Abri meus olhos.
Eu estava respirando ofegante, como se estivesse sendo sufocado.
Eu não sabia aonde estava, eu não sabia como havia parado ali.
- Socorro! – Falei alto, mas não o suficiente para me escutarem.
Tentei me levantar, mas por algum motivo eu me sentia fraco e com uma dor de cabeça extremamente perturbadora. Era como se eu estivesse muito tonto, porém, lúcido.
- Por favor, alguém... – Eu falava tentando me levantar.
Demorei algum tempo até perceber que eu estava acorrentado pelas mãos e os pés. As correntes eram grossas. Eu poderia ficar tentando sair dali o dia inteiro, nada aconteceria.
Olhei ao meu redor e vi que eu estava em um lugar escuro, iluminado apenas por um abajur com a luz amarelada e fraca no canto no quarto. Eu não sabia se estava em um porão, um sótão ou qualquer lugar que fosse.
Estava frio. Meus joelhos estavam sangrando e meus cotovelos ardiam. Minha bermuda preta estava rasgada em uma parte da minha coxa e minha camisa branca estava suja por todo o tecido.
- Socorro! – Gritei mais alto. – Por favor! Me ajudem!
Foi quando ouvi um barulho vindo do outro lado da porta. A porta tinha muitas trancas, passavam de cinco.
Cada uma delas foi abrindo lentamente, me torturando.
- Por favor! – Eu gritava, rezando que a pessoa que estivesse do outro lado pudesse me ajudar. – Eu.... Eu estou machucado!
Depois de um minuto as fechaduras foram abertas. Pude ver a maçaneta girando e meu coração quase saindo pela boca. Eu estava desesperado, quando finalmente a porta foi aberta por completo e eu congelei.
Um garoto alto, usando moletom, calça e tênis permaneceu parado aonde estava. Eu o observava, estático. Era difícil ver sua expressão facial, afinal estava escuro demais para isso. Uma luz vermelha vinda do corredor o iluminava por trás, deixando sua grande silhueta perfeitamente visível para mim.
- Você... – Falei. – Pode.... Pode me ajudar?
Ele moveu sua mão direita lentamente para dentro do quarto. Segui o movimento dele, que estava indo em direção a um interruptor. Foi quando ele acendeu a luz em cima dele. Uma luz novamente amarelada que deixou visível seus detalhes para mim.
O mesmo levantou o olhar, ainda lentamente, em minha direção.
Sorriu.
Engoli seco.
Pude sentir minha garganta travar e meus olhos arregalarem.
Eu não acreditava naquilo
Não poderia ser real.
Um dia antes.
- Ei, woo! – Escutei a voz de Doyoung vindo por trás de mim.
O olhei e sorri, logo o dando um abraço apertado, como sempre fazia com meus amigos.
- Doyoungie! – Falei o abraçando.
- Eae... – Ele se afastou. – Já sabe o que vai fazer nas férias?
Olhei para cima, fazendo cara de pensativo e voltei meu olhar para ele.
- Provavelmente nada. – Dei de ombros, rindo.
- Te entendo perfeitamente. – Riu. - Meu hobbie é ficar em casa.
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Separado.
HorrorJungwoo era um garoto adorado por todos seus amigos, sempre foi uma pessoa positiva que sorria atoa em todos os momentos de sua vida, até mesmo os mais difíceis. Lucas era apenas mais um rostinho bonito pela escola, com seu ar amigável e misterioso...