Capítulo 4

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Seu dedo tocava levemente a bochecha rosada do rapaz que estava abraçando a si, escolhidos dentro do cobertor, olhando-se intensamente, escondendo a angústia profunda que quebrava suas almas. Ele aproximou-se, deixando o ruivo paralisado enquanto o observava, um toque foi o suficiente para despertar todo seu corpo, o selar de lábios foi feito enquanto mantinham-se agarrados um no outro.

Suspiros fracos e baixos eram ouvidos somente por ambos, em um amor surreal, mantinham os corações fechados, para que pudessem descontar tudo em arte quando os abrissem, por mais que estivessem em um buraco sem si, com mentes confusas sobre qual caminho seguir, ainda estavam ali, para se apoiar, aproveitando o toque que tanto arrepiava os corpos.

─ Eu queria ser uma marionete.

As palavras fracas saiam como um fio de seus lábios, uma frase a qual despertava a dor em seu peito. Deidara escutava cada palavra do ruivo, fazendo questão de sempre o dar atenção, os olhos cansados denunciava a falta de amor que sofrerá no passado.

─ Eu não teria te decepcionado se fosse uma.

Cansado, fechou os olhos, sentia os braços o apertarem ainda mais. Estavam perdendo o horário das aulas, mas não se importavam, queriam ficar sempre ali, sem ver os rostos das pessoas que tanto o incomodavam.

─ Eu prefiro você assim. ─ Segurou o rosto do rapaz. ─ Prefiro que você continue sendo você, mesmo que me quebre por completo.

Beijaram-se, Deidara puxava levemente o pano fino em que o outro vestia, escutavam as pessoas caminhando até suas aulas, rindo alto e eles estavam ali, perdidos nos próprios mundos, tocavam-se carinhosamente. Beijou a testa do ruivo, deslizando seus dedos pela sua cintura, puxando-o para cima, olharam-se novamente.

─ Loirinho, sabe que não podemos ficar juntos para sempre.

A dor os alcançou junto, mas não foi o suficiente para que Deidara ficasse quieto, beijou-o mais intensamente, fazendo seu corpo entrar em contato com o do outro, gemidos baixos saíram da boca de ambos. Sua mão entrou em contato com as nadegas do ruivo, que arfou baixo, agarrando-se em seu corpo.

─ Eu acho ruivinho, que mesmo que a vida nos separasse, iríamos nos encontrar novamente.

─ Achei que não acreditava nessas coisas.

─ Com você é diferente.

Os toques intensificaram-se, a pele do ruivo levemente vermelha pela marcação que acontecia, sentia a boca do outro mordiscar seu pescoço, passando a língua logo depois. Os corpos nús entregavam que eles já estavam ali novamente, amando-se com a ilusão que não dariam certo. Sasori suspirava, não ousava se soltar dos ombros alheio, queria continuar ali, queria sentir seu interior preenchido e seus sentimentos transbordando para fora.

─ Eu posso te machucar mais ainda, Deidara.

─ Não me importo.

A pele suada, as respirações ofegantes, queriam ter um para o outro. O loiro fez questão de aproveitar cada pedaço da pele macia, de agarrar, beijar e morder do homem que desejava que um dia fosse seu. Os olhares trocados denunciavam ainda mais, não estavam mais aguentando. As línguas encontrarem-se várias e várias vezes, o desespero fazia com que o tesão aumentasse cada vez mais.

─ Muitos podem nos julgar.

─ Eu não me importo desde que esteja ao seu lado, Sasori.

O interior preenchido, com os gemidos espalhando-se cada vez mais, colaram ambas testas, mergulhando no prazer. O ruivo gemia baixo, em total satisfação ao ter movimentos dentro de si.

Arte.

A que pode ser expressada de várias formas, a que traz emoções para almas perdidas, mostrando um caminho, um luz no final do túnel. É a mistura calma de sentimentos, demonstrada da suas mais belas formas. São dois corpos pelados, mexendo-se em sintonia em uma tentativa de dizer às palavras que muitos queriam ouvir. Os sons ecoavam, a cama remexia-se, as mãos agitadas encontrando os corpos, acariciando cada marca, cada curva que consideravam a própria perfeição.

O calor percorria por todo quarto, o suor escorria lentamente, eles continuaram. Cada vez mais brutalmente, a cabeceira da cama batia na parede cada vez mais forte. Deidara tinha o outro totalmente para si e queria o dar todo prazer que podia. O ruivo tinha uma expressão de puro deleite, embriagado com o que sentia.

Deixou que o loiro tomasse conta de si, indo cada vez mais fundo. Mesmo que trocassem as posições, o prazer que sentia continuava aumentando, seu rosto escondido no travesseiro na tentativa de abafar os gemidos que saiam dos seus lábios. Choramingava, apertando os lençóis que que estavam embaixo do seu corpo, escutava a voz rouca de Deidara, que parou de se mover aos poucos, deixando-o confuso.

─ Vira-se para mim.

Obedeceu, quando virou teve a ilustre visão do loiro com seus cabelos soltos, caídos sobre seu rosto, sua expressão ofegante, respirando fortemente para tentar recuperar seu ar. O mesmo sorriu, beijando-o, fazendo aquela sensação calorosa voltar para si.

─ Está tudo bem, ruivo?

─ Com você tudo fica melhor.

Deidara sentiu um sentimento estranho dentro de si, voltou a beija-lo, não demorando para preencher o mais novo mais uma vez. As carícias tornarem-ser mais presente, os movimentos eram feitos com maestria, levando os dois a mais doce sensação. Entrelaçou seus dedos nos do outro, sentindo um aperto forte.

Os gemidos de Sasori para si era a coisa mais bela que poderia ser escutada. Pareciam sensíveis, um tanto graves, por isso, tornavam-se a coisa mais gostava que a se ouvir. Considerava o ruivo a mais perfeita arte, todos seus defeitos, isso era algo que ele poderia dizer inúmeras vezes, nunca iria se cansar de falar o quão perfeito achava-o.

Quando chegaram ao limite, seus corpos caíram sobre o colchão, totalmente cansados e exaustos. Sorriram, entrelaçaram suas mãos. Deidara beijou sua testa, abraçando-o. Por mais que tivessem problemas, por mais que tudo caísse ao seu redor, a sensação de ficarem juntos era a melhor de todas.

Odiavam quando acabavam ficando mal por algum motivo, era horrível lidar com os péssimos sentimentos que nutriam amor dentro de si. Reconheciam isso.

Sasori olhou-o, o semblante calmo foi substituído por tristeza, encarou o loiro, tocando sua pele levemente. Tinha dúvidas crescendo dentro de mim, odiava ser uma pessoa apaixonada, odiava a si mesmo somente por existir. Aquela escuridão crescendo em seu peito, deixava-o ainda mais confuso.

─ Por que eu, Iwagakure?

Porque é você que eu amo, Akasuna.

Até que a arte nos separe;; SasodeiOnde histórias criam vida. Descubra agora