segredos

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Depois de um banho me joguei na cama e dormi, simplesmente apaguei para um sono sem sonhos. Acordei quando o sol ainda não havia nem nascido, tomei um banho quente e me vesti, colocando calça e uma blusa com casaco por cima, coloquei minha toca, meus cabelos estavam naturais, havia lavado eles ante de dormir, as ondas pendiam alinhadas, calcei minhas botas e as luvas, estava muito frio, peguei minha câmera agora carregada e desci, luiza já estava acordada

- tão cedo?

- quero ver o nascer do sol

- que café? Acabei de preparar

- obrigado – peguei a xicara que ela me ofereceu e sai, o sol estava nascendo, fui para um ponto alto da serra onde conseguia subir sozinha sentei colocando meu café ao lado, e registrei aquele momento único, Anna tinha razão, nada e o mesmo, você pode registrar uma foto mil vezes do mesmo lugar mais nunca será o mesmo, não dá, olhei para a beleza das serras cobertas pela neblina e lembrei da minha noite com Giacomo, foi tudo lindo, queria pode ter acordado em seus braços, mais ainda sim, nada diminuía a beleza daquele momento, fiquei ali por um tempo pensando em tudo que estava vivendo, terminei meu café e deitei para olhar o ceu

Acordei assustada, scabei cochilando ali, peguei minhas coisa e desci, entrei na casa e vi Giulia andando de um lado para o outro na sala

- o que foi? 

- filha – ela me abraçou

- o que foi mãe?

- você sumiu – ela inspirou

 Olhei para todos na sala, Giacomo também tinha uma expressão preocupada

- eu só fui tirar fotos – mostrei a câmera - acabei tirando um cochilo sem querer

- voce sabe que horas são? – Olavo perguntou

- não, acho que uma seis

- quase 9 da manha – ele soltou

- mentira – eu não passei tanto tempo assim dormindo

- a luiza disse que você saiu quando o sol começava a nascer – Giacomo murmurou, mais não voltou, procuramos voce por toda a parte

- estava na montanha – murmurei – desculpa gente, serio, eu nem vi, eu pensei que mal haviam se passado uma hora, estava tudo tão lindo, e o sol quase não mudou, eu deitei pra olhar o ceu e acabei dormindo - tentei explicar

- amor – Giulia me abraçou de novo

- desculpa mamãe – falei baixinho – eu não queria deixar ninguém preocupado

- tudo bem -  ele beijou me cabelo

- vou comer alguma coisa – falei indo para a cozinha, olhei o relógio na parede marcava oito e quareta luiza me olhou aliviada

- eu disse que você deveria estar nas montanhas – ela riu – você  sempre adorou escalar para ver a paisagem

- eles deveriam ouvir mais você – sentei, Luiza me serviu de bolo e chocolate quente. Giacomo sentou na minha frente

- desculpa – murmurei

- fiquei louco 

- eu só estava vendo a paisagem

- eu andei por toda a parte, e não te vi, fiquei pensando que você poderia ter se arrependido e ido embora

- louco – comecei a rir – eu adorei

- eu também – nós falávamos baixinho 

- eu acordei dolorida – contei

- acho que e normal – ele sorriu safado

- seu cabelo e lindo – ele pegou uma mecha

- eu não acho

- pensei que fossem lisinhos daquele jeito, mais assim e muito mais bonito

- obrigado – sorri 

 Depois do meu não sumiço, Giulia ficou estranha, seu olhar era sempre cauteloso, meio misterioso, ela era uma péssima mentirosa, depois do almoço, fui cavalgar com Giacomo, Guilherme e Vivian, paramos perto do lago na casinha, entrei encontrei uma coisa que não estava a lá antes de chegarmos a noite passada

- Giacomo? – chamei, ele entrou, merda Guilherme também os dois olharam a colcha suja de sangue, fechei meus olhos e senti corar, Guilherme pigarreou e saiu da casa, Giacomo ainda estava mudo ao meu lado, ele se moveu puxando a colcha e enrolando, eu ainda estava sem jeito, ele a colocou em um canto, luiza a encontraria depois

- você e minha – ele sussurrou em meu ouvido, não era aquela frase que homens ciumentos usavam, era mais como uma declaração

- sua – concordei

- meu irmão sabe – ele falou – eu contei

- por que você fez isso?

- eu estava louco da vida sem saber onde você estava – ele justificou

- tudo bem – já era tarde para voltar atrás – ele não só ouviu como viu – brinquei

- ele não e nenhum menino – Giacomo me abraçou

- nem você – lembrei de seu jeito 

- não, nem eu – ele concordou

- não importa – falei 

- vamos – ele saiu da casa, olhei para Guilherme e me senti sem jeito, ele me deu um sorriso carinhoso, do tipo que se da ao irmão preferido, ou ao melhor amigo.

Pensei que já tinha passado por todos os momento ruins, mais meus pais estavam determinados a deixar tudo pior, ou os pais de Giacomo, eles conversavam quando entramos

- vocês deveriam contar, já pensou se a Estefani vai atrás dela? – marcela murmurou, eles conversavam baixo, mais ainda sim eu ouvi

- ela não vai nos perdoar – ouvi Giulia falar, estiquei o braço para ninguém entrar, os três pararam sem entender depois ouviram

- você conhece a Estefani – Paulo quem falou 

- eu sei você tem razão, mais ela não vai nos perdoar se souber que o que contamos e mentira – Giulia insistiu 

Giacomo me puxou para longe da porta, olhei dele para Guilherme e Vivian que tinham aquele olhar de pena, puxei meu braço para Giacomo me soltar e voltei entrando na casa, os quatro me olharam preocupados, respirei fundo e falei

- eu quero ir embora

- nos partiremos amanha – Olavo falou

- eu vou embora hoje com ou sem vocês – minha voz era moderada 

- por que isso? – Giulia soou rude

- por que estou cansada de ser usada por todos, eu vou – subi as escadas indo para o meu quarto, peguei minha mala e comecei a colocar tudo dentro sem parar para arrumar, Giacomo entrou sem bater

- você não pode ir – ele falou

- eu vou, ou isso ou farei uma besteira

- que besteira?

- vou constranger  a você ao seus pais

- eu vou com você, não lhe deixarei dirigir assim

- obrigado – fechei minha mala

- vou pedir ao Guilherme para levar a minha

- tudo bem – desci atrás dele que levava minha mala, ele parou na sala – vou levar a Antonella

- pode ir filho, nos damos um jeito – Paulo falou

- desculpa – olhei para Guilherme e Vivian

- cuidado – Vivian me abraçou

 Giacomo colocou a mala no carro e seguiu de volta para floripa, ele não falou nada por algum tempo, eu coloquei os pés sobre o banco do carro e abraçei meus joelhos sentindo as lagrimas molharem o meu rosto, ele estendeu uma mao e o enxugou, mas mais lagrimas voltavam a molhar

- você sabe quem e essa Estefani?

- não – ele falou – não mesmo

- tudo bem, eu acredito – voltei a fica calada

opostos e compostosOnde histórias criam vida. Descubra agora