diretor marcou uma reunião de urgência com os diretores de todas as bases.

– Boa noite senhores, peço minhas sinceras desculpas pela reunião de última hora e com tamanha urgência, mas acredito que já estejam a par da situação e entendam – Ele pigarreou, arrumando a gravata apertada no pescoço e tentando evitar os vários pares de olhos que estavam sobre ele – O principal motivo dessa reunião é receber sugestões dos meus companheiros sobre como resolver nossa atual situação.

Silêncio total. A fé de todos estava nos pesquisadores, nos historiadores e qualquer um que entendesse de códigos, como esses falharam, não sabiam como poderiam resolver isso. Até que um homem, muito conhecido por todos ali, se levantou de sua cadeira e se pois a falar :

– Acredito que esteja na hora de colocar nossos jovens nessa missão – Era o diretor Filipe, responsável pela base 89.

– Você está falando do seu projeto de jovens astronautas Filipe? – Indagou um senhor de cabelos brancos do outro lado da mesa, com tom de zombaria – Você está sugerindo que um bando de adolescentes irá conseguir resolver algo que pessoas com anos de estudo não conseguiram? – Ele deu um riso abafado e olhou para os parceiros que não o acompanharam no ato, apenas cochicharam entre si.

– O que eu estou sugerindo, Sr.Willian, é que estamos sem opções – Respondeu Filipe de forma ríspida, se voltando para Robson que o escutava com curiosidade – Esses "adolescentes" são  treinados desde crianças, para qualquer tipo de missão. São jovens, ágeis, com uma inteligência absurda (pelo menos alguns) e acredito que estamos sem muitas opções, se o senhor Robson permitir, ficaria feliz em mostrar do que são capazes.

– E você já tem alguns nomes em mente diretor Filipe? – Indagou o diretor.

– Tenho sim – Filipe se animou e levou o tablet até o homem e depois conectou a TV da sala, compartilhando sua tela – David Ford e Jessy Ford, irmãos – Na tela estava a foto de um garoto e uma garota. Estava informando que o menino tinha dezessete anos e a sua irmã apenas quinze e que foram encontrados em um orfanato a seis anos atrás – A senhorita Ford é incrivelmente inteligente, tem facilidade em contas, robótica e computadores, sendo capaz de se infiltrar no mais seguro dos sistemas se for preciso. Ja o irmão tem a forma física necessária para um astronauta de alta categoria, um atleta nato e que consegue trazer ordem para a equipe – Todos falavam ao mesmo tempo, uns concordavam impressionados e outros cochichavam que aquilo era uma loucura – E por último, Benjamin Foster, o meu tesouro bruto – Na tela estava um garoto de dezessete anos, com os cabelos negros compridos até o ombro, olhos escuros e expressão abatida – Mesmo não se destacando muito nos treinos ( digamos que ele não gosta muito de estar ali) sempre se saiu bem em testes que envolviam trabalho em grupo, se mostrando um líder nato e com inteligência e estratégia impecáveis.

– Bom, se tudo que disse é verdade, eu autorizo que prossiga com os testes – Todos se voltaram para Robson quando ele disse aquelas palavras – Toda ideia é válida, principalmente no momento de desespero pelo qual estamos vivendo. Dispensados, obrigada pela presença de todos vocês – E com uma certa muvuca, todos os diretores sairam da sala de reunião.

– Senhor Robson! SENHOR! – Um homem gritava no corretor enquanto tentava alcançar o diretor, que se virou para ele abismado.

– Diretor Sebastian, qual o problema? – Sebastian era o diretor da base 69, da pequena cidade de Waterville.

– Muitíssimas desculpas por incomoda-lo – Disse enquanto recuperava o fôlego e arrumava a gravata no pescoço – É sobre o teste para os jovens.

– Ó! Você deve discordar eu imagino, olha Sebastian, obrigada pela preocupação, mas...

– Não senhor, não é nada disso – Ele pigarrou – Eu apenas queria sugerir mais dois nomes para o senhor.

– Ora! Pois bem, eles também fazem parte do projeto de Filipe? – Perguntou Sr. Robson curioso. Sebastian balançou a cabeça negando – Astronautas então? – O homem negou timidamente mais uma vez – A, acho que entendi.

– Annabeth Villin, minha afilhada, acredito que conheça os pais dela, ja trabalharam para o senhor aqui nesta base como astronautas.

– Os Villins, sim, eu me lembro, eram pessoas muito queridas, é uma pena o que tenha acontecido com eles.

– Annabeth tem o mesmo espírito dos pais, se não maior. O seu desejo e amor pela NASA e sua vontade de realizar seu sonho é enorme – Sr. Robson arqueou as sobrancelhas – Ela é extremamente inteligente, e falo isso como profissional e não como  padrinho, sei que ela poderá ser muito útil nessa missão senhor Robson.

– Bom, se você está dizendo, eu confio na sua palavra e coloco os testes dos jovens sobre sua responsabilidade e de Filipe, espero que saiba o que isso significa – Sebastian engoliu em seco, mas concordou com a cabeça – Agora se me permite, tenho que resolver algo, até mais Sebastian e boa sorte!

E com isso, a aventura desses jovens acabava de começar e o futuro, se tornava cada vez mais incerto.

Meu Futuro está em MarteOnde histórias criam vida. Descubra agora