Até que a arte nos separe;; Sasodei

Capítulo 7

O batimento nervoso de seu coração foi o suficiente para fazer seu mundo cair, a água morna percorria sobre seu corpo exausto, fazendo-o relaxar minimamente. Deidara havia deixado-o prestes a explodir, sua mente entrou em uma confusão surreal, espacando qualquer desculpa existente que estava presente ali. Nunca tinha visto seus olhos tão sérios e cansados, se despedaçava aos poucos, caindo no devastador poço sem fim.

Amava-o mais que tudo, era o motivo de estar tão focado em suas marionetes, a motivação para não ter desistido. Considerava o loiro uma obra prima, não merecia o ter abençoando sua vida, trazendo as mais belas sensações de um sentimento aflorado, Deidara era uma arte a qual precisava compressão. Sasori com certeza não seria a melhor pessoa para isso.

Agora estava em meio a luzes coloridas, havia poucas pessoas naquela boate tão pequena, mas tentava não ligar para isso. Havia sentado no colo de Deidara, que fez questão de achar um canto afastado somente para ele, suspirava enquanto abraçava o mesmo, que estava perdido em seus próprios pensamentos. Perguntava-se o que ele estaria pensando agora.

─ Deidara? ─ Sua voz saiu mais baixa que o normal, porém foi o suficiente para chamar sua atenção.

─ Você está bem? ─ Seu olhar pareceu preocupado, mas negou. ─ Quer ir falar com Hidan?

Apontou para o rapaz de cabelos brancos que havia conhecido na hora do almoço, não sabia se tinha gostado dele, tinha uma personalidade duvidosa, costumava ser escandaloso e fazia algumas brincadeiras com Deidara que considerada irritantes. Ele tinha um namorado que era bem mais sério, se não estiver enganado, chamava-se Kakuzu.

─ Irei buscar uma bebida para nós, fique aqui.

O loiro se levantou do sofá que estava, caminhando o mais rápido possível para não deixar Sasori sozinho por muito tempo. O mais baixo viu o mesmo sumir do seu ponto de vista, suspirando, os amigos do rapaz estavam espalhados pelo lugar, alguns somente conversando e outros bebendo. Surpreendia-se em como Deidara conhecia aquele tipo de gente, não que não tivesse gostado de as conhecer, só era estranho para si.

Começou a brincar com os próprios dedos, em uma tentativa de se distrair, se estivesse ali sem a companhia do seu loiro, nem teria pisado para fora de casa, portanto o mais alto tinha uma preocupação consigo que nem conseguia entender, talvez ter ficado doente por não sair acabou causando alguma reação, mas não saberia disso agora.

Notou a presença de alguém perto de si, pensou que talvez fosse Deidara, mas assustou-se ao olhar para o lado e encontrar um dos amigos do loiro, um rapaz de madeixas pretas e longas, tinha um olhar cansado, mas encarava-o como se fosse um pedaço de carne. Ele parecia querer se aproximar de si, mas tinha alguma coisa o impedindo.

─ Você quer dançar? ─ O rapaz disse calmamente.

Mordeu o lábio inferior levemente, estava parado desde que chegou e até agora Deidara não tinha voltado. O que poderia dá errado se por acaso fosse se divertir com outra pessoa?

Foi com o rapaz até a pista de dança, sentindo seu corpo esquentar a cada passo que tava. A música era repleta de energia, a qual fazia aquelas pessoas dançarem até ficarem cansadas. Lembrou-se da história de uma epidemia a qual fez pessoas moverem seus corpos até não aguentarem mais, o que por um lado, é totalmente estranhou, mas naquele lugar não passava de um escape de problemas, onde os seres queriam fazer de tudo para esquecerem suas mágoas.

Com isso, dançou com o rapaz que lembrou que seu nome era Itachi Uchiha, por mais que tivesse receio dele, utilizou seus bons olhos para observar a beleza surreal que o mesmo continha, era uma pessoa chamativa, não tinha como negar. Mas no fundo, perguntava-se como o loiro iria reagir ao ver aquela cena, ainda estava preocupado com o que estava lidando e tudo que queria fazer era esquecer.

As mãos do Uchiha rodeavam sua cintura enquanto puxava-o para mais perto, dançavam quase colados um no outro, seu corpo estava ficando cada vez mais agitado, sentia seus nervos ficando a flor à flor da pele. Podia sentir a energia passando sobre si, talvez estivesse gostando daquela sensação. Fazia tempo que não se divertia assim com outra pessoa que não fosse Deidara.

Passaram um bom tempo assim, até que a música parou por um tempo, o Uchiha avisou que iria ao banheiro, desgrudando seu corpo do seu. Girou seu corpo para voltar ao pequeno sofá, paralisando ao encontrar Deidara no mesmo.

O loiro tinha as pernas cruzadas preguiçosamente, bebia alguma coisa transparente em um copo enquanto o encarava com a sobrancelha erguida. Afastou lentamente o copo de seus lábios, sorrindo minimamente. Ferrado. Era isso que Sasori estava.

─ Espero que tenha se divertido.

Por mais que Sasori estivesse com o coração quase saindo do seu peito, notou que o loiro não demonstrava nenhum tipo de raiva, ele sorria como estivesse pouco se importando e aquele deixava-o irritado. Os dedos finos do rapaz o puxou pela blusa, fazendo-o cair em seu colo, suspirou fraco, ainda esperando-o demonstrar qualquer reação.

Deidara puxou uma blusa de frio, colocando sob seus ombros. Olhou para o mesmo, vendo seus olhos cansados, parecia estarem um pouco inchados, o que acabou deixando preocupado. O loiro passou os dedos pelo seu quadril, beijando-o levemente, Sasori apenas colou seu corpo no outro, abraçando-o fortemente.

─ Vamos para casa, Deidara.

Disse baixinho, estava sentindo-o nervoso depois de tudo. O mais alto apenas beijava-o, e passava as mãos pelas suas costas para o relaxar. Saíram dali sem nenhuma demora, mantia os olhos em si, para notar se ele não iria brigar a qualquer momento. Sasori mordeu o lábio com força, faria de tudo para que tivesse alguma reação, mesmo que fosse para o mandar para o puta que pariu.

Entrelaçou ambos dedos, puxando o loiro para um beijo, o qual não foi negado. As mãos do outro desceram para sua bunda, a apertando fortemente, arfou contra o beijo, aproximando-se mais ainda do outro.

─ Temos um assunto para resolver, ruivinho.

[...]

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Próximo capítulo: Se Deus fez é pq cabe