Capítulo 34

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Vendo que Lucero estava nervosa, o delegado achou melhor levá-la ao hospital para checar sua saúde mental e física, sem contar que ela estava com uma criança, pois ninguém sabia o que havia acontecido a Arthur antes dele ser resgatado. Ao entrar no hospital, Lucero encontrou Fernando andando de um lado para o outro já com um curativo no local do tiro. Ele a encarou, confuso, mas não teve tempo de falar nada, pois ela correu e o abraçou.

− O que está fazendo aqui? – Fernando perguntou.

− O delegado achou melhor trazer-nos. Eu disse que não havia acontecido nada comigo, mas vim mais pelo Arthur. Ninguém sabe o que aquela louca pode ter feito com ele, já que ela teve coragem para bater nele em uma escola cheia de gente, imagina o que não fez estando sozinha. – Lucero suspirou. – E você, como está? – ela acariciou o rosto de Fernando.

− Estou bem, o tiro foi superficial, já nem dói mais. – Fernando suspirou, retribuindo a carícia.

Nessa hora, uma enfermeira se aproximou.

− Com licença. Senhora, eu posso levar esse rapazinho para ser atendido? – a enfermeira perguntou simpaticamente.

− Claro. – Lucero falou e foi entregando Arthur no colo da enfermeira.

Mas Arthur começou a chorar e voltou a se agarrar em Lucero.

− Shhh. Meu amor, está tudo bem. A tia só vai levar você para dar um passeio. – Lucero falou, ninando Arthur. – Eu não posso ir com ele? – ela perguntou à enfermeira.

− Infelizmente não, senhora, são regras do hospital.

− Tá. – Lucero suspirou. – Arthurzinho, titia promete que não sairá daqui sem você, viu?

− Vamos comigo, Arthur? – a enfermeira estendeu os braços, sorrindo.

Lucero passou Arthur para o colo da enfermeira calmamente e beijou seu rostinho.

− Não vai demorar. – Lucero sorriu reconfortante e observou a enfermeira se afastando enquanto tentava conversar com Arthur.

Assim que Arthur e a enfermeira saíram de suas vistas, Lucero se virou para Fernando, suspirando.

− E então, amor, tem notícias da Mari?

− Não, amor. Sei que ela foi fazer uma cirurgia, mas não estava muito bem. – Fernando suspirou sem olhar para Lucero.

Lucero colocou as duas mãos no rosto e Fernando a abraçou. Mariana também era sua melhor amiga, mas desde que ela e Lucero se conheceram, elas não se desgrudaram mais, pareciam ser irmãs de tão unidas que eram no acampamento e aquele apego só se tornou maior depois que ela descobriu que Mariana era mãe de Arthur, o menininho que era grande responsável pela melhora da loira. De repente, a atenção deles foi voltada para Manuel que entrou gritando desesperado.

− Cadê a minha namorada?! Eu quero notícias dela!

Lucero e Fernando se encararam e foram até Manuel.

− Manuel. – Lucero falou suavemente, acariciando as costas de Manuel.

Manuel ouviu a voz de Lucero e se virou, a abraçando com força sem conter as lágrimas. A mulher o apertou, segurando o choro.

− Como ela está, Lu? Me conta o que foi que aconteceu. – Manuel soltou Lucero, mas continuou segurando suas mãos.

− Agora ela está na sala de cirurgia, nós ainda não temos notícias. – Lucero levou Manuel para a sala de espera com Fernando e os três se sentaram no sofá.

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