"Há três tipos de pessoas: as de cima, as de baixo e as que caem". Esse trecho foi abordado pelo personagem Trimagasi, no filme "O poço", no qual é apresentada a verticalidade social vivenciada na representação de uma prisão vertical, onde cada nível demonstra uma classe social. Fora da ficção, entende-se que a população em situação de rua, no Brasil, figura como parte dessa mazela fragilizada apresentada no filme. Nesse viés, é indubitável a implementação de medidas a serem tomadas a fim de solucionar essa problemática; a qual advém, sobretudo, pela falta de moradia convencional regular e acarreta consequências incalculáveis à saúde dessas pessoas.
Mormente, convém ressaltar que a burocracia, o demasiado tempo para o recebimento e a grande demanda no que diz respeito à aquisição de moradias financiadas pelo governo implica no agravamento do caso de moradores em situação de rua que utilizam de logradouros públicos como meio de sobrevivência. Dados da Fapeam apontam que 14,8% dessas pessoas alegam não ter onde morar e outros 25,8% apontam abandono familiar. É paradoxal que, em um Estado Democrático, ainda haja o ferimento de um direito previsto constitucionalmente.
Em segunda análise, percebe-se que a exposição à poluição e busca pelo acolhimento em locais degradados implicam em um problema de saúde pública, que é somado, também, pela violência física e psicológica que essas pessoas enfrentam diante à exclusão social. Essa conjuntura, de acordo com as ideias do contratualista Jhon Locke, configura uma violação do "Contrato social", haja vista que o Estado não cumpre sua função de garantir que esses cidadãos gozem do direito de moradia. Assim, atitudes discriminatórias contra adeptos dessa população menos favorecida socialmente continuam a ocorrer hodiernamente.
Infere-se, portanto, a solidificação de subterfúgios a fim de solucionar esse entrave social. O governo deve criar um fundo monetário por meio do auxílio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para assim, financiar a implementação de reformas na infraestrutura de edifícios, casas e terrenos abandonados com o intuito de gerar moradia digna para pessoas em situação de rua, a fim de preservar sua integridade física dos agentes externos e garantir acolhimento. Além disso, deve-se gerar uma fiscalização mensal e disponibilização de cestas básicas até a adaptação dessas pessoas. A partir dessas ações, espera-se promover melhorias de inclusão, fator primordial diante uma sociedade justa e igualitária.
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REDAÇÃO PARA ENEM E VESTIBULARES
RandomAqui eu coleciono dicas valiosas que me fizeram tirar uma das notas máximas em redação no vestibular. Estudaremos de forma rápida e objetiva o texto dissertativo-argumentativo. De forma adicional, publicarei também algumas redações de temas diversos...