Capítulo 12

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Eu posso expirar por um momento?
Eu posso fazer isso em público?
Eu posso sentar por um segundo?
Eu posso respirar?

                       — Sabrina Carpenter (Exhale)

                                      —x—

Meus olhos se abrem e eu fico confusa ao olhar ao redor e não ser nada familiar com a minha casa. Minha cabeça parecia que a qualquer instante iria explodir e eu estava bastante enjoada.

Eu vestia um casaco longo preto e uma calça de malha cinza masculina. Eu estava num quarto branco bastante grande e nada decorativo, com apenas uma cama e um criado mudo ao meu lado, onde estava o meu celular.

Eu pego e acendo a luz para ver que horas eram; 08 da manhã. Eu estava com tanta dor de cabeça que a luz mínima do meu telefone (que eu nem sei como não está ruim por conta de eu ter caído na piscina com ele) estava me incomodando.

Pego o celular e visto um chinelo que estava de frente para a cama e vou em direção a saída do quarto. Quando abro a porta, eu vejo um corredor com inúmeras outras portas ao lado e uma escada mais a frente. Vou em direção a ela e desço as escadas devagar, além de eu já estar na casa de Nicholas; pelo que parecia, eu não ia fazer barulho caso ele tivesse dormindo. Apenas ia embora de fininho e devolver as roupas lavadas qualquer dia.

Quando termino de descer as escadas, que me levou a cozinha, lá está Nicholas Spence com uma blusa azul bebê com manga, e uma calça de malha preta, com pantufas de coelho. Até que ele estava fofo.

— Bom dia senhora reggaeton. — Ele diz e eu reviro os olhos com o apelido, me sentando na bancada, de frente para ele que esquentava algo no fogão.

— Nem começa. Como eu fui parar no seu quarto com essas roupas, que eu acho que são suas? E o que aconteceu depois que eu pulei na piscina? Eu não consigo me lembrar de nada depois disso... — Eu digo já arrependida antes de saber a resposta. Eu sabia que não viria coisas boas aqui.

— Bom, eu tive que entrar na piscina para te tirar, e foi umas meia hora para te levar até o quarto e ligar para a sua melhor amiga Alyson, que veio em instantes aqui para te dar um banho e quase te agredir para você dormir. E claro, ela que te trocou também. — Ele diz e meus olhos se arregalam com a resposta. O que custava eu ter ido para casa chorar vendo algum filme sobre decepção amorosa? — A minha pergunta é, como você ficou tão bêbada com duas garrafas e meia? Quem fica bêbado com apenas isso? — Ele pergunta rindo da minha cara e minha vontade era de chorar de desespero. Onde eu me meti? Sempre quando eu estou fora de controle, meu cérebro me leva a tomar decisões ruins.

— Meu Deus... Me desculpa tá? Eu não quis te dar esse trabalho. Tenho que pedir desculpas pra Alyson também. 27 anos e eu agindo como uma garota de 15. — Eu digo incomodada com a dor de cabeça.

— Não tem problema, eu não fiquei irritado. Foi até engraçado ver você com toda essa pose séria, de empresária focada passando aquele papelão ontem. — Ele diz tentando prender o riso em meio ao meu olhar de desespero. — Tome, eu fiz um chá para aliviar a ressaca. — Ele coloca o caneca quente em minha direção, e eu agradeço com um sorriso.

— Eu posso ter acabado com a minha carreira... Eu critiquei um ícone americano. A Taylor Swift empresária. Eu estou lascada... — Eu digo querendo chorar, bebendo o chá, que por sinal, estava uma delícia.

Raízes (Finalizado) (2020)Onde histórias criam vida. Descubra agora