Capítulo 31

83 15 0
                                    


MESES DEPOIS

Como Lucero pensava, Romena foi afastada do cargo de professora naquele mesmo dia. Além da loira ser de alta influência, a diretora do lugar não permitia que nenhuma criança fosse maltratada e muito menos por suas funcionárias. Era um dia normal em que Lucero chegou à escola para buscar os filhos que correram em direção a ela quando a viram.

− Oi, meus amores. – Lucero abraçou Lucerito e Jos, sorrindo. – Vamos para casa? Só vou saber se a Mari veio buscar o Arthur.

Lucerito e José Manuel assentiram e foram em direção ao carro como já estavam acostumados e Lucero foi até a sala de Arthur, onde só encontrou a professora arrumando as cadeiras.

− Boa tarde. – Lucero sorriu simpática. – Eu vim saber do Arthur. A mãe dele já veio buscá-lo?

− Não, quem veio dessa vez foi a tia dele.

Lucero parou de sorrir. Pelo que sabia, a família de Mariana morava fora do país. A única tia que Arthur tinha por perto era ela.

− Que tia?

− Agora eu não lembro o nome dela. – a professora coçou a nuca. – Mas foi aquela moça que trabalhava aqui, disse que era tia dele.

O coração de Lucero quase parou. Não era possível que Romena tivesse a coragem de sequestrar uma criança. Ela simplesmente saiu correndo, deixando a professora confusa. Lucero chegou à diretoria e entrou de vez, assustando a diretora.

− A Romena levou o Arthur.

− O quê?! Mas eu mesma a despedi.

− Mas não a proibiu de entrar aqui. Ela disse que era tia do menino e o levou.

− Meu Deus. Eu vou resolver isso, aguarde um instante. – a diretora saiu da sala apressadamente.

Lucero colocou as mãos na cabeça, começando a chorar. Além de amar muito Arthur, ela se colocava no lugar de Mariana, morreria só em pensar que um dos seus filhos fosse sequestrado. Sua atenção foi atraída para o celular que recebia ligação de um número privado.

INÍCIO DA LIGAÇÃO

− Alô? – Lucero atendeu fungando.

− Como vai, Luz? – Romena riu irônica.

− Sua desgraçada! O que você fez?! Ele é só um menino! – Lucero gritou.

− Se você começar com histerismo, eu desligo. – Romena reclamou.

Lucero respirou fundo. Ela precisava se acalmar para poder salvar Arthur.

− Me fala o que você fez com o Arthur.

− Eu? Não fiz nada ainda. – Romena enfatizou. – Quero que você venha buscá-lo.

− Eu vou. Passa o endereço. – Lucero correu e pegou um pedaço qualquer de papel e uma caneta.

− Calma, mocinha, eu ainda não dei as minhas condições. – Romena ironizou. – Quero que você venha com o Fernando, mas se avisar a mais alguém, os três estarão mortos.

− O que o Fernando tem a ver com isso? – Lucero franziu o cenho.

− Eu quero conversar com os dois. – Romena falou olhando as unhas. – Ai, Luz, às vezes suas perguntas me cansam. – ela suspirou. – Como é? Vocês vêm buscar o pirralho ou não?

− É claro que vamos, é só o tempo de eu ligar para o Fernando.

− Ótimo.

FIM DA LIGAÇÃO

Lucero discou para Fernando, tremendo. A cada minuto que se passava, ela se desesperava mais.

INÍCIO DA LIGAÇÃO

− Oi, amor. Já está vindo?

− Amor, a Romena levou o Arthur. – Lucero voltou a chorar.

− Como é?! – Fernando se assustou.

− Eu vim pegar os meninos, daí fui à sala dele saber se a Mariana tinha vindo buscar ele e a professora disse que ele tinha ido com a tia dele que trabalhava aqui. – Lucero soluçou.

− Mas isso não é possível! Alguém já chamou a polícia?

− Não! – Lucero gritou e respirou fundo tentando se acalmar. – Eu estou com o endereço de onde eles estão aqui na minha frente. Ela quer que nós dois o busquemos.

− Isso é arriscado demais, Lucero. – Fernando suspirou.

− Fernando, se você não vier, eu vou sozinha. – Lucero falou sem paciência.

− Mas eu nunca vou permitir isso. Estou indo para aí, não faça nada antes de eu chegar. Te amo.

FIM DA LIGAÇÃO

Lucero colocou as mãos nos lábios, voltando a chorar. Ela não conseguia nem imaginar Arthur em perigo nos braços de uma louca como Romena.

                                                                                   ~ * ~

Romena atacou novamente! E agora? :(

Já estamos em reta final e sim, eu nunca sei se minhas histórias vão ficar grandes ou pequenas, pois só vou escrevendo até terminar, por isso algumas serão maiores que as outras.

Meu Melhor LugarOnde histórias criam vida. Descubra agora