Convivendo com o amor

CAPÍTULO 1

Um jovem casal de médicos queriam muito ter um filho, e depois de algum tempo tiveram uma linda filha, Clarice. Os pais da criança ficaram muito felizes com o nascimento do bebê. O tempo foi passando, Clarice foi crescendo, ela sempre muito meiga e educada com todos a sua volta, Clarice era linda, tinha os traços da sua mãe, Carolaine, os cabelos castanhos e ondulados, os olhos verdes como os de seu pai, Félix. Os pais de Clarice sempre foram gentis com ela, eles sempre quiserem ter apenas um filho ou filha, para poder dar uma vida de privilégios e tudo o que ela quisesse. Tudo o que Clarice pedia, eles davam, não importava o que fosse, nem quanto custasse. Era só pedir.

Após alguns anos Clarice começou a namorar com Miguel de 17 anos, era alto, loiro, olhos castanhos, resumindo, ele era dono de uma beleza indescritível, não era atoa que ele era modelo, e o melhor, estava no primeiro semestre da faculdade de física. E Clarice com seus 16 anos, no auge da sua vida perfeita como sempre, estava no último ano do ensino médio, já se preparando pra entrar na melhor universidade da região e cursar medicina como seus pais. Miguel sempre frequentava a casa de Clarice, como os pais dela não passavam muito tempo em casa, eles ficavam bastante tempo juntos. Carolaine e Félix gostavam muito de Miguel, sempre acharam que era a pessoa ideal pra sua filha perfeita.
Sempre a mesma palavra, "perfeição" a única coisa que eles consideram a base de tudo.
Os dias se passaram e tudo era muito lindo e perfeito, até que um dia Clarice nota que têm algo estranho consigo, então ela se da conta do que fez a alguns dias atrás e percebe que estar grávida de Miguel.

"Ai, meu Deus! Como pude ser tão descuidada, o que vou fazer agora? Minha vida tá completamente arruinada, um filho? Tudo o que eu menos queria em hipótese alguma, só pode ser brincadeira, eu não quero essa criança, o que eu vou fazer? Não posso deixar minha vida escorrer pelo ralo por causa disso, e não posso contar pra ninguém, nem mesmo pro Miguel, com certeza ele vai querer esse filho, e eu, com toda certeza não. Meus pais vão surtar e amar essa notícia ao mesmo tempo, são loucos para ter um neto. Estava tudo tão perfeito, poucos meses pra entrar na faculdade de medicina e seguir minha carreira promissora, mas "isso" estragou tudo, tudo mesmo".

Na manhã seguinte Clarice segue sua rotina, comprimenta os empregados, toma seu café da manhã e vai pra aula. Clarice tinha decidido que manteria as coisas normalmente por mais dois meses, que era o tempo até a formatura, e depois iria pra qualquer outro lugar, longe de tudo e todos que conhecia.

Passaram-se os dois meses, a formatura foi linda e perfeita, Miguel estava ao lado de Clarice e ele não desconfiava de nada, nem mesmo os pais dela.

Após uma semana depois da formatura, Clarice decide que vai viajar pra outra cidade, diz que vai fazer um curso de idiomas no período de alguns meses, Carolaine e Félix concordaram, acharam que era uma ótima ideia. Clarice não tinha falado nada pra Miguel sobre a viagem, e quando ela estava saindo com as malas, ele surge bem na sua frente:
-Não sabia que você ia pra universidade hoje - diz ele sem entender nada.
- Na verdade não estou indo pra universidade, estou saindo da cidade, vou fazer um curso de idiomas - Clarice diz meio constrangida com aquela situação.
- Não contou pra ele, filha? - pergunta Carolaine sem compreender o que estava acontecendo.
- Mãe, não é uma boa hora pra falarmos disso.
- Vamos deixá-los a sós querida, eles precisam conversar - diz o pai de Clarice saindo da sala.
Clarice se despede dos pais, coloca as malas no carro e volta a falar com Miguel:
- Olha, me perdoa, de verdade, tá tudo tão confuso pra mim, minha vida tá um caos e eu não sei o que fazer - diz Clarice com os olhos cheios de lágrimas.
- Me fala o que houve, talvez eu possa te ajudar, você não é assim Clarice, você é determinada, corajosa e sempre resolve tudo.
- Eu não sou mais essa pessoa Miguel, minha vida acabou! E o nosso namoro também, desculpa. É tudo minha culpa, eu não quero te deixar, não quero ter que fazer isso, mas é preciso, é o único jeito de salvar meu futuro, minha vida, e quero que saiba que eu te amo muito, sempre. Agora eu tenho que ir, diz que mandei um abraço pro seus pais.
- Não vai embora, Clarice! Você não precisa ir - ele a abraça.
- Adeus, Miguel - ela entra no carro.
- Por favor, fica. Eu tô implorando.
- Não me pede algo que... eu não posso cumprir, desculpa, agora eu tenho que ir. Adeus.