- Quantas vezes eu vou ser obrigado a te machucar? – Escutava uma voz ao fundo. – Será que a dor não é o suficiente para você?
Abri os olhos com dificuldade.
Olhei ao redor.
Estava no quarto da tortura.
- Ah... – Eu gemia baixo.
Tentei me mover, mas obviamente, estava preso.
Mas não estava no chão como sempre.
Percebi aos poucos que estava sem camisa, com os braços para cima, acorrentado ao teto. Os tornozelos apertados na corrente ao chão.
Me movi mais intensamente, tentando me livrar daquela agonia.
- Não adianta. – Lucas estava bem a minha frente, encostado na parede do outro lado do quarto, fumando um cigarro. – Você já está preso a tempo o suficiente para saber que nada vai te tirar das correntes, a não ser eu.
O olhei, respirando ofegante.
- Lucas... – Tentei falar, numa tentativa falha de me explicar.
- Cale a boca. – Lucas alterou a voz, soltando fumaça pela boca. – Nada que você disser irá te livrar hoje.
Engoli seco.
- M-me livrará d-do que? – Perguntei, gaguejando.
Ele sorriu.
- Eu peguei tão leve com você durante todos esses dias, Jungwoo. – Ele tragou o cigarro, puxando a fumaça e caminhando para perto de mim. – Eu deveria ter feito você sangrar por mais tempo.
- Lucas... – Eu tentei me afastar, mesmo sabendo que era impossível.
- Eu demorei demais, Jungwoo. – Ele soltou a fumaça bem diante de meu rosto. – Agora você vai pagar pela demora.
Dito isso, Lucas não hesitou em afundar a ponta do cigarro em meu pescoço.
Eu gritei, sentindo a minha pele queimando com o cigarro.
O garoto parecia afundar cada vez mais, sem ter um pingo de empatia.
- Lucas, pare! – Gritava sem parar.
- Se eu parar..., você ainda sentirá dor. – Lucas observava a minha expressão de dor como se gostasse.
Finalmente, largou o cigarro no chão.
- Vamos lá, Jungwoo! – Ele sorriu, segurando meu rosto com as duas mãos. – Hoje será uma noite e tanto!
- O que vai fazer? – Gritei. – Me torturar até eu morrer?
Lucas ainda sorria, agora se afastando de mim.
- Quem sabe. – Caminhou até a maldita cômoda com gavetas cheias de segredos. – Vamos ver o que temos para você hoje.
Apesar de confrontar Lucas, eu estava com medo.
Mas eu não tinha nada a perder.
- Olhe só para essa belezinha. – O garoto puxou uma faca da gaveta, sorrindo para a mesma... como o psicopata que ele era.
Lucas se aproximou, colocando a ponta gelada da faca em minha bochecha esquerda.
- Sua pele é tão macia... – Falou, aos poucos apertando a lamina contra minha pele. – Sinto até vontade de... morder.
Em um ato rápido, Lucas fez um corte em meu rosto. Raso, mas que rendeu um gemido vindo de mim. Junto, Lucas ganhou de brinde um pouco do meu sangue fresco.
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Separado.
HorrorJungwoo era um garoto adorado por todos seus amigos, sempre foi uma pessoa positiva que sorria atoa em todos os momentos de sua vida, até mesmo os mais difíceis. Lucas era apenas mais um rostinho bonito pela escola, com seu ar amigável e misterioso...