Já estava no banheiro a alguns minutos.
Lucas ainda estava rodando os quartos, talvez para fazer mais suspense.
- Vamos, pense! – Eu tentava raciocinar.
Era óbvio que se Lucas chegasse no quarto, iria olhar o banheiro e se ele olhasse o banheiro, eu não poderia fazer absolutamente nada para impedir.
Olhei ao redor.
- Droga, Jungwoo, bote essa cabeça para funcionar! – Meus pensamentos apressados não me ajudavam. – Olhe bem para o cenário.
Dito isso, tirei as mãos da boca e respirei fundo, fechando os olhos.
Assim que os abri, era como se uma energia limpa e calma houvesse caído em cima de mim. Era como se por um momento eu não estivesse completamente fodido. Eu estava livre para pensar melhor.
Olhei em volta, focando a visão em cada objeto que eu poderia usar contra a montanha que era Lucas.
Nada parecia funcionar... até eu olhar o vaso sanitário.
- A tampa. – Pensei alto.
Me aproximei da mesma, a deslocando do vaso em si.
A tampa do vaso era pesada, mas eu achava que conseguiria usa-la bem.
Ouvi passos do lado de fora.
- Jungwoo... – Lucas ria. – Você está demorando para entrar em desespero..., aonde está?
Engoli seco.
Observei a maçaneta se mover de um lado ao outro.
Corri para dentro da banheira, fechando a cortina que tampava a mesma.
- Abra a porta. – Lucas estava sério.
Apertei a cerâmica da tampa forte, me posicionando para usa-la contra Lucas.
- Por favor, não vacile. – Pensei. – Você consegue.
- Já que prefere do meu jeito... – Pude sentir que o garoto ria irônico.
Um segundo de silencio, até ouvir o estrondo vindo da porta sendo derrubada pelos ombros fortes de Lucas.
Me desestabilizei.
Mas não sai da minha posição.
Foquei na respiração de Lucas. Ofegante e sedenta por mim.
A cortina foi aberta.
Apenas rangi os dentes e levei a cerâmica no rosto de Lucas.
Em câmera lenta, vi seus olhos descrentes revirarem e seu corpo rodar, até cair ao chão. O barulho do taco caindo junto a seu corpo me fizeram sair daquele transe em que me encontrava.
Lucas estava bem na minha frente.
Se não morto, estava desmaiado.
- Você conseguiu. – Uma voz animadora falava em minha cabeça.
Respirei aliviado, jogando o que sobrou da tampa ao lado de Lucas.
Eu apenas deveria buscar Doyoung e arrasta-lo para fora daquele fim de mundo. O tempo que Lucas ficaria desacordado, seria o tempo suficiente para eu simplesmente fugir daquele lugar sem olhar para trás.
Passei por cima de seu corpo, indo até o quarto.
Foi quando a minha adrenalina abaixou e eu voltei ao meu real estado. Fraco e machucado. Decidi pegar uma camisa qualquer por ali, apenas para não deixar meu machucado tão exposto quanto estava.
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Separado.
HorrorJungwoo era um garoto adorado por todos seus amigos, sempre foi uma pessoa positiva que sorria atoa em todos os momentos de sua vida, até mesmo os mais difíceis. Lucas era apenas mais um rostinho bonito pela escola, com seu ar amigável e misterioso...