III. II. O Dia Seguinte

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Ela dormia calmamente ao meu lado, com uma expressão calma e adorável no rosto. Parecia tão serena, ninguém diria que uns nos minutos nós dois saímos do conceito da foda e fomos direto ao do amor.

Eu não imaginava que todas essas sensações fossem possíveis, meu corpo inteiro implorou por ela. Eu cheguei a humilhante situação de pedir conselhos ao Naruto, ele havia se casado alguns meses atrás, então ele já deveria saber como seria tudo isso.

Minha cara se enchia de vergonha sempre que eu lembrava daquela conversa, mas pela Sakura, qualquer humilhação seria suportável.

— Você finalmente se deu conta, não é? — Naruto disse animado, eu vim a contra gosto, visitá-lo.

— De quê? — Perguntei enquanto ele comia seu lámen.

— Que não consegue ficar sem ela, você a pediu em casamento. O que mais isso significa? — Naruto, algumas vezes, tinha uma certa facilidade de me ler.

— Que ela é minha companheira... — Ele me interrompeu rindo.

— Que você a ama! — Ele disse por fim, não era como se eu pudesse negar o óbvio.

— Sim, é isso... — Maldita queimação nas bochechas, Naruto me lembraria disso pelo resto da minha vida.

— Bom, você já é casado... E eu e a Sakura... Bom... Nós não sabemos como é isso... Lua de mel, sermos casados.

— Oh céus, eu estou mesmo vendo isso? Está me pedindo ajuda? — Eu podia até mesmo sentir a nuvem negra de mal humor pairando sobre mim.

— Não faça eu me arrepender disso. — Eu respirei bem fundo para não sair dali e acabar sem nenhuma resposta.

— Tudo bem, tudo bem... — Ele sorriu. — O que funcionou para mim, pode não funcionar pra você. Cada casal tem o seu próprio ritmo, Teme.

— O que quer dizer isso? — Eu me sentia um idiota, essas perguntas pareciam estupidas, mas eu não tinha as respostas para elas.

— Que você tem que descobrir sozinho o que agrada a Sakura, o que te agrada. Quando estiverem juntos, as coisas vão funcionar do jeito que será melhor para vocês. Não existe um modo correto para isso, não precisa seguir um padrão ou algo desse tipo, apenas seja você. Sei que Sakura será ela mesma, não faça ela se sentir desconfortável, não seja rude, sei que você consegue ser uma pessoa delicada quando quer.

— Se você continuar com essa expressão presunçosa no rosto, eu vou quebrar sua cara. — Ele parecia estar adorando me ver naquela situação.

Apesar do seu humor desgraçado, Naruto me deu bons conselhos naquele dia, eu só não imaginava que iria colocá-los em prática tão rápido. E quando Sakura apareceu aqui com aquela determinação no olhar, eu não tinha escolha a não ser me render a ela.

No instante que seus olhos verdes desejosos chegaram a mim, não tinha mais volta, meu coração clamava por ela, e no momento que ela entrou naquele quarto, meu corpo passou a desejá-la mais ainda.

Meu corpo ainda parecia estar queimando em puro êxtase, talvez fosse só eu me dando conta que o nosso amor realmente tinha sido consumado. Que nosso amor tinha ido além dos pequenos carinhos, dos toques, do físico.

Eu olhava cada um dos seus detalhes, seus lábios cheios e rosados, o cabelo com o cheiro de cerejas e sua expressão tão calma. Ela é um deleite para os olhos.

O sono se recusava a chegar a mim, mas quando eu vi ela sorri ainda de olhos fechados, eu sabia que não era apenas eu que estava observando-a.

— Sabe que não vou sair de fininho, Sasuke-kun... — Ela disse passando seus braços em volta dos meus ombros, me fazendo deitar sobre ela.

O Retorno do UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora