~ Annabeth.
Eu esperava tudo para o meu ultimo ano do colégio, menos alienígenas. Quando Sebastian me contou sobre a tal mensagem, os aliens e a viagem para Marte, eu não sabia o que pensar. Era como se por um momento, um filme inteiro se passasse pela minha cabeça. Eu não sabia como reagir, o que sentir... Nada.
Estávamos reunidos no salão de treinamento. Todos que trabalham na base 69 estavam ali e algumas outras pessoas que eu nunca tinha visto antes, incluindo aqueles dois meninos que vi na entrada.
– Ei – Christian se aproximou de mim – Está tudo bem?
– É... Acho que sim – Olhei para ele de relance – Parece que você acertou em? No carro mais cedo.
– Pois é... Se eu soubesse que podia prever o futuro, teria pedido um carro novo – Ele olhou para mim e eu acabei rindo. Não sei de onde ele tirava humor diante daquela situação, mas era grata por isso – Parece que você tem um fã em?
– Do que você... – Olhei para a direção que ele apontava com a cabeça. O garoto de cabelos pretos me olhava, assim que notou que eu o encarava de volta, se virou para o lado.
– Boa noite pessoal – Pigarreou Sebastian em cima de um palco improvisado, chamando a atenção de todos do local – Acredito que essa altura todos já tenham sido informados. Eu e o diretor Filipe, da base 89, iremos explicar como tudo irá acontecer segundo ordens vindas da base principal, e tirar todas as duvidas. Felipe, por favor... – Ele se afastou dando lugar a um homem que devia ter no máximo quarenta anos, cabelos quase grisalhos e de altura padrão.
– Primeiro quero que os jovens que eu chamar se aproximem – Será que... – Annabeth Villin – Meu Deus, ele chamou meu nome. Fui em direção a ele encorajada por Christian – Benjamin Foster – Aquele mesmo garoto vinha em minha direção, parecia um pouco nervoso, mas não surpreso. Ele parou a alguns metros distante de mim – David Ford – O alto e loiro também se aproximou e se posicionou ao lado do outro, dava para ver que eles eram amigos, chutando alto, poderia dizer até melhores amigos – Jessy Ford – Uma garota, devia ter uns quatorze ou quinze anos, que eu nem tinha notado a presença até aquele momento, se aproximou e eu pude perceber que ela e o tal David eram irmãos, além do sobrenome a semelhança era clara – E por ultimo, Christian Pool – Ele parecia tão surpreso quanto eu, mas se colocou ao meu lado e eu segurei sua mão por impulso em busca de segurança e conforto.
– Jovens? O que esse bando de adolescentes vão poder fazer contra alienígenas? – Perguntou um homem que estava ao fundo da base. Em outro momento talvez eu ficasse ofendida, porem também estava com essa duvida então decidi apenas escutar.
– Como você deve saber... Esses jovens foram treinados dês de muito novos para momentos assim, pelo menos alguns – Ele se virou na minha direção e a de Christian. O que ele estava insinuando? – Mas claro que teremos um teste final antes do dia da partida, e apenas os que completarem todas as provas poderão ir à missão.
– Teste? Que teste? – Perguntei.
– Temos uma semana até o dia da decolagem, precisamos ter certeza que não foi um erro escolhe-los para essa missão.
– E quem não quer ir? – Perguntou baixinho Benjamin com seus olhos escuros que agora escaravam o chão.
– Perdão senhor Foster, eu não ouvi! Alguma duvida? – Perguntou o diretor.
– Queria saber como iremos fazer uma viagem tão rápida para Marte. Afinal, a ultima viagem que aconteceu demorou cerca de meses até chegarem lá. E outra, porque temos que ir até lá? Não seria mais fácil tentar resolver daqui? Não sabemos se é guerra ou paz que eles querem, quanto tempo eles irão esperar por respostas? – Podia não saber ainda quem era aquele garoto, mas já o achava foda. Ele resumiu o que todos estavam pensando em algumas palavras e ainda deixou o tal diretor Filipe sem respostas.
– Bom... Ótimas perguntas senhor Foster, agradeço por trazê-las à tona – Agradecia nada – Nesses anos que se passaram, trabalhamos muito no foguete 137 que vocês viram ao lado de fora da base, uma das varias adaptações do primeiro Apolo. Acreditamos que ele seja capaz de chegar a Marte em um mês. Quanto à questão de o porquê estamos indo... Acreditamos que será muito mais fácil do que se eles decidissem invadir a terra, além que a nossa base instalada lá há alguns anos já facilita muita coisa. E quanto à mensagem... Bem, vejam por si mesmo.
Ligaram a tv que estava atrás do diretor, nela tinha uma foto bem grande que mostrava o que deveria ser a mensagem em código. As letras e palavras se formavam por desenhos, números e formas estranhas, porem não desconhecidas por mim.
– Olhos brilhantes – Li. Todos olharam na minha direção.
– Como é? – Perguntou Filipe.
– Olhos brilhantes. É oque está escrito na mensagem, pelo menos em uma das linhas – Respondi – Eu conheço esse código, não sei como, mas conheço. Se me derem algumas horas acho que consigo traduzir a mensagem.
Ninguém falou nada, todos trocavam olhares boquiabertos e confusos, exceto Benjamin, que me olhava com admiração e um sorriso no rosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Futuro está em Marte
Fiksi RemajaUm dia algo estranho aconteceu na base principal da NASA: O assustador alarme vermelho toca, luzes vermelhas começaram a aparecer por toda a base como sinal de alerta, computadores transmitiam o aviso "Perigo, Usuário não autorizado". Quando se perg...