A humanidade costumava viver em uma sociedade medíocre e corrupta, com atitudes as quais não agradavam aqueles que só queriam viver felizes, sem se importar com as diferenças. Não sabiam apreciar a arte que era conhecer um sentimento simples, que poderia trazer as mais belas risadas, por mais fossem de dor, era uma emoção bonita, porém sabiam o utilizar para destruir as esperanças de seres que só querem a paz.
As diferenças se fazem cada fez mais presente, porém ainda existem pessoas que querem de tudo, inclusive a infidelidade. As notícias de agressões e mortes se espalham rapidamente, escolas eram os principais alvos de desprezo que poderia existir. Era isso que os preocupava, eram um casal em uma escola a qual não iriam sair tão cedo, as famílias do lado de fora ainda eram piores que a convivência do lado de dentro.
Deidara mexia com sua argila, tendo seus olhos somente para ela. Ao seu lado, tinha uma das garotas que encontraram no dia anterior, a mesma estava quieta enquanto o observava, esperando que ele citasse pelo menos uma palavra, não sabia o motivo do loiro ter a chamado para conversar, porém tinha curiosidade em descobrir.
Seu namorado não estava no quarto, pediu para que ele andasse um pouco no jardim para distrair sua mente perturbava, aceitou mesmo resmungando a cada segundo de sua ideia.
─ Você se chama Hinata, não é?
Ainda mantia os olhos na argila, sua respiração era calma, ou pelo menos tentava a acalmar na presença da menina. Tinha prometido a Sasori que iria resolver esse assunto e não quebraria sua promessa, iria fazer de tudo para o ver bem.
─ Sim. ─ Respondeu parecendo inquieta.
─ Desculpa não ter explicado nada ainda. ─ Riu fraco. ─ É que vim conversar com você sobre o acontecimento de ontem.
A menina pareceu entender rapidamente, rindo fraco e sorrindo para si, aquilo deixou-o sem entender o porquê daquilo.
─ Se está preocupado, nós não iremos dizer nada. ─ Sorriu calma. ─ Apenas ficamos surpresas, mas peço desculpas se ficaram ofendidos.
Ela parecia tranquila, além de amanar confiança o que deixava o loiro mais aliviado com toda aquela situação.
─ Eu agradeço se não falarem para mais ninguém. ─ Tirou o olhar da argila. ─ Sasori não quer se assumir agora.
─ Eu entendo. ─ Sorriu. ─ Aliás sempre desconfiei de vocês.
Deidara por um momento quase deixou a argila cair de sua mão, engasgando com a própria saliva. Olhou para a menina que ainda tinha uma expressão calma no rosto, mas logo riu quando viu rua reação.
─ Deidara, eu tenho olhos bons. ─ Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
O rapaz apenas revirou os olhos, rindo fraco. Bom, se sentia mais calmo agora que tinha conversando com Hinata, esperava que ela realmente não contasse a ninguém sobre o relacionamento dos garotos, se não ia tudo virar de cabeça para baixo.
─ Mas agora tenho que ir, deixei Sakura e Ino me esperando.
A menina já ia se levantando da cama, começando a caminhar pela porta, quando saiu, Deidara observou uma cabeleira ruiva entrar no dormitório, com uma expressão irritada e logo o olhou desconfiado.
─ Obrigado pela conversa, Hinata!
Falou antes que a menina saísse completamente, logo Sasori se aproximou de si, com uma expressão emburrada. Apenas riu do ciúmes do seu namorado, se esticando para o da um selinho, achava fofo quando ele tinha ciúmes de si, parecia um gnomo de tão fofo.
─ Estava conversando com ela sobre o que?
─ Sobre ontem, eu disse que iria conversar.
Sasori apenas ficou observando seu namorado fazer mais uma escultura, não poderia mentir que mesmo discutindo o tempo inteiro por causa da arte, admirava a paciência que o loiro tinha de passar horas em frente à argila, moldando, se frustrando por não ficar do modo que queria e logo recomeçando novamente.
Tinha um namorado talentoso, que o dava amor e carinho, além de viver o mimando mesmo sentindo vontade de o explodir. A forma em que Deidara tornava tudo melhor ao seu lado, era apenas mais uma demonstração daquele sentimento que os pegou de surpresa.
Não tinha mais para onde fugir, amava Deidara até mesmo quando tentava ficar com raiva.
Observou o mais alto sorrir levemente, finalizando mais uma de suas esculturas. Orgulhoso de si mesmo, beijou o rapaz e logo correu para tomar um banho, Deidara sentia uma sensação de paz envolvendo seu peito, fazendo aquele peso ir todo embora.
Às vezes se sentia enfrentando uma maré de sentimentos, que trazia o conhecido e o desconhecido em sua vida, não somente sua, mas também do seu parceiro. Lidavam com tubulações que faziam-o fraquejar, os inundando com vontades desnecessárias, porém, sempre dizem que depois da tempestade vem o arco-íris.
Gostava de pensar que seus sentimentos poderiam ser representados por cores. Com isso, ao sair do banheiro, sentiu o vermelho invadir seu corpo, tornando seu interior em pura luxúria.
Subiu em cima do seu namorado, beijando-o sem pensar muito. Assim como a luxúria, tudo tornou-se quente, de um ato calmo e carinho, acabou ficando do jeito que ambos gostavam: violento e sem demoras.
Suspiraram vendo o vermelho tomar conta de seus desejos, apagando as memórias ruins e as transformando em um desejo incansável por sexo. As pernas entrelaçadas e bocas juntas, só eram mais uma demonstração de mais um momento onde iriam se entregar novamente.
Em meio ao preto da escuridão, onde os cercava com suas inúmeras inseguranças e pensamentos negativo, veio uma cor que representava onde tudo começou. Iniciado por um desejo de terem um ao outro, em meio a pequeno selinhos tímidos, que um dia acabaram se tornando momentos constantes, mas que foram o suficiente para se preencher.
O vermelho não trazia consigo somente a raiva, mas carregava consigo sentimentos que pessoas vazias nunca conseguirão desfrutar. O vermelho de amor, que era mais um fruto da existência daquele relacionamento, que os tornou únicos em meio a gemidos incansáveis.
Por mais que os corpos se entregassem entre si, era inegável dizer que não havia sentimento presente em cada ato, cada movimento. Poderiam fazer aquilo quantas vezes quisessem, porém não poderiam deixar de lado.
Que o fruto de tudo isso foi uma pequena bola vermelha de amor, que cresceu em ambos peitos, tornando-os pessoas completas.
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Até que a arte nos separe;; Sasodei
FanficApós inúmeras brigas e discussões fúteis, Sasori e Deidara carregam o legado de serem os melhores e únicos artistas da escola, assim causando confusões pelas diferentes maneiras de pensar. Portanto, em meio a tantas reclamações, precisavam lidar co...