CAPÍTULO 17

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— Por que? — ele pergunta sem entender.
— Porque você esqueceu sua mala, mas como eu sou uma ótima mãe... Eu trouxe ela pra você — ela ri.
— Nossa, nem percebi. E como você soube que eu tinha esquecido de trazer?
— É que eu tinha esquecido minha bolsa, e quando voltei pra pegar tinha visto que você tinha deixado sua mala — explicou Ana.
— Valeu mesmo, mãe. Já estava achando que você tinha mudado de ideia e não ia querer que eu fosse mais pra viagem — disse Arthur aliviado.
— Claro que não, eu não seria capaz de fazer isso. Agora tome mais cuidado.
— Relaxa, tá tudo certo.
— Olá, bom dia — falou Clarice.
— Oi Clarice, como você está? — perguntou Arthur.
— Estou ótima, sua mãe veio te trazer aqui?
— Na verdade eu só vim trazer a mala que ele esqueceu — respondeu Ana.
— Nessa agitação toda eu também acabei esquecendo algumas coisas em casa também — diz Clarice.
— Entendo — falou Arthur.
— Agora eu preciso ir trabalhar, façam uma boa viagem. Arthur, me avisa quando chegar.
— Certo.
— Tchau — disse Ana indo embora.
— Tudo certo pra viagem? — Arthur pergunta.
— Acho que sim, ah, o Otávio vai com a gente e a Mariana também.
— E a Nina?
— A Nina vai ficar, alguém precisa ficar pra cuidar das crianças, e o Cristian disse que ia ficar de olho nelas enquanto a gente estiver fora — diz Clarice.
— E o Desmond?
— O Desmond disse que não vai poder ir, vai trabalhar a semana inteira. Mas também não precisamos de tantas pessoas assim, o pessoal da escola onde vamos fazer a entrega também vão nos ajudar.
— Pois é. Bom, vou me despedir do pessoal e depois já vou indo pro carro.
— Tá, avisa a Mariana e o Otávio pra eles irem também.
— Tá bom — ele sai e Clarice vai até sua sala pegar sua bolsa.
— Desculpa — disse Clarice esbarrando em Collin.
— Tá indo pra onde com tanta pressa? — ele pergunta.
— Tava indo pegar minha bolsa.
— Já está de saída?
— É, veio se despedir? — ela sorri.
— Também.
— Posso te pedir um favor?
— O que quiser — diz Collin.
— Pode ficar de olho nas coisas aqui pra mim? É bom ter alguém de confiança enquanto eu estiver fora.
— Eu fico, pode contar comigo.
— Obrigada — ela o abraça — vão ser poucos dias, vou estar de volta logo. Agora eu preciso ir, o pessoal deve está me esperando no carro.
— Vai lá, tchau. E não esquece da bolsa — ele sorri.
— Tá bem, até mais — ela sai apressada.

  Depois que Clarice pegou sua bolsa ela se despediu das crianças e mais algumas pessoas e depois foi pro carro:

— Demorei? — pergunta Clarice entrando no carro.
— Imagina — disse Mariana tranquila, mas na verdade ela queria dizer " é claro que você demorou, e vamos chegar todos atrasados por sua causa".
— Devemos checar tudo antes de ir? — falou Otávio.
— Seria bom — diz Arthur.
— O caminhão que vai fazer a distribuição da água potável já está a caminho, confere? — perguntou Clarice.
— Acabou de sair — disse Arthur.
— Ótimo. E o dos alimentos?
— Já está a caminho — disse Otávio.
— E o com roupas, brinquedos, livros e essas coisas? Tudo certo? — perguntou Clarice.
— Tá tudo certo, agora vamos gente — disse Mariana já impaciente.
— Calma, Mariana. Temos que ter certeza se está tudo certo — disse Otávio.
— Como está tudo certo, agora podemos ir — Clarice liga o carro — todos coloquem o cinto de segurança por favor. Sugestões de músicas?
— Eu tenho algumas — disse Mariana.
— Façam uma seleção, vai ser uma longa viagem — diz Clarice saindo do estacionamento do orfanato.
— Eu curto rock — disse Otávio.
— Eu conheço ótimas bandas de rock — disse Arthur colocando as músicas, ele estava no banco da frente ao lado de Clarice.
— Eu gosto do Harry Styles — disse Mariana.
— E eu gosto do Harry Potter — disse Otávio.
— O Harry Potter não é cantor — falou Mariana.
— E daí? E só falei que gosto do Harry Potter, qual o seu problema? — enquanto Mariana e Otávio estavam nesse conflito Clarice e Arthur não paravam de rir deles.
— Você que tem problema — diz Mariana.
— Pode aumentar o volume por favor — pediu Clarice.
— Com prazer — disse Arthur aumentando o volume da música.
— Música legal — comentou Clarice.
— I Just Want To celebrate — respondeu Arthur.
— Gostei — diz Clarice.

Convivendo com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora