Ouvi um barulho na porta.
Eu estava completamente largado no chão, mas ao ouvir a primeira tranca abrir, ajeitei minha postura rapidamente.
Eu não sabia se estava de dia ou de noite e que horas eram. Para mim já deveria ser outro dia, afinal, eu havia sido sequestrado a mais de seis horas atrás.
Engoli seco assim que a porta foi aberta por completo.
Lucas entrou e atrás dele pude ver um pequeno faixo de luz natural, então sim, estava de dia.
- Vi que comeu tudo. – Ele disse chutando a bandeja de leve. – Achei que não tocaria em algo feito por mim.
O olhei.
- Eu não morreria de fome. – Dei de ombros.
Lucas riu anasalado e se agachou perto de mim.
- Tá vendo aquela porta ali? – Apontou para a porta que até agora se manteve trancada. – É um banheiro.
Não falei nada, apenas o escutei.
- Eu vou te dar o direito de tomar banho e sei lá, fazer suas necessidades básicas. – Falou.
Eu me mantive olhando em direção a porta, quando ele puxou meu rosto para sua direção.
- Você me ouviu? – Pude ouvir a raiva em seu tom enquanto o mesmo falava entre os dentes rangidos.
Assenti, em desespero.
- Levanta. – Lucas me puxou agressivamente.
Fazia tanto tempo que eu não ficava em pé, que quando me levantei, tive dificuldade para me equilibrar.
Ele me tirou das correntes, começando pelos pés e logo em seguida as mãos.
Me segurou pelo braço e me levou até a porta, abrindo a mesma e me empurrando lá dentro.
- Se você tentar alguma gracinha... – Ele segurou meu pulso, machucado por conta das correntes. – Todo o sofrimento vai ser em dobro.
Eu assenti.
Olhei ao redor do banheiro. Tinha uma banheira e uma ducha, talvez eu pudesse escolher entre um dos dois.
- Uau, que "bela recepção.". – Pensei.
Tinha o vaso sanitário e um cesto de roupa na frente do mesmo. Em cima do cesto tinha uma muda de roupas.
- Isso é para você. – Lucas estava encostado na porta com os braços cruzados, mas indicou as roupas com a cabeça.
A pia era pequena e não tinha nada além de uma escova e uma pasta de dente. Não possuía um espelho.
Eu não poderia sequer ter noção da minha própria aparência..., mas por outro lado era bom não ver meu reflexo deplorável.
- V- Você poderia... – Fechei os olhos, respirei fundo e tornei a abri-los novamente. – Poderia, por favor, se virar?
Lucas me olhou indiferente. Eu pude perceber em seu olhar que ele não queria ouvir aquilo.
Eu já esperava a resposta.
- Droga. – Ele passou a mão pela testa. – Tudo bem.
Me impressionei com aquela resposta. Eu não imaginava que naquela altura da situação ele iria me entender.
- Não demore. – Afirmou, logo se virando.
Eu me virei para a banheira e a liguei. Enquanto eu via a banheira encher, me mantive fixado no jato de água que caía da torneira.
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Separado.
HorrorJungwoo era um garoto adorado por todos seus amigos, sempre foi uma pessoa positiva que sorria atoa em todos os momentos de sua vida, até mesmo os mais difíceis. Lucas era apenas mais um rostinho bonito pela escola, com seu ar amigável e misterioso...