Imarcescível, é algo eterno, algo que não se extingue, que não acaba, que é imperecível.
Simon, pensa que o amor que Utima sente por ele, não acaba, que vai o amar, independentemente do que acontecer.
Mas as coisas não são bem assim. Eventualmente...
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“Thalia, você está bem?”. Eu pergunto para ela assim que chego na sala e olho para o seu rosto meio inflamado.
“Tirando os pontos que levei na sobrancelha, a dor de cabeça horrível, e ainda que eu tive sorte que não partiram o meu nariz ou arrancaram um dente, mas eu estou bem. Eu tinha encontrado uns sapatos que eram a sua cara”. Ela diz cabisbaixa.
“Não interessa, o que importa é que você está bem”. Digo aliviada que isso não a abateu.
“Eu estou a falar sério, você ia amar e ainda irias precisar para um evento importante, acredita em mim”. Eu sorrio, eu gosto muito da Thalia, livre, espontânea, engraçada e se preocupa com os sapatos ao invés da sua cara e me rio disso, mas eu me pergunto quem fez isso, magoar alguém assim, desse jeito? Podiam simplesmente levar as coisas, não precisava a magoar.
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Assim que me levanto eu recebo uma mensagem de Simon, pedindo para conversar, e acho que já está na hora de falarmos, me preparo e tomo o pequeno-almoço.
“Simon”. Digo assim que me aproximo da mesa onde ele se encontra, e ele se levanta.
“Eu disse, devíamos nos encontrar em minha casa”.
“Estamos bem aqui”. Eu digo e me sento, eu recusei nos encontrarmos em sua casa, ao invés disso viemos para um restaurante, assim aproveito almoçar antes de voltar para o trabalho. “Pode falar”. Digo pra ele, e ele acena com a cabeça e parece nervoso.
“Ti, eu realmente estou arrependido, eu não quis falar aquelas coisas”.
“Mas você falou”. Respondo curta, porque no final das contas a minha vontade de conversar com ele já estava esgotada, ou talvez nunca existiu pra começo de conversa.
“E eu sinto muito por isso, e não devia ter dito aquilo, não devia nem ter pensado naquilo, pois você não é uma pessoa que faria aquilo”. Não consigo decifrar sua expressão facial, então me mantenho neutra.
“Olha Simon, eu já aguentei muita coisa, e para falar a verdade, eu estou a ficar farta, eu te amo, sempre te amei, mas as coisas têm limite”. Digo depois de um bom tempo sem uma troca de palavras.
