A Descoberta

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Não acreditei no que eu estava vendo.

Várias mensagens de um menino chamado Júlio, acho que era o mesmo que eu estava pensando, um garoto que costumava andar sempre com Romildo. E mais mensagens de uma garota chamada Amanda.

Eu li as mensagens do Júlio assustada:

- Eae Romildo, ainda está pegando a Eduarda?
- CARA, eu comi ela e foi massa, mas ela é muito fraca, esperava mais daquele corpinho. Pelo menos consegui convencer ela a me dar.
- Aê, é assim que eu gosto de ver irmão.
- Olha. Parece que foi ela que chegou, mais tarde te conto como foi com aquela babaca.
- Vá lá, usa camisinha, não se sabe quais doenças essa garota pode ter.

Coloquei a mão na cabeça e vi minha vida indo buraco abaixo, minhas lágrimas caiam em cima do telefone dele. Então resolvi abrir as mensagens da tal Amanda.

- Meu lindo? Adorei a noite de ontem, vc é uma maravilha na cama. Beijos.

Eu não sabia o que fazer, meus olhos já vermelhos de tanto chorar, não acreditei no que aquele sacana estava fazendo comigo. Ele disse que me amava, só para me levar pra cama.

Ele saiu do banho, e me viu com o celular dele na mão. E correu até mim, puxando o celular da minha mão.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O MEU CELULAR GAROTA? (Ele gritou com muita raiva)

Eu ainda sem reação não conseguia olhar para ele, aos poucos fui vestindo minhas roupas, sem mesmo pronunciar uma palavra.

- EDUARDA, OLHA PRA MIM.

Naquele momento, eu sentia nojo de mim, nojo do meu corpo, só queria sair dali. Juntei minhas coisas e fui em direção a porta.

- Eduarda, espera. (Ele falou puxando pelo meu braço)

Eu não queria olhar para o rosto daquele homem.
- Me solta. (Respondi quase sem conseguir falar)

Ele ainda tentou me agarrar, mas consegui dar uma joelhada bem entre as pernas dele, foi quando ele caiu no chão de dor. Fui andando, parei, olhei para trás e disse:

- Sabe essa dor que você está sentindo? Não chega perto do que você fez com meu coração. Babaca. (Falei dando as costas para ele)

Fui para minha casa, o caminho inteiro fiquei de cabeça abaixada, para ninguém me ver chorando, e com meus olhos vermelhos e grandes.

Já fui direto para meu quarto assim que cheguei em casa, passei rápido por minha mãe que estava na sala, perguntando como foi o meu dia. Sem responder, não parei de andar.

No meu quarto, eu estava sem meu chão. Por que nada estava dando certo para mim? Era apenas uma fase? Era um aviso do destino? O que eu estava fazendo de errado?

Eu naquele momento só sentia remorso de mim mesma, fui burra, fui idiota. Achei que o Romildo realmente estivesse gostando de mim. Eu estava com nojo do meu corpo, minha primeira vez foi com um cara que não queria nada comigo que não fosse sexo. A essa altura só eu sabia como meu coração estava.

- Se a Ana estivesse aqui comigo, ela teria me aconselhado, ela me daria forças. Ana cadê você? (Falei sussurrando para mim mesma, quase sem voz)

Peguei meu celular na esperança de conseguir falar com ela, mas ela ainda não me atendia. Estavamos próximas de completar quase 6 anos de amizade, sempre comemoravamos nossa amizade em um lugar bem longe de todos, só nós duas.

Minha cabeça estava longe naquele momento, pensando em tudo que estava acontecendo. Será que nada vai melhorar? Eu não aguentava mais. A saudades apertava cada dia mais, eu não podia mais desabafar com ninguém. Será que para ter a amizade de Ana novamente eu teria que virar lésbica?

Sinceramente eu não posso forçar a barra de uma coisa que eu não quero. Mas a saudades da pessoa que mais me entende, já está apertando demais.

Mas eu tive uma idéia naquele momento.

Mas primeiro vou ter que contar, uma coisa que eu e Ana faziamos ...

Continua no próximo capitulo.

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O Cobertor de HexágonosOnde histórias criam vida. Descubra agora