A proposta de intervenção que normalmente encontra-se no parágrafo de conclusão, é uma das partes mais importantes da sua redação. Quando seguido todos os cinco critérios de forma adequada, o estudante irá obter 200 pontos adicionais em sua nota final.
A receita para uma boa conclusão inclui:
• Relacionar-se ao tema proposto (e não apenas ao assunto).
• Se possível, retomar algumas informações no repertório. (Retomar não é repetir e sim fazer uma menção ao autor ou citação utilizada para a comprovação da argumentação).
• Empregar ação, agente, meio/modo, detalhamento e finalidade/objetivo.Os últimos elementos citados são de suma importância e devem ser seguidos, pois essa é uma das competências que a banca avaliadora irá cobrar do texto. São eles:
• Agente: o grupo que vai protagonizar a proposta (Governo, ONGs, Mídia, Instituições, Família, Escola, Sociedade, entre outros.)
• Ação: atividade a ser aplicada pelo agente (criar campanhas, aumentar/diminuir impostos, debater, educar, orientar, proibir, reunir-se.)
• Meio/modo: recurso utilizado para praticar a ação. (Por meio de campanhas, através do fomento de debates sobre, por meio de leis de incentivo, através de, por intermédio de, etc.)
• Detalhamento: dar detalhes e mais informações, se aprofundar na prática. (Detalhes sobre o agente, o meio/modo e a ação, definição e conceito do agente, etc.)
• Finalidade: apontar e textualizar o objetivo da ação, é necessário abordar aonde se quer chegar. (No intuito de, com o propósito de, espera-se que.)A estrutura fica da seguinte forma:
A fim de solucionar essa problemática, é necessária a mobilização de certos agentes implicados em (problema social). Portanto, cabe ao (agente) a (ação) por intermédio de (meio/modo), com (detalhamento). Como resultado dessa nova perspectiva, (finalidade/objetivo).
Exemplos de propostas de intervenção com nota máxima:
1) Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. – uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador – a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral – por conseguinte – conscientizem-se. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de Zeus.
2) Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que a Escola promova a formação de cidadãos que respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio de palestras, debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, visando a ampliar o contato entre a comunidade escolar e as várias formas de deficiência. Além disso, é imprescindível que o Poder Público destine maiores investimentos à capacitação de profissionais da educação especializados no ensino inclusivo e às melhorias estruturais nas escolas, com o objetivo de oferecer aos surdos uma formação mais eficaz. Ademais, cabe também ao Estado incentivar a contratação de deficientes por empresas privadas, por meio de subsídios e Parcerias Público-Privadas, objetivando a ampliar a participação desse grupo social no mercado de trabalho. Dessa forma, será possível reverter um passado de preconceito e exclusão, narrado por Machado de Assis e ofertar condições de educação mais justas a esses cidadãos.
3) Nesse sentido, urge que o Estado, por meio de envio de recursos ao Ministério da Educação, promova a construção de escolas especializadas em deficientes auditivos e a capacitação de profissionais para atuarem não apenas nessas escolas, mas em instituições de ensino comuns também, objetivando a ampliação do acesso à educação aos surdos, assegurando a estes, por fim, o acesso a um direito garantido constitucionalmente. Outrossim, ONGs devem promover, através da mídia, campanhas que conscientizem a população acerca da importância do deficiente auditivo para a sociedade, enfatizando em mostrar a capacidade cognitiva e intelectual do surdo, o qual seria capaz de participar da população economicamente ativa (PEA), como fosse concedido a este o direito à educação e à equidade de tratamento, por meio da difusão do uso de libras. Dessa forma, o Brasil poderia superar os desafios à consolidação da formação educacional de surdos.
4) É evidente, portanto, que há entraves para que os deficientes auditivos tenham pleno acesso à educação no Brasil. Dessa maneira, é preciso que o Estado brasileiro promova melhorias no sistema público de ensino do país, por meio de sua adaptação às necessidades dos surdos, como oferta do ensino de libras, com profissionais especializados para que esse grupo tenha seus direitos respeitados. É imprescindível, também, que as escolas garantam a inclusão desses indivíduos, por intermédio de projetos e atividades lúdicas, com a participação de familiares, a fim de que os surdos tenham sua dignidade humana preservada.
5) Logo, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com instituições de apoio ao surdo, proporcione a este maiores chances de se inserir no mercado, mediante a implementação do suporte adequado para a formação escolar e acadêmica desse indivíduo – com profissionais especializados em atende-lo -, a fim de gerar maior igualdade na qualificação e na disputa por emprego. É imprescindível, ainda, que as famílias desses deficientes exijam do poder público a concretude dos princípios constitucionais de proteção a esse grupo, por meio do aprofundamento no conhecimento das leis que protegem essa camada, para que, a partir da obtenção do saber, esse empenho seja fortalecido e, assim, essa parcela receba o acompanhamento necessário para atingir a formação educacional e a contribuição à sociedade.
6) Logo, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário. É fundamental, portanto, a criação de oficinas educativas, pelas prefeituras, visando à elucidação das massas sobre a marginalização da educação dos surdos, por meio de palestras de sociólogos que orientem a inserção social e escolar desses sujeitos. Ademais, é vital a capacitação dos professores e dos pedagogos, pelo Ministério da Educação, com o fito de instruir sobre as necessidades de tal grupo, como o ensaio em Libras, utilizando cursos e métodos para acolher esses deficientes e incentivar a sua continuidade nas escolas, a fim de elevar a visualização dos surdos como membros do corpo social. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhora das condições educacionais e sociais desse grupo.
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REDAÇÃO PARA ENEM E VESTIBULARES
RandomAqui eu coleciono dicas valiosas que me fizeram tirar uma das notas máximas em redação no vestibular. Estudaremos de forma rápida e objetiva o texto dissertativo-argumentativo. De forma adicional, publicarei também algumas redações de temas diversos...