Capítulo 33

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Lucero e Fernando não demoraram a encontrar o lugar onde Romena estava. Era uma casinha no meio de umas plantações altas que Fernando tinha certeza que se ela não tivesse dado o endereço, seria difícil de encontrar. Os dois desceram do carro e deram as mãos. Lucero respirou fundo.

− Está com medo? – Fernando encarou Lucero.

− Uma família sempre luta pelos seus e é isso que nós vamos fazer agora. Independente do que aconteça, tenho certeza de que fizemos a coisa certa.

− Cada dia eu te admiro mais. Você é uma pessoa sensível, mas é forte para lutar por quem ama e pelo que acredita. Eu te amo.

− Eu te amo. – Lucero acariciou o rosto de Fernando e lhe deu um selinho demorado.

Eles andaram até a casinha e Fernando bateu na porta, fazendo Romena abrir a porta e os encarar debochadamente.

− Como vocês demoraram.

− Cadê o menino? – Lucero perguntou séria.

− Entrem. – Romena deu espaço.

Lucero entrou primeiro olhando por todo o pequeno lugar procurando por Arthur, até que ela o encontrou deitado em um colchão velho no chão.

− Titia! – Arthur se levantou e correu para os braços de Lucero que se abaixou, o pegando no colo.

− Meu amor! – Lucero voltou a posição normal, beijando o rostinho de Arthur várias vezes. – Você está bem?

− Eu quero a mamãe.

− Eu já vou levar você para ela. – Lucero encarou Fernando. – Vamos, amor.

Quando Fernando e Lucero se prepararam para sair, Romena fechou a porta num estrondo, assustando-os.

− Vocês acharam mesmo que ia ser fácil assim? Não, queridos, eu quero conversar. – Romena começou a andar de um lado para o outro.

− O que você ainda quer, Romena?! – Fernando perguntou.

− Nós fizemos tudo que você mandou, viemos sozinhos e sem avisar a ninguém. Agora nos deixe ir. – Lucero falou abraçando Arthur protetoramente.

− Cala a boca, sua p****! – Romena gritou apontando uma arma para Lucero. – Por sua culpa, o Fernando me largou. – ela começou a chorar.

Lucero se assustou e colocou Arthur no chão, ficando na frente dele. Fernando se desesperou ao ver a sua namorada na mira de uma arma.

− Romena, não faça nada do que pode se arrepender depois. – Fernando falou querendo ir até Lucero para protegê-la.

− Fique onde está ou eu atiro, não duvide de mim. – Romena falou tremendo e ele parou onde estava. – Eu nunca me arrependeria de tirá-la do meu caminho, afinal é quando ela não está que você me olha.

− Romena, você é linda, é jovem e tem capacidade de encontrar alguém que ame você de verdade. – Lucero falou calma.

− O único homem da minha vida é o Fernando e nós vamos nos casar assim que você não estiver mais nesse mundo, sua idiota.

Nessa hora, Mariana chegou por trás bem devagar. Lucero fez sinal de falar, mas a mulher pediu silêncio. Fernando se aproximou de Romena aos poucos.

− Você está certa. Eu te amo e vamos nos casar. Agora me dê essa arma. – Fernando estendeu a mão.

− Você não está falando sério. – Romena falou sem se mexer.

− Estou sim, amor. Me dê essa arma.

Quando Fernando ia pegando a arma, Romena percebeu Mariana escondida por trás da porta.

− Seus idiotas! Vocês me enganaram! – Romena gritou.

Então tudo aconteceu muito rápido. Romena disparou a arma que atingiu o braço de Fernando, fazendo Lucero gritar, mas sem poder sair do lugar, pois ainda protegia Arthur.

− Eu atingi o meu amor. – Romena falou em choque.

− Fernando! – Mariana correu para ajudar Fernando.

As sirenes de polícia ecoaram ao longe e Romena se assustou. Ela não podia ser presa, precisava reconquistar Fernando e pedir desculpas pelo tiro.

− Agora você vai ter o que merece, sua cadela imunda! – Mariana gritou para Romena.

Romena encarou a arma na sua mão e antes que a polícia entrasse, ela atirou outra vez, dessa vez em Mariana, atingindo o seu peito e fazendo com que ela caísse nos braços de Fernando. Lucero arregalou os olhos em choque e abraçou Arthur mais forte, tampando seu rosto.

− Mariana! – Lucero gritou.

Nessa hora, a polícia entrou e Romena tentou correr, mas foi agarrada por um dos homens que a algemou e a levou para a viatura.

− Há dois feridos aqui! Tragam as ambulâncias! – um policial gritou para os outros.

Os dois médicos se aproximaram e o policial foi até Lucero que ainda estava encolhida no canto com Arthur no colo.

− Senhora, por favor, nos acompanhe. A senhora precisa prestar depoimento à polícia.

− Eu quero ficar com eles. – Lucero falou com a voz embargada e apontou Fernando e Mariana.

− Mas eles já estão sendo atendidos, a senhora não pode fazer nada pelos dois agora.

Lucero ia responder, mas Fernando a interrompeu.

− Amor. – Fernando se levantou com dificuldade e foi até Lucero. – É melhor você acompanhá-los. Pense no Arthurzinho, ele já passou por muita coisa hoje.

− Não deixa nada de ruim acontecer com ela, Fernando. – Lucero começou a chorar ao ver os primeiros socorros serem realizados em Mariana que não parava de sangrar.

− Vamos rezar. – Fernando suspirou. – Agora vá, eu te amo. – ele lhe deu um longo selinho.

− Te amo. – Lucero acompanhou o policial.

O policial ajudou Lucero a entrar na viatura enquanto ela não soltava Arthur. O menino se sentia protegido ao lado dela e por isso não tirava a cabecinha do seu pescoço, ainda assustado com o que viu.

− Titia, o que aconteceu com a mamãe? – Arthur perguntou inocente.

− Ela só dormiu. – Lucero forçou um sorriso.

                                                                                      ~ * ~

A teimosia de Mariana fez ela pagar caro :( E agora, o que vai acontecer?

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