Behind Blue Eyes || Beauany

2.6

Ressurgindo das cinzas igual uma fênix, bom dia!

Ps: esse capítulo é um pouco sensível, tomem cuidado, e se por um acaso vcs se sentirem afetados de alguma forma, fechem o capítulo e voltem quando se sentirem preparados.

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Joshua Beauchamp
Hospital Presbiteriano de Manhattan - Manhattan, Nova York.
10 de outubro.

Eu sabia exatamente como era a sensação entre a vida e a morte, era agonizante, mas ao mesmo tempo tranquila. É como quando estamos dormindo, e do nada temos um sonho que estamos caindo de um prédio e se espatifando no chão. Era uma linha tênue e frágil.
Mas, eu não fazia a menor idéia de como era a sensação de quem estava por fora, do sentimento de ver alguém importante indo embora e não ter o poder de mudar, com as mãos atadas enquanto toda sua vida mudava drasticamente.
Sina estava passando por isso pela segunda vez e pouco menos de um ano.

Fazia mais de três horas estávamos sentados nos bancos desconfortáveis da sala de espera. Eu, Any, Sina e Noah, que pelo que descobri era melhor amigo de Heyoon. Eu nem sabia quem era essa garota, mas meu peito estava pesado e meu corpo tenso. Absolutamente nada se passava pela minha cabeça, e o sentimento de impotência era horrível. Pela primeira vez em algum tempo eu me coloquei no lugar de outra pessoa, me coloquei no lugar de todos ali...

Eu conseguia perceber os passos de Noah, e escurar ele roer as unhas inquieto. Sina não parava de fungar e balançar as pernas. Any tentava acalmar Noah, enquanto eu fazia o possível com minha prima.
Era um caos dentro de uma sala silenciosa.

- Família de Heyoon Jeong?

- Somos... nós. - Sina praticamente pulou do banco. Continuei sentado, mas sem soltar sua mão.

- Vou tentar ser o mais breve possível, okay? Heyoon passou por uma cirurgia de última hora, devido ao acidente suas costelas perfuraram o pulmão... - Sina começou a hiperventilar, e Noah não estava diferente. Me levantei e segurei minha prima pelos ombros - Ela infelizmente perdeu muito sangue, o aumento da frequência cardíaca também estava muito alto, e os danos do pulmão foram graves, resultando em uma falta de oxigênio geral, incluido no cérebro...

Exatamente a mesma história.

- O que isso quer dizer?! - A voz de Noah estava alterada, como quem pudesse chorar e gritar a qualquer momento.

- Felizmente nós conseguimos reparar os danos do pulmão, mas, Heyoon entrou em um coma induzido, para proteger o cérebro de algum dano maior.

Sina desabou em meus braços. Eu não consegui fazer absolutamente nada a não abraça-la como se minha vida dependesse daquilo.
Ela estava passando pela mesma situação, a mesma história, a mesma tragédia, mas dessa vez, com o amor de sua vida.

Não era justo.

(...)

Any Gabrielly
Hospital Presbiteriano de Manhattan - Manhattan, Nova York.
12 de outubro.

Estávamos no hospital à dois dias.

Sina se recusava a sair do lado de Heyoon até que ela acordasse, e Josh se recusava a deixar Sina sozinha, Noah não conseguia pregar os olhos por nem um minuto.
Todos ali tinham uma ligação e um motivo para se manterem firmes, mas o cansaso e a exaustão mental chegam em alguma hora. Eu sentia que o mínimo que poderia fazer era me manter mais firme ainda, por todos.